HISTÓRIA - 6º ANO VERDE

HISTÓRIA - 6º ANO VERDE

Sejam bem-vindos, queridos alunos! Mais um ano letivo ira começar e temos muito para aprender. Mas também muitas aventuras para viver e sorrisos para compartilhar.

Que cada dia seja uma nova descoberta e aproxime a todos de um futuro de sucesso. E que o respeito, a amizade e a alegria estejam presentes em cada novo dia. Bom ano letivo para todos!

"Tenho fé de que chegará um tempo quando as pessoas entenderão umas as outras" - Jiraiya


💥AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA - 4º BIMESTRE💥

Matéria da Avaliação de História:
  • Módulo 19 - Pág. 148 a 164
  • Módulo 20 - Pág. 165 a 183
Data: A definir
💥REVISÃO PARA AVALIAÇÃO - RAA💥


CORREÇÃO: RAA 4º BIMESTRE 

💥TESTINHOS 4º BIMESTRE💥
  • 1º TESTINHO: Módulo 15 - Pág. 192 a 209 (Apostila 03) - 20/10.
  • 2º TESTINHO: Módulo 17 - Pág. 113 a 119 (Apostila 04) - 26/10.
  • 3º TESTINHO: Módulo 18 - Pág. 132 a 139 (Apostila 04) - 09/11
  • 4º TESTINHO: Módulo 18 - Pág. 141 a 147 (Apostila 04) - 23/11
  • 5º TESTINHO: Módulo 18 - Pág. 154 a 159 (Apostila 04) - 30/11
💥TAREFAS (4º BIMESTRE):

Tarefa 02
  • Atividade 01 (Feito Em sala) - Pág. 136
  • Atividade 02 (Feito Em sala) - Pág. 140
  • Atividade 03 (Feito Em sala) - Pág. 144
  • Em Casa - Pág. 146 e 147.
Correção: 16/11

Tarefa 01
  • Atividade 01 (Feito Em sala) - Pág. 120
  • Atividade 02 (Feito Em sala) - Pág. 123
  • Atividade 03 (Feito Em sala) - Pág. 128
  • Em Casa - Pág. 130 e 132
Correção: 07/11
Correção: Clique Aqui

💥PROVA ANGLO 10 e 11/11
  • Módulos:
    • Módulos 14, 15 e 16 (Livro 03)
    • Módulos 17, 18 (Livro 04) 

28/11 a 02/12 - Crise do Feudalismo 

21/11 a 25/11 - As Cruzadas


O rei inglês Ricardo Coração de Leão foi um dos monarcas que participaram das Cruzadas.
O rei inglês Ricardo Coração de Leão foi um dos monarcas que participaram das Cruzadas.
"As Cruzadas foram expedições religiosas e militares, ocorridas entre os séculos XI e XIII, cujo principal objetivo era resgatar a Terra Santa, que estava sob o domínio islâmico, para os cristãos. O termo “cruzada” se refere à cruz que os cavaleiros usavam em suas roupas quando estavam em marcha da Europa até o Oriente. Uma das principais consequências das Cruzadas foi a retomada do comércio entre os europeus e os orientais."

"Resumo sobre as Cruzadas
  • As Cruzadas foram expedições religiosas e militares que saíram da Europa em direção ao Oriente para resgatar Jerusalém, que estava sob domínio dos islâmicos.
  • Entre os séculos XI e XIII, houve, ao todo, nove cruzadas.
  • Além dos caráteres religioso e militar, as expedições também influenciaram na retomada do comércio, ao levarem para a Europa produtos como as especiarias orientais.
  • Os cruzados que participassem das expedições ganhavam a indulgência, ou seja, o perdão de seus pecados."
"Antecedentes das Cruzadas

No século XI, a Europa vivia um período de paz, depois de longos séculos de guerras bárbaras. Essa paz e a prosperidade reinante provocaram um aumento na população, a retomada das atividades comerciais e o ressurgimento das cidades.

A agricultura também se desenvolveu para suprir as demandas do aumento demográfico. Apesar de todos os esforços e de novas técnicas agrícolas, não foi possível atender a todos: eram muitas pessoas para pouca terra.

No Oriente, os islâmicos abrangiam seus domínios e já conquistavam a Palestina, colocando em perigo o Império Bizantino. A terra sagrada para os cristãos estava sob o poder de estrangeiros que professavam outra fé. O acesso aos locais por onde Cristo passou foi proibido pelos islâmicos.

O papa Urbano II, percebendo o aumento populacional e a proibição dos cristãos de adentrar Jerusalém, cidade santa para o cristianismo, decidiu organizar expedições religiosas e militares para lutar contra os islâmicos e reconquistar o acesso à Terra Santa. O cavaleiro que aceitasse participar dessas expedições ganharia a indulgência, ou seja, o perdão de seus pecados.

Por outro lado, comerciantes apoiaram essas expedições, pois pretendiam ampliar seus negócios e levar à Europa produtos orientais, como as especiarias (gengibre, pimenta, noz-moscada etc.).

Os cavaleiros usavam uma cruz em suas roupas enquanto seguiam até o Oriente. Por conta disso, essas expedições ganharam o nome de Cruzadas.

Objetivo das Cruzadas

Para os cristãos, ter de volta o acesso aos locais sagrados para o Cristianismo era uma prioridade. As Cruzadas ganharam aspecto de guerra santa, pois o combate se daria contra estrangeiros que professavam uma fé diferente do cristianismo.

Já para os comerciantes, as Cruzadas eram fundamentais para aproximar o Oriente do Ocidente e, assim, ampliar as atividades comerciais, principalmente as de Gênova e Veneza, na Península Itálica. Após séculos, o Mar Mediterrâneo voltou a ser utilizado como meio de transporte de pessoas e de mercadorias.

Ao longo das nove Cruzadas, seus objetivos se modificaram, deixando de ter um aspecto religioso e ganhando motivações comerciais. As conquistas cristãs no Oriente provocaram, além disso, disputas entre os cruzados pelos seus domínios.

Quais foram as Cruzadas?

Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096)

Por ser uma expedição religiosa, o misticismo esteve presente nas primeiras Cruzadas. Em 1096, um monge ermita conhecido como Pedro fez pregações defendendo a ida dos cavaleiros até a Palestina. Com seu discurso, ele conseguiu angariar uma multidão de indivíduos que decidiram participar das jornadas.

Para arrecadar fundos que financiassem a primeira expedição, os primeiros cruzados buscaram dinheiro de não cristãos ricos. Os judeus foram os primeiros a serem atacados pelos cruzados e perseguidos em vários reinos europeus.

A Cruzada Popular ou dos Mendigos foi a primeira jornada que saiu da Europa Ocidental em direção ao Oriente. Por onde passavam, os cruzados promoviam saques e violentavam aldeias locais.

Em agosto de 1096, a expedição chegou em Constantinopla. Mesmo com a fama advinda dos massacres e assaltos, os cruzados foram recebidos pelo imperador bizantino Aleixo I. Ele pediu para que o grupo aguardasse a chegada de tropas mais bem equipadas para seguirem viagem até a Palestina. Enquanto aguardavam, os cruzados realizaram saques pela cidade.

Um mês depois de sua chegada em Constantinopla, os cruzados foram até áreas próximas às fronteiras com os islâmicos e lançaram a primeira ofensiva, mas foram derrotados. Mesmo com esse revés, o grupo seguiu até Niceia e iniciou um novo ataque contra seu inimigo. Apesar da vitória na primeira batalha, o exército do sultão Quilije Arslã I conseguiu derrotá-los.

Primeira Cruzada (1096–1099)

Influenciado pela promessa do papa Urbano II de que o cavaleiro que participasse das Cruzadas teria o perdão de seus pecados, as primeiras expedições obtiveram inúmeros participantes, desde nobres até peregrinos.

Em 1097, a Primeira Cruzada saiu de Constantinopla em direção a Jerusalém. Os cruzados fizeram a promessa de devolver ao Império Bizantino as terras tomadas pelos turcos. Ao contrário da Cruzada Popular ou dos Mendigos, a Primeira Cruzada teve a participação de cavaleiros ricos. Logo surgiram desentendimentos entre bizantinos e cruzados. A participação de mercenários tinha o apoio dos bizantinos, mas era rejeitada pelos cruzados.

A Primeira Cruzada logo obteve suas primeiras vitórias. As cidades de Niceia e Antioquia foram tomadas. Em 1099, Jerusalém também foi conquistada. Os cruzados reprimiram os inimigos e usaram a força para impor seu domínio sobre a população local. As terras conquistadas foram divididas, e a promessa de devolução da parte bizantina não foi cumprida. O sistema feudal foi, então, implantado no Oriente.

A presença ocidental cristã durou um século. Em pouco, os turcos conseguiram se unir e impor uma derrota aos cruzados. As terras dominadas pelos cristãos foram retomadas pelos islâmicos. Para saber mais, leia: Primeira Cruzada e a Conquista de Jerusalém.

Segunda Cruzada (1147–1149)

Em 1145, o papa Eugênio III e São Bernardo convocaram mais uma cruzada. Os reis Luís VII, da França, e Conrado III, do Sacro Império, atenderam à convocação e organizaram a Segunda Cruzada. Porém, essa expedição demonstrou novamente rupturas dentro dos próprios cruzados. Alguns almejavam um ataque imediato, outros aguardavam o momento certo para fazê-lo. Até 1187, nenhuma expedição foi organizada, até que Jerusalém foi tomada pelo exército de Saladino.

Terceira Cruzada (1189–1192)

A Terceira Cruzada foi convocada pelo papa Gregório III, logo após o sultão Saladino conquistar Jerusalém. Os principais reis europeus fizeram parte dessa jornada até a Terra Santa, sendo eles Filipe Augusto (França), Frederico Barba Ruiva (Sacro Império Germânico) e Ricardo Coração de Leão (Inglaterra). Porém, Barba Ruiva morreu afogado na Cicília, e os reis Filipe Augusto e Ricardo Coração de Leão se desentenderam. Ao final, apenas o rei inglês persistiu na campanha.

Os cruzados obtiveram sucesso ao conquistar Chipre, Acre e Jafa. Ao se aproximarem de Jerusalém, os cruzados travaram uma grande batalha contra o exército de Saladino. Em 1192, um acordo foi feito entre cristãos e islâmicos. Jerusalém permaneceria sob o comando islâmico, mas com a abertura da cidade santa para peregrinações cristãs, desde que desarmadas.

Quarta Cruzada (1202–1204)

Apesar do acordo firmado com os islâmicos em 1192, uma nova expedição foi convocada pelo papa Inocêncio III, com o objetivo de conquistar Jerusalém. A convocação se deu em 1198, mas sua organização se concretizou apenas dois anos depois.

A Quarta Cruzada foi caracterizada por motivações comerciais. O duque Enrique Dandolo fez o transporte dos cruzados em troca de dinheiro. Esses interesses econômicos começaram a interferir nas campanhas.

Cruzada das Crianças (1212)

A Cruzada das Crianças, ocorrida em 1212, é envolta de fatos inusitados e lendas. Acreditava-se que apenas as almas puras poderiam libertar Jerusalém. Por causa disso, milhares de crianças foram colocadas em navios saindo de Marselha, na França, em direção ao Oriente. Essa ideia teria surgido em Constantinopla, uma cidade cristã que havia sido saqueada por cruzados.

Dessa forma, de acordo com a crença popular, os adultos não eram confiáveis, e apenas as crianças poderiam participar das expedições. Ao longo do caminho, várias crianças morreram de fome e frio e as que sobreviveram foram vendidas como escravas.

Quinta Cruzada (1217–1221)

A Quinta Cruzada também foi convocada pelo papa Inocêncio III, em 1217, e teve a participação do rei André II, da Hungria, e Leopoldo VI, duque da Áustria. Desta vez, a tática dos cristãos era conquistar primeiramente o Egito para depois atacar Jerusalém. Uma crise na liderança egípcia permitiu que os cristãos dominassem a região. O sultão ofereceu o reino de Jerusalém e dinheiro para os cristãos deixarem o Egito, mas a proposta foi recusada.

Os cristãos conquistaram a cidade de Damieta, mas conflitos entre os cruzados fizeram com que se perdesse tempo, possibilitando o restabelecimento do exército islâmico, que contra-atacou os cristãos e os derrotou em 1221.

Sexta Cruzada (1228–1229)

A Sexta Cruzada foi liderada pelo Sacro Império de Frederico II, que havia sido excomungado pelo papa. Sua excomunhão fez com que seus soldados desertassem a campanha ao longo do caminho até o Oriente.

Frederico II fez um acordo com o sultão Camil, que lhe garantiu a posse de Jerusalém, Belém e Nazaré por dez anos. Porém, a derrota dos cristãos para os islâmicos em Gaza, em 1224, fez com que sua conquista fosse perdida.

Sétima Cruzada (1248–1254)

Essa cruzada foi liderada pelo rei francês Luís IX, canonizado como São Luís. Em 1248, ele se dirigiu ao Egito e conquistou a cidade de Damieta. O exército cristão foi derrotado, e o rei, preso. Os franceses pagaram pela sua libertação.

Oitava Cruzada (1270)

As últimas Cruzadas foram marcadas pela derrota dos cristãos para os islâmicos. A Oitava Cruzada foi liderada pelo rei francês Luís IX, que, novamente, se dirigiu para o Egito. Os cruzados desembarcaram em Túnis e foram contaminados por uma peste que matou inúmeros cristãos.

Nona Cruzada (1271–1272)

Com a morte do rei Luís IX, o rei da Inglaterra, Eduardo, decidiu lutar no Oriente, mas a morte de seu pai, Henrique III, fez com que Eduardo retornasse para a Inglaterra e assumisse o trono. Para alguns estudiosos, a Nona Cruzada é considerada uma continuação da oitava. Problemas sucessórios na Monarquia inglesa se sobrepuseram à retomada de Jerusalém, que, à época, estava nas mãos dos islâmicos.

Consequências das Cruzadas

As Cruzadas aprofundaram a rivalidade entre cristãos e islâmicos. Porém, do ponto de vista econômico, as expedições possibilitaram o fortalecimento do comércio e o transporte de especiarias para o mercado europeu.

Além disso, as Cruzadas retomaram as relações entre Ocidente e Oriente. Os reis acabaram fortalecidos, pois demonstraram seu poder militar perante os senhores feudais, que já sinalizavam a perda de seu domínio, à medida que a Idade Média começava a entrar em crise."

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/cruzadas.htm


14/11 a 18/11 - Religiosidade na Idade Média
Módulo 19 - Pág. 148 a 164

"Comummente reconhecido como a “Idade da Fé”, o período medieval estabelece a consolidação do cristianismo no interior de toda a Europa. Para que compreendamos esse processo, é necessário que tenhamos primeiramente conhecimento sobre a notória organização que estabeleceu uma funcionalidade ímpar a essa instituição. Por volta de 325, membros da Igreja Cristã se reuniram na cidade de Niceia para discutir um amplo leque de questões organizacionais e espirituais. 

A partir desse momento, a Igreja passou a ser portadora de uma doutrina oficial que deveria ser disseminada por um corpo de representantes espalhados em toda a Europa. No século V, a hierarquia clerical seria sustentada pelos padres, que, por sua vez, seriam subordinados à autoridade dos bispos. Acima destes estavam os arcebispos e, logo em seguida, os patriarcas das mais importantes cidades europeias. No ano de 455, o bispo de Roma se tornou papa, passando a controlar a cristandade ocidental.

Historicamente, vários documentos e obras de membros do clero prestigiavam valores de caráter passivo e subordinativo. Desvalorizando a vida terrena, reforçavam que as penúrias e condições da existência material deveriam servir de alento para a espera de uma vida espiritual abundante. Com isso, a Igreja defendeu a ordem social estabelecida argumentando que o mundo feudal refletia, de fato, os desígnios de Deus para com os seus devotos.

Paralelamente, podemos assinalar que outros dogmas, como o medo da morte, a pecaminosidade do sexo e o medo do inferno, eram de grande importância para o comportamento do homem medieval. A utilização de imagens sagradas também serviu como um importante instrumento didático para inculcar os valores de subserviência e temor ligados ao pensamento cristão. Tais ações sistemáticas foram importantes para que o número de fiéis abnegados atingisse números expressivos.

A disseminação dos valores cristãos acabou não só interferindo no pensamento religioso medieval, mas também ampliou o papel da Igreja no momento em que esta passou a controlar terras e influenciar determinadas ações políticas. Não por acaso, observamos que vários membros da nobreza e outros monarcas dessa época entregaram parte de suas propriedades como uma prova de abnegação. Com isso, o papel desempenhado pelo clero na Europa Feudal atingiu os campos político e econômico.

Sem dúvida, toda essa série de práticas, valores e ações foram determinantes na transformação da Igreja em uma instituição com amplos poderes. Desde sua gênese, percebemos que o cristianismo teve que negociar com os vários hábitos e crenças das civilizações pagãs, caso quisesse ampliar o seu número de convertidos.

Além disso, devemos mostrar que a hegemonia da Igreja esteve diversas vezes ameaçada pela organização de seitas e heresias que buscavam valores não abraçados pela doutrina oficial. No século XI, as dissidências com os líderes da Igreja Oriental culminaram no Cisma do Oriente, fato que deu origem à Igreja Católica e à Igreja Bizantina. Nos fins da Idade Média, movimentos heréticos fixaram as bases de outras tensões que marcaram a Reforma Protestante, no século XVI."

Veja mais sobre "A religiosidade medieval" em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-religiosidade-medieval.htm

07/11 a 11/11 - Igreja na Idade Média
Módulo 19 - Pág. 148 a 164

Igreja: a mais poderosa instituição da Idade Média
Igreja: a mais poderosa instituição da Idade Média
Com a expansão do feudalismo por toda a Europa Medieval, observamos a ascensão de uma das mais importantes e poderosas instituições desse mesmo período: a Igreja Católica. Aproveitando-se da expansão do cristianismo, observada durante o fim do Império Romano, a Igreja alcançou a condição de principal instituição a disseminar e refletir os valores da doutrina cristã.

Naquela época, logo depois do Primeiro Século, diversas interpretações da doutrina cristã e outras religiões pagãs se faziam presentes no contexto europeu. Foi através do Concílio de Niceia, em 325, que se assentaram as bases religiosas e ideológicas da Igreja Católica Apostólica Romana. Através da centralização de seus princípios e da formulação de uma estrutura hierárquica, a Igreja teve condições suficientes para alargar o seu campo de influências durante a Idade Média.

Estabelecida em uma sociedade marcada pelo pensamento religioso, a Igreja esteve nos mais diferentes extratos da sociedade medieval. A própria organização da sociedade medieval (dividida em Clero, Nobreza e Servos) era um reflexo da Santíssima Trindade. Além disso, a vida terrena era desprezada em relação aos benefícios a serem alcançados pela vida nos céus. Dessa maneira, muitos dos costumes dessa época estavam influenciados pelo dilema da vida após a morte.

Além de se destacar pela sua presença no campo das ideias, a Igreja também alcançou grande poder material. Durante a Idade Média ela passou a controlar grande parte dos territórios feudais, se transformando em importante chave na manutenção e nas decisões do poder nobiliárquico. A própria exigência do celibato foi um importante mecanismo para que a Igreja conservasse o seu patrimônio. O crescimento do poder material da Igreja chegou a causar reações dentro da própria instituição.

Aqueles que viam na influência político-econômica da Igreja uma ameaça aos princípios religiosos começaram a se concentrar em ordens religiosas que se abstinham de qualquer tipo de regalia ou conforto material. Essa cisão nas práticas da Igreja veio subdividir o clero em duas vertentes: o clero secular, que administrava os bens da Igreja e a representava nas questões políticas; e o clero regular, composto pelas ordens religiosas mais voltadas às praticas espirituais e a pregação de valores cristãos.

Sob outro aspecto, a Igreja também teve grande monopólio sob o mundo letrado daquele período. Exceto os membros da Igreja, pouquíssimas pessoas eram alfabetizadas ou tinham acesso às obras escritas. Por isso, muitos mosteiros medievais preservavam bibliotecas inteiras onde grandes obras do Mundo Clássico e Oriental eram preservadas. São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, por exemplo, foram dois membros da Igreja que produziram tratados filosóficos que dialogavam com os pensadores da Antiguidade.

Mesmo contando com tamanho poder e influência, a Igreja também sofreu com manifestações dissidentes. Por um lado, as heresias, seitas e ritos pagãos interpretavam o texto bíblico de forma independente ou não reconheciam o papel sagrado da Igreja. Em 1054, a Cisma do Oriente marcou uma grande ruptura interna da Igreja, que deu origem à Igreja Bizantina.

Não cabe a nós querer criminalizar ou repudiar a Igreja dos dias de hoje, com base nas suas ações passadas. As questões e práticas dessa instituição não são exatamente iguais àquelas encontradas entre os séculos V e XV. Dessa maneira, ao darmos conta do papel desempenhado por essa instituição religiosa, durante a Idade Média, obtemos uma grande fonte de reflexão sob tal período histórico.

31/10 a 04/11 - O Feudalismo
Módulo 18 - Pág.132 a 147

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO FEUDALISMO? AS 11 MAIS IMPORTANTES

Nos nossos estudos sobre a Idade Média, falamos sobre o feudalismo, modo organizacional que predominou na Europa durante aquele período. Como este é um assunto essencial para quem está estudando história mundial para os vestibulares ou para o ENEM, hoje apresentaremos aqui as principais características do feudalismo.

Resumo do feudalismo

Resumindo, as principais características do feudalismo foram:

  1. Sociedade dividida em três grupos diferentes: clero, nobres e servos. Os primeiros uniam a sociedade, os segundos tinham terras e serviam aos reis ou a si mesmos, os terceiros trabalhavam manualmente nas terras em troca de proteção.
  2. Havia relações de suserania: O Suserano doava o feudo para um vassalo e recebia favores militares. O Rei era superior a todos na sua região.
  3. A economia era agrária. O comércio ainda não era forte.
  4. Divisão em feudos: O feudo era dividido em três, a parte do senhor feudal, o manso servil e o manso comunal.
  5. O feudalismo é a fusão de costumes germânicos e romanos.
  6. Concentração de poder. Os senhores feudais tinham o poder jurídico, econômico e político.
  7. A Igreja Católica era o principal vínculo de unidade da sociedade, alcançando com a moral caritativa cristã até o que a lei falhava em conseguir. Era responsável pelos doentes, pobres, condenados e já tinha hospitais, orfanatos, asilos e escolas.
  8. Havia muitas guerras por terras.
  9. A educação envolvia o Trivium (lógica, gramática e retórica) e o Quadrivium (Aritmética, música, geometria, astronomia).
  10. Houve um enorme florescimento da arte religiosa nas catedrais, artes plásticas, música e vitrais, muito desenvolvimento na arquitetura, e nas técnicas.
  11. A crise do feudalismo veio com a crise econômica, revoltas servis, guerras por disputa de terras, crescimento dos burgos, peste negra, etc.

O que foi o feudalismo?

O feudalismo foi um tipo de organização da vida da sociedade. Envolvia política, cultura, economia e tinha como base a posse de terras (os feudos). Esse modelo surgiu na parte ocidental da Europa no século V após a queda do Império Romano e se estendeu ao longo da Idade Média.

O que eram os feudos?

Os feudos eram terras (lotes) divididos em três partes. Uma era o manso senhorial, a parte específica e individual do senhor feudal (o dono) e além dela havia o manso servil e o manso comunal.

  • Manso servil: terras que os servos usavam. Eles não eram proprietários delas, apenas as usavam para tirar o sustento da família e pagar as taxas e impostos ao senhor feudal, que sedia essas terras a eles. A condição de servo passava de pai para filho, assim como o direito de usar estas terras.
  • Manso comunal: terras de uso coletivo. Eram os bosques, florestas e pastos. Em alguns feudos existiam regras para sua utilização. Não era incomum a proibição da caça realizada por servos em terras comunais. Mas eles podiam levar seus animais para pastarem lá, assim como pegar lenha.

Ei! Também fizemos um texto com várias questões sobre feudalismo para você treinar seus conhecimentos e fixar a matéria. Não esqueça de dar uma olhada!

Quando surgiu o feudalismo?

O feudalismo tem seu início no século V, depois da queda do Império Romano do ocidente, devido às invasões bárbaras e a outros fatores político-econômicos.

A sociedade feudal possuía genericamente três grupos de indivíduos.

Como era a sociedade estamental na Idade Média?

Dentre as principais características do feudalismo, abaixo detalhamos os três grupos sociais que tanto marcaram o período: o clero, a nobreza e os servos/camponeses.

principais características do feudalismo: estamentos sociais - clero, nobreza e servos

clero e a Igreja no feudalismo

Quando se pensa em Idade Média, certamente vem a Igreja Católica na cabeça. Afinal de contas, ela era a principal instituição da época, a qual não apenas ensinava a moral e os costumes, como também possuía terras e mosteiros com escolas e locais para atendimento aos pobres e doentes.

Neste tempo, não havia unidade social, nem política, tudo era descentralizado. O único vínculo de unidade existente era o da fé cristã.

A Igreja detinha praticamente todo o conhecimento da época em suas grandes bibliotecas e monastérios. Mesmo com as invasões bárbaras a Igreja conseguiu preservar livros de filosofia e literatura, entre outros.

Além disso, ela mantinha trabalho de cópia e tradução do grego para o latim. Incentivava o ensino da aritmética, geometria, astronomia e música (quadrivium); e da gramática, retórica e lógica (trivium).

Ressalte-se que a Igreja foi a criadora das universidades. Havia também incentivo ao trabalho, regra inclusive predominante na vida monástica, junto à vida de oração.

A mobilidade social não era entendida como hoje se pensa em mudança de classes. Era comum cada indivíduo permanecer no seu grupo e se desenvolver, porém era possível a mudança. Alguns camponeses tornavam-se religiosos ou capitães, assim como também nobres se tornavam membros do clero.

nobreza – laços de suserania e vassalagem – características políticas do feudalismo

Apesar de existirem reis, eles não possuíam muito poder político. São as figuras dos senhores feudais que mais chamam atenção. Afinal, eles eram os maiores proprietários de terra, controlavam as atividades econômicas e tinham pequenos exércitos capazes de defender seus vassalos.

Os senhores tinham total poder sobre seus feudos. Podiam ter suas próprias leis e seu próprio sistema de justiça. Além disso, eram eles que começavam ou terminavam guerras, sendo responsáveis pela defesa militar e proteção das suas propriedades.

Logo, os poderes jurídico, político e econômico eram monopolizados pelo senhor feudal. Em seus feudos eles decidiam tudo. Criavam suas próprias leis, eram os juízes, formavam seu próprio exército e declaravam guerras.

A relação de suserania – o nobre podia também ser chamado de suserano e doava um feudo a algum outro nobre. Esse que recebia a doação era chamado vassalo. Por essa doação ele se comprometia com seu suserano, tornando-se fiel a ele e ajudando militarmente se necessário. O suserano maior era o rei.

A vida dos servos

Servos não eram escravos, eram tratados como pessoas. Nem o escravo romano tinha uma liberdade como a do servo nesse tempo, pois o senhor feudal não tinha direito sobre suas vidas, já que eles faziam um pacto com seus senhores espontaneamente. Ou seja, sem coerção.

Sua função era cultivar a terra e seu produto servia tanto para seu sustento e de sua família (sim, eles podiam se casar e constituir família) como para o do senhor que o protegia e sedia a terra. Caso o servo morresse, sua terra e seus bens ficavam para os seus filhos, afinal não era lícito ao senhor vender as terras de seu servo.

O pacto que unia um senhor e um vassalo era a palavra, nada era assinado. Tratava-se de um juramento sagrado e que era respeitado na maior parte das vezes.

Contudo, não eram só os servos que faziam trabalhos braçais. Existiam também os “vilões” (não, não eram pessoas que praticavam o mal), eles eram homens que viviam em vilas, fora dos feudos e muitas vezes prestavam serviços aos lordes.

Os camponeses tinham menos condições que seus senhores. Alguns sofriam abusos e viviam na miséria, outros viviam com tranquilidade tirando o que era necessário para viver bem, outros ainda até conseguiam certa ascensão quando alguma nobreza enfraquecia e eles se tornavam verdadeiros donos da terra.

Eles tinham de pagar alguns impostos:

  • Capitação: imposto por cada pessoa da família
  • Talha: parte da produção entregue ao senhor feudal
  • Banalidade: pagamento para utilizar os bens presentes no feudo. Por exemplo, moinhos, fornos, estradas, etc.

24/10 a 28/10 - Os Reinos Francos
Módulo 17 - Pág. 113 a 131

Dentre os povos germânicos, o grupo de maior destaque no mundo medieval foi o franco. Os francos dominaram a região da Gália. Conduzidos por Clóvis, o Meroveu, afirmaram a fé cristã em 496.

O Reino franco se tornou o braço armado da Igreja na Idade Média, pois, desde Clóvis, os francos não apenas lutavam por seu reino, mas também em defesa do cristianismo e do papado romano.

Dinastia Merovíngia

Desde o século II os francos vinham invadindo as fronteiras romanas, acabando por ocupar uma pequena porção da Gália. A primeira dinastia dos francos, a merovíngia, deve seu nome a Meroveu, herói franco na batalha dos Campos Catalúnicos contra os hunos de Atila. Contudo foi Clóvis, neto de Meroveu, que, através de campanhas militares vitoriosas, conquistou, na Gália, regiões ocupadas por outros povos bárbaros, anexando-as ao seu vasto território. Em 496, Clóvis converteu-se ao cristianismo, ganhando, assim, o apoio do clero e da maior parte da população da Gália, constituída por cristãos.

A aliança entre Clóvis e a Igreja foi fundamental para a unificação da Gália, na medida em que fortaleceu a autoridade do rei e contribuiu para a fusão entre conquistadores e conquistados. Em contrapartida, o apoio do rei possibilitou à Igreja libertar-se da influência dos imperadores bizantinos e ganhar novos adeptos entre os bárbaros da Europa ocidental.

Durante a dinastia merovíngia, desenvolvia-se o processo de formação do feudalismo, intensificando-se a ruralização e o poder dos grandes proprietários de terras. Como não havia a noção de Estado, de bem público, as terras do reino eram constantemente distribuídas entre o clero e a nobreza, como recompensa por serviços prestados. Assim, a partir de meados do século VII, os reis da dinastia merovíngia foram perdendo autoridade, ficando sujeitos aos senhores feudais. Esses reis são conhecidos como Reis Indolentes, devido à incompetência com que governaram.

Nessa época, o poder foi passando para os prefeitos (ou mordomos) do palácio, verdadeiros primeiros-ministros. Entre eles, destacou-se Carlos Martel, que barrou a expansão dos árabes na Europa, vencendo-os em Poitiers, em 732.

Dinastia Carolíngia

Em 751, o filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, aproveitando-se do prestígio de seu cargo de prefeito e obtendo o apoio papal, depôs o último soberano merovíngio, iniciando a dinastia carolíngia, cujo nome se deve ao seu maior expoente: Carlos Magno. Em retribuição ao apoio do papa, Pepino o apoiou na luta contra os lombardos e cedeu ao papado o território de Ravena, reforçando o poder temporal da Igreja. Os territórios da Igreja, chamados de Patrimônio de São Pedro, deram origem aos Estados Pontifícios, que se mantiveram até o século XIX.

Em 768, Carlos Magno, filho de Pepino, assumiu o trono, governando até 814. Realizou inúmeras guerras de conquista, que expandiram consideravelmente as fronteiras do Reino Franco e garantiram os laços de dependência entre o poder central e a nobreza: parte das terras conquistadas eram doadas à aristocracia, que assumia em troca obrigações e compromissos de lealdade para com o rei-suserano. Assim, embora continuassem a existir as forças de descentralização, devidas à crescente formação dos feudos, foram temporariamente controladas pela forte centralização política de seu governo.

O êxito das campanhas militares de Carlos Magno se deve sobretudo ao apoio da Igreja. Paralelamente à expansão do Reino Franco, efetuou-se a propagação do cristianismo. Com a ampliação de seus domínios, o Reino Franco tornou-se o mais extenso da Europa ocidental, recuperando, em parte, os limites do antigo Império Romano do Ocidente, o que fazia renascer a concepção de império. O papa Leão III, movido por interesses como a difusão do cristianismo e o consequente fortalecimento da Igreja de Roma, coroou Carlos Magno imperador do Novo Império Romano do Ocidente.

Mapa do Império Carolíngio
O Império Carolíngio.

O Império Carolíngio organizou-se em unidades político-administrativas chamadas condados e marcas. A maior parte das terras imperiais estava dividida em condados, cujos administradores — os condes — eram diretamente nomeados pelo imperador e a ele ligados pelo juramento de fidelidade. As marcas, unidades de fronteira encarregadas da defesa do império, eram governadas pelos marqueses, que detinham grande poder militar. Havia ainda os barões, que, de seus fortes localizados em pontos estratégicos, auxiliavam na defesa das fronteiras.

Tanto os condados quanto as marcas sujeitavam-se à fiscalização dos missi dominici — os “emissários do senhor” —, funcionários do imperador encarregados de conter os abusos de condes e marqueses e de zelar pela aplicação das leis Capitulares, decretos emitidos em capítulos por Carlos Magno.

O êxito político e administrativo do reinado de Carlos Magno foi acompanhado de grande desenvolvimento cultural, incentivado pelo próprio imperador e denominado Renascimento Carolíngio. Desde o final do Império Romano, a cultura vinha sucumbindo às guerras e aos bárbaros. Pepino, o Breve, não sabia escrever o próprio nome, e Carlos Magno só o aprendeu em idade adulta. A reversão desse quadro passou a ser uma de suas metas. Reuniu sábios, a fim de favorecer a instrução, e, em colaboração com a Igreja, deu novo impulso às letras a às artes, com a fundação de várias escolas, como a Escola Palatina, situada nas dependências do próprio palácio. Nessa escola, dirigida pelo teólogo e pedagogo inglês Alcuíno, ensinava-se gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria e música. A efervescência cultural da época possibilitou a preservação de diversas obras da Antiguidade greco-romana, pacientemente copiadas pelos alunos das escolas eclesiásticas.


17/10 a 21/10 - A Europa sob novas influências
Módulo 17 - Pág. 113 a 131

islamismo, surgido na Península Arábica no século VII, é uma das maiores religiões do mundo. A palavra que dá nome à religião, islã, tem origem no termo islam, do idioma árabe, que significa submissão. Essa palavra, por sua vez, tem relação com outra palavra do árabe, salam, que significa paz.

O adepto do islamismo é conhecido como muçulmano (ou muçulmana), e esse termo também tem origem no árabe, vem de muslim, que significa submisso. Assim, muçulmano é aquele que é submisso a Deus, que, no caso, é Allah. O islamismo, assim como o cristianismo e o judaísmo, é uma religião monoteísta, isto é, acreditam na existência de apenas um deus.

Origem do islamismo

Como mencionado, o islamismo surgiu no século VII, e, na tradição religiosa muçulmana, o surgimento da religião aconteceu por meio de Muhammad (mais conhecido em português como Maomé). O grande profeta do islamismo nasceu em 570 d.C., e durante grande parte de sua vida trabalhou como comerciante.

A vida de Muhammad mudou quando ele recebeu uma revelação do anjo Gabriel, no que ficou conhecido na tradição religiosa muçulmana como Noite do Destino. Os muçulmanos não adoram Muhammad, mas o consideram como o último de uma série de profetas que trouxeram a revelação da mensagem de Allah.

Muhammad nasceu e viveu grande parte de sua vida em Meca, onde, depois da revelação do anjo Gabriel, ele passou a pregar a mensagem de Allah. Na época, a Península Arábica era marcada pelo politeísmo, e a época pré-Islã na tradição muçulmana é conhecida como jahiliah, ou época da ignorância.

A pregação de Muhammad desagradou as autoridades locais por atacar o politeísmo, e o profeta muçulmano e seus seguidores passaram a ser perseguidos. Essa perseguição colocou em risco a vida de Muhammad e seus seguidores, e, então, o profeta do Islã recebeu um convite para estabelecer-se em Medina. Em 622, Maomé mudou-se para essa cidade, e esse evento ficou conhecido como Hégira.

Hégira é o marco que iniciou o calendário islâmico. Uma vez em Medina, Muhammad começou a angariar forças o suficiente para formar um Estado na cidade, com uma comunidade muçulmana conhecida, em árabe, como Umma. Esse Estado muçulmano formado pelo profeta em Medina garantia a liberdade religiosa para judeus, cristãos e adeptos do politeísmo.

Após travar inúmeras batalhas, Muhammad conseguiu conquistar a cidade de Meca. Na tradição muçulmana, conta-se que a conquista da cidade foi realizada de forma pacífica. Ainda em vida, Muhammad foi responsável pela unificação da Península Arábica (até então a península não possuía unificação política).

Muhammad faleceu em 632 d.C., e depois disso seus seguidores, os califas, trataram de expandir a mensagem do islamismo por outras regiões da Ásia, África e até da Europa.

Princípios do islamismo

O islamismo é uma religião monoteísta, sendo assim, os muçulmanos proferem que só existe um Deus, e ele é Allah. Para os muçulmanos, Allah é onipotente, onisciente e o criador do Universo.

A crença em Allah é fundamental dentro dessa religião, e no Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos (que também é conhecido como Corão), é frequentemente encontrada a mensagem “em nome de Deus, o clemente, o misericordioso”. Os muçulmanos também acreditam em profetas, isto é, pessoas escolhidas para trazerem a mensagem de Allah.

Alguns dos profetas que os muçulmanos acreditam são:

  • Adão

  • Noé

  • Abraão

  • Moisés

  • Jesus

  • Muhammad

Os preceitos sagrados do islamismo estão compilados no Alcorão. Esse livro foi compendiado durante 22 anos, de 610 d.C. a 632 d.C., e foi escrito pelos seguidores de Muhammad. O profeta muçulmano recebia a revelação de Allah, repassava-a a seus seguidores, que então a compilavam.

Outros escritos que são importantes no islamismo são a Torá, os Salmos e o Evangelho (textos que fazem parte da Bíblia cristã). Os muçulmanos acreditam que Allah julgará a todos em um julgamento final, que condenará ou salvará as pessoas com base em suas ações em vida. Além disso, todos os acontecimentos passam pela permissão de Allah. Os muçulmanos também acreditam na existência de anjos.

Para os muçulmanos, existem três cidades sagradas: Medina, Meca e Jerusalém. Meca é o local mais sagrado do Islã e onde fica a Caaba, uma construção sagrada; Medina é onde fica o túmulo de Muhammad; e Jerusalém foi a cidade à qual o profeta foi transportado por um Buraq, um ser mítico. Lá, Muhammad encontrou Allah e outros profetas do islamismo.


03/10 a 07/10 - O Império Romano
Módulo 15 - Pág. 192 a 214

Resumo sobre o império romano

No sistema político de império, o poder político estava concentrado na figura do imperador. O Império Romano começou com Otaviano Augusto e terminou com Constantino XI. O Senado servia para apoiar o poder político do imperador.

O império sucedeu à República Romana. Com o novo sistema, Roma, que era uma cidade-estado, passou a ser governada pelo imperador.

Foi em seu início que o império conquistou a maior parte do poder. Até 117 d.C., ao menos 6 milhões de quilômetros quadrados estavam sob o domínio do império romano.

Sob o domínio do Império Romano estavam 6 milhões de habitantes. Roma, nessa fase, foi habitada por 1 milhão de habitantes.

Entre os pontos fundamentais para o sucesso do império estava o exército, que era profissional e atuava como uma legião. Sob o comando de astutos generais, Roma expandiu o poderio ao Mediterrâneo.

Características do império romano

  • Essencialmente comercial;
  • Escravizava os povos conquistados;
  • O controle das províncias era feito por Roma;
  • Politeísta;
  • O governante tinha cargo vitalício;
  • A extensão territorial era obtida por conquistas ou golpes militares.

26/09 a 30/09 - O Surgimento do Império Romano
Módulo 15 - Pág. 192 a 214

Surgimento do Império Romano

Uma das estórias sobre a fundação de Roma é a célebre lenda dos irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, que viveram em 753 a.C.

Segundo historiadores, Roma surgiu a partir de um grupamento de pastores que viviam às margens do Rio Tigre. É essa a região geográfica que corresponde hoje à Itália.

No decorrer do século VI a.C., Roma ficou sob a direção dos etruscos, de origens gregas. A liberdade foi conquistada gradualmente, quando se transformou numa cidade-estado onde a forma de poder exercida era a monarquia.

Com as constantes desavenças entre os reis, os romanos experimentaram a república, entre 509 a.C. e 30 a.C. Nesta época, Roma passou a exercer forte poder colonial, político e militar.

Triunviratos

O governo de Roma ainda ficou fortalecido por uma estratégia de gestão que passou à história como triunviratos.

O triunvirato é a gestão formada por três integrantes. A formação do primeiro deles em Roma ocorreu em 59 a.C. e contava com Júlio César, Pompeu e Marco Crasso.

Em certo momento, os três entraram em guerra e César os venceu. Júlio César tornou-se o primeiro governante individual de Roma.

O segundo triunvirato foi formado por Octávio, Lépido e Marco Antônio, também terminou com uma guerra civil em 31 a.C. Otávio venceu e passou a governar Roma.

É nesse ponto que surge o Império Romano, em 27 a.C. e que vai até 476 d.C. Também é considerada a fase de maior prosperidade e expansão do império, na chamada dinastia Júlio-Claudiana.

Divisão do império romano

Divisão do Império Romano

O Império Romano foi dividido em 284 d.C. como forma de melhor administrar o poder. A divisão consistiu em:

  • Império Romano do Ocidente, tendo como capital Roma;
  • Império Romano do Oriente, com Bizâncio como capital.

Resumo sobre o império romano

No sistema político de império, o poder político estava concentrado na figura do imperador. O Império Romano começou com Otaviano Augusto e terminou com Constantino XI. O Senado servia para apoiar o poder político do imperador.

O império sucedeu à República Romana. Com o novo sistema, Roma, que era uma cidade-estado, passou a ser governada pelo imperador.

Foi em seu início que o império conquistou a maior parte do poder. Até 117 d.C., ao menos 6 milhões de quilômetros quadrados estavam sob o domínio do império romano.

Sob o domínio do Império Romano estavam 6 milhões de habitantes. Roma, nessa fase, foi habitada por 1 milhão de habitantes.

Entre os pontos fundamentais para o sucesso do império estava o exército, que era profissional e atuava como uma legião. Sob o comando de astutos generais, Roma expandiu o poderio ao Mediterrâneo.

Características do império romano

  • Essencialmente comercial;
  • Escravizava os povos conquistados;
  • O controle das províncias era feito por Roma;
  • Politeísta;
  • O governante tinha cargo vitalício;
  • A extensão territorial era obtida por conquistas ou golpes militares.

19/09 a 23/09 - CORREÇÃO DO RAA

12/09 a 16/09 - A Crise da República Romana
Módulo 14 - Páginas: 170 à 188

Durante a crise geral que se abateu sobre a República Romana, alguns grupos se mobilizaram para realizar reformas durante o século XII a.C., entre eles destacamos dois irmãos:

Tibério Graco – Tribuno da plebe, propôs uma lei de reforma agrária, ou seja, desapropriação de parte das grandes propriedades e doação para os mais pobres. O Senado se opôs a reforma e Tibério e mais 300 de seus seguidores foram assassinados.

Caio Graco – Tribuno da plebe, dez anos após a morte do irmão elaborou leis para melhorar as condições de vida da plebe, determinou a distribuição de trigo a baixo preço para a plebe também propôs uma Reforma Agrária. Os mais ricos se opuseram as medidas de Caio, e seu destino foi o mesmo de seu irmão.

A República entrou em uma crise ainda maior, os aristocratas querendo manter a ordem existente e os populares ansiosos por reformas. Neste período destacam-se o general Mário defensor da plebe e o general Sila que defendia os conservadores.

Mário foi eleito cônsul, tornou o exército profissional, ou seja, passaram a receber salário e poderiam ter parte dos espólios de guerra, após 25 anos de carreira tinham direito a terras, muitos plebeus entraram no exército. Com a morte de Mário, Sila estabeleceu uma ditadura militar. Após sua morte o poder em Roma foi dividido entre três generais, o triunvirato.

1° e 2º Triunvirato

Em 60 a.C., o Senado acabou elegendo três fortes líderes políticos ao Consulado: Júlio Cesar, Pompeu e Crasso, governando juntos e dividindo entre si os domínios romanos. Em 54 a.C., Crasso morreu combatendo na Pérsia, e o poder em Roma foi disputado por Pompeu e Júlio César, na luta que se seguiu Júlio César saiu vencedor. Foi proclamado ditador vitalício em oposição ao Senado, em 44 a.C., César foi assassinado acusado de querer implantar a monarquia em Roma. Sua morte causou uma revolta na população, seus assassinos perseguidos e formou-se o 2°Triunvirato com Marco Antônio general de Júlio César, Otávio sobrinho e herdeiro de Júlio César e Lépido general de Roma. Após eliminarem os opositores de César, ocorre a disputa entre os membros do triúnviro pelo poder. Lépido é afastado e Otávio declara guerra a Marco Antônio que se encontrava no Egito. Derrotado em 31 a.C., por Otávio, que recebe do Senado o título de princeps (primeiro cidadão) em uma primeira etapa para se tornar Imperador (supremo) progressivamente Otávio se torna senhor absoluto de Roma, recebendo mais um título o de Augustus (o divino) inaugurando o período imperial.


05/09 a 09/9 - A República Romana
Módulo 14 - Páginas: 170 à 188

A REPÚBLICA ROMANA

República Romana foi um período da história da civilização romana que durou 500 anos, de 509 a.C. a 27 a.C. quando foi governada por senadores e magistrados.

Durante este tempo, Roma organizou suas instituições e realizou importantes conquistas militares que lhe garantiram o domínio do Mar Mediterrâneo.

ORIGEM DA REPÚBLICA ROMANA

A República Romana tem sua origem no ano de 509 a.C, quando o último rei etrusco é deposto e o Senado assume as funções de governo.

APÓS A EXPERIÊNCIA MONÁRQUICA, OS ROMANOS OPTAM POR NÃO DEIXAR O PODER NAS MÃOS DE UM SÓ INDIVÍDUO. POR ISSO, ELIMINARAM A FIGURA DO REI E TODOS OS CARGOS DEVERIAM SER EXERCIDOS POR DUAS OU MAIS PESSOAS.

ASSIM, NÃO HAVIA A FIGURA DE UM SÓ GOVERNANTE, MAS DOIS, CHAMADOS CÔNSULES. ESTES TINHAM UM MANDATO DE UM ANO E DEVIAM CONTROLAR-SE MUTUAMENTE.

Instituições da República Romana


  • Senado – ocupava-se da política internacional e da supervisão das magistraturas e era convocado pelos cônsules, pretores ou pelo tribuno da plebe. Chegou a ter 300 membros e cargo era vitalício. Os senadores eram patrícios que haviam desempenhado alguma magistratura ou tinham feito algo relevante para a República.
  • Magistratura – para ser magistrado era preciso ser cidadão romano e dispor de uma renda de acordo com o cargo desempenhado. Os magistrados tinham lugares privilegiados em cerimônias públicas e espetáculos, bem como o uso de cores diferenciadas de acordo com seu cargo.
  • Cônsul – exercia o comando militar. No caso de guerra ou do impedimento de um dos cônsules eram substituídos por um ditador. Este tinha um ano de mandato e poder absoluto sobre os cidadãos romanos.
  • Pretor – tinha a função de administrar a Justiça.
  • Edil - responsável por fiscalizar o comércio e conduzir a cidade.
  • Censor – se encarregava de contar a população, fiscalizar os candidatos a edil e vigiar a conduta moral do povo romano.
  • Questor – cobrava impostos e custodiava o patrimônio romano.

Sociedade na República Romana

A sociedade romana estava organizada entre patrícios, plebeus, escravos e clientes. As mulheres não eram consideradas como cidadãs e não participavam da política.

Vejamos a origem e a função social que cada extrato possuía:

  • Patrícios – pertenciam às famílias mais antigas de Roma, possuíam grandes propriedades de terras e eram os mais ricos.
  • Plebeus – Inicialmente, todos aqueles que não eram patrícios e não eram escravos, denominavam-se plebeus. No princípio não possuíam direitos políticos, mas por conta dos escândalos de corrupção do Senado, pouco a pouco foram sendo cooptados para as instituições romanas. Como eram a classe mais poderosa havia grande diversidade entre eles. Basicamente, estavam compostos por homens que haviam se enriquecido através do comércio, cavaleiros que tinham feito fortuna com as guerras de conquista, médios e pequenos proprietários.
  • Escravizados – a escravidão romana era a base da sociedade, e tanto patrícios como plebeus possuíam escravizados. Estes eram obtidos através das guerras de conquistas. Além disso, qualquer homem livre poderia ser escravizado, pois as dívidas podiam ser pagas com a escravidão temporária. Não necessariamente eles realizavam sempre os piores trabalhos, pois aqueles que sabiam ler e escrever eram empregados como escribas, contadores e administradores.
  • Clientes – plebeus que para ascender socialmente serviam a uma família patrícia em troca de proteção e posição social.

PATRÍCIOS X PLEBEUS

Conflitos permanentes entre patrícios e plebeus vão abalar a República Romana. Afinal, o exército romano era composto em sua maioria por plebeus que não tinham possibilidade de participar da vida política da cidade.

Com o intuito de pressionar os patrícios a cederem direitos políticos, os plebeus saíram de Roma. Só voltaram quando foi negociada a criação do Tribunal da Plebe, em 494 a.C. Este passou a controlar os patrícios e as magistraturas e, com o tempo, os plebeus seriam tão poderosos quanto os patrícios.

Os plebeus conseguiram organizar assembleias e promulgar leis que garantissem tantos direitos quanto tinham os patrícios. Vejamos algumas delas:

Assembleias

Sistema representativo popular. Existiam várias formas como os “comitia curiata” (comícios curiais), onde se votavam a “Lex curiata”, que eram remetidas aos altos magistrados. Mais tarde, foram criadas por Sérvio Túlio as “comitia centuriata”, que estavam formadas por 100 indivíduos e eram essenciais para o recrutamento militar.

Leis das Doze Tábuas – 450 a.C.

Por pressão dos plebeus, as leis de Roma passaram a ser escritas a fim de que fossem fixadas e os plebeus pudessem consultá-las.

Leis Licínias – 376 a.C.

Determinam que um dos cônsules deve ser plebeu.

Leis Canuleias – 345 a.C.

Permitem que os plebeus se casem com os patrícios.



29/08 a 02/09 - Roma: Período Monárquico
Módulo 14 - Páginas: 170 à 188


O estudo da monarquia romana conta com um conjunto de fontes históricas bastante limitadas. A grande maioria das informações obtidas desse período é extraída da interpretação de lendas que fazem referência aos sete reinados instituídos nesta época. Embora a fundação de Roma seja uma história de natureza mítica, estas lendas apontam Rômulo com sendo o primeiro monarca da cidade.

Segundo a lenda do “Rapto das Sabinas”, uma das primeiras preocupações de Rômulo era empreender formas para que a cidade fosse povoada. Com isso, passou a atrair fugitivos e pastores de diferentes regiões com a garantia de que concederia uma esposa a cada um dos novos habitantes. Para cumprir sua palavra, organizou um banquete para distrair os habitantes da tribo dos Sabinos. Nesse meio tempo, raptou suas mulheres para torná-las esposas dos romanos.

Essa lenda assinala o processo de fusão entre os romanos e sabinos, que se alternariam na ocupação do trono real. De fato, o segundo rei de Roma, Numa Pompílio, é de origem sabina e foi responsável pela organização dos cultos religiosos da cidade. Outras lendas explicam como os limites da cidade romana se estenderam com a conquista de novas regiões. Túlio Hostílio, o terceiro rei, teria dominado a cidade de lba Longa. Anco Márico, sucessor do trono, foi quem construiu o porto de Óstia e a ponte Sublícia.

No século VII a.C., a cidade de Roma passou a ser governada por reis de origem etrusca. O primeiro deles, Tarquínio, O Antigo; foi responsável pela construção de importantes obras públicas. Sérvio Túlio, seu sucessor, preocupou-se em proteger a cidade com a construção de uma muralha. Além disso, dividiu a população em quatro grandes tribos urbanas e promoveu a distinção social do povo romano com base em suas riquezas.

A economia do período monárquico era agropastoril. Os patrícios compunham a elite romana, representando os proprietários de terra. Costumavam se reunir em torno da liderança de um mesmo chefe familiar e cultuavam antepassados em comum. Os encontros religiosos eram normalmente realizados nas cúrias. Os parentes mais pobres dos patrícios, os clientes, não possuíam terras e viviam sob a proteção dos patrícios. Todo aquele que não pertencesse à família de algum patrício era considerado plebeu.

No governo de Tarquínio, O Soberbo, foram criados o sistema de esgoto da cidade de Roma, chamado de “cloaca máxima”, e um templo de adoração ao deus Júpiter. Tarquínio foi deposto após seu filho, Sexto Tarquínio, violentar Lucrécia, filha de um importante membro da classe patrícia. Esse incidente parece ter sido usado como desculpa para a deposição de Tarquínio. Segundo relatos, o rei etrusco desagradava à elite econômica romana ao conceder benefícios às camadas mais pobres da população.

Com a queda do rei etrusco, o Conselho dos Anciãos, órgão de representação política dos patrícios, inaugurou o regime republicano em Roma. Essa transformação só foi possível graças à crise vivida no interior do Império Etrusco, após as derrotas militares sofridas contra os gregos e gauleses. A instituição da República marcou a hegemonia dos patrícios nos quadros políticos e econômicos do antigo povo romano.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

Saiba mais: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/roma-periodo-monarquico.htm



22 a 26/08 Atividades em Sala:

Leia o Módulo 13 do Caderno 03 (Pág.152 a 169) e faça as seguintes atividades da Apostila:
  • Atividade 01 – Pág. 158.
  • Atividade 02 – Pág. 163.
  • Em Casa – Pág. 166 e 167.
15 a 19/08 - A Humanização e Política
Módulo 13 - Pág. 152 a 169

Democracia ateniense

Foi durante a gestão de Clístenes como legislador em Atenas que uma série de reformas foi realizada em 514 a.C. As reformas de Clístenes são consideradas como as responsáveis pelo nascimento da democracia enquanto sistema que amplia a participação popular dentro da política. No entanto, atenção, o conceito de cidadania em Atenas difere bastante do modelo democrático atual.

Entre as reformas de Clístenes está o reconhecimento da igualdade de todos os cidadãos atenienses perante a lei da cidade. A divisão da cidade foi reorganizada, e, em vez de quatro tribos, passaram a existir 10, organizadas por localidade e não por renda. A Bulé foi mantida, mas seria formada com 500 membros, sendo 50 de cada tribo. Era responsabilidade da Bulé, por exemplo, formular leis que seriam votadas na Eclésia.

Eclésia (assembleia popular) foi mantida no sistema político de Atenas, e nela todos os cidadãos tinham direito de participar da tomada de decisões. Todas as decisões feitas em Atenas passavam pela aprovação dos que participavam da Eclésia. O local em que os membros da assembleia reuniam-se era a colina de Pnyx, capaz de reunir até nove mil pessoas.

Na Eclésia, algumas pessoas recebiam o direito de discursar para os presentes, e todos que discursavam tinham o direito de defender o que quisessem (dentro do assunto que estivesse sendo debatido). Uma vez realizados os discursos, os presentes votariam se aprovavam ou não determinada medida. O voto era realizado por meio do levantamento de mão.

Esse sistema visava, então, garantir uma ampliação na participação política e esteve vigente em Atenas e em toda Ática, a zona na Grécia que ficava no raio de influência ateniense. A democracia ateniense também se preocupava em criar formas de proteger-se de pessoas que tentassem usá-la em benefício próprio.

Desse temor nasceu o ostracismo, um mecanismo que determinava a expulsão de uma pessoa de Atenas e da Ática por um período de 10 anos, caso ela realizasse ações contra a democracia ateniense ou acumulasse um grande poder político que colocasse em risco seu funcionamento.

A democracia ateniense, no entanto, tinha suas limitações. Embora fosse algo sem precedentes na época — um sistema que garantisse voz para pessoas mais despossuídas —, esse sistema ainda tinha consideráveis limitações, pois o direito de participar da política ainda ficava recluso a homens maiores de idade, nascidos de pai e mãe atenienses.

A maioria absoluta de Atenas permanecia, então, fora do processo político da cidade. Entretanto, como percebemos, a democracia ateniense possibilitou um enfraquecimento da aristocracia local, permitindo que grupos em ascensão pudessem participar ativamente da política. Um exemplo significativo disso se deu pela indicação de que quaisquer homens filhos de pai e mãe atenienses teriam a cidadania.

Isso prejudicava a aristocracia ateniense, que buscava reforçar seu poder por meio de alianças com outras cidades, o que gerava herdeiros de pais nascidos em locais diferentes. No entanto, para ser cidadão em Atenas, era necessário ter pai e mãe atenienses, o que, portanto, excluía filhos de pais de outras cidades, impedindo os interesses dos eupátridas.

A pessoa nascida em outra cidade era entendida como estrangeira e não tinha direitos políticos. Com as reformas de Clístenes, a organização social em Atenas ficou da seguinte maneira:

  • Cidadãos: grupo de pessoas nascidas em Atenas e de pais atenienses. Tinham direitos políticos e direito à propriedade.

  • Metecos: nascidos em outras cidades e considerados estrangeiros por isso. Eram bem aceitos na sociedade ateniense, mas não tinham direito à cidadania. Eram obrigados a pagar um imposto anual para Atenas por residir nela.

  • Escravos: geralmente eram prisioneiros de guerra. Não tinham posses, nem direitos políticos.

Dentro da democracia ateniense, as mulheres nascidas na cidade eram consideradas cidadãs, mas não tinham direito de participar da política local e eram, então, outro grupo excluído.


08 a 12/08 - Atenas & Esparta

Módulo 12 - Pág.131 a 151 (Apostila 03)

As cidades de Esparta Atenas se formaram durante o período Arcaico, no contexto da formação das primeiras polis gregas. Esse processo se consolidou entre 700 a.C. a 500 a. C. quando os Genos (tribos) nômades se tornaram sedentários.

Mesmo que se denominassem Helenos e compartilharem de alguns costumes e tradições, como as divindades e os privilégios à aristocracia local, os gregos eram totalmente independentes entre si.

Eles possuíam diferenças marcantes, o que não permite afirmarmos a existência de uma nação grega. E, dentre todas as cidades, Esparta e Atenas constituíram as duas maiores antíteses da Grécia Antiga.

Observe que, a sociedade espartana já havia se tornado uma potência grega em torno de 520 a.C., quando dominava a Liga do Peloponeso.

Foi nessa época que começaram os atritos com Atenas. Em 510 a.C., Cleômenes de Esparta tenta vencer os atenienses, mas é derrotado.

Contudo, alguns anos mais tarde, em 480 a.C., estas duas cidades irão se unir contra o rei Xerxes, do Império Persa, com Atenas esmagando sua força naval e Esparta destroçando suas forças terrestres.

Apesar de saírem vitoriosas contra os persas, as rivalidades entre as potências gregas aumentam gradativamente.

Atenas começa a despontar como a maior potência marítima da Grécia, após a criação da Liga de Delos, o que deu início a Guerra do Peloponeso, em 432 a.C. Nela, Esparta se sagrou vitoriosa em 404 a.C., todavia, o desgaste provocado pelo confronto enfraqueceu as duas cidades.

Isso possibilitou a dominação de Tebas, em 370 a.C., a qual se torna a potência dominante até a conquista da Grécia pelo o rei Filipe, da Macedônia, em 338 a.C..

Principais Características de Esparta

Esparta (ou Lacedemônia) surgiu em torno de 1200 a.C., quando os Dórios, que dominavam técnicas de metalurgia para fabricar ferro, conquistaram o sul do Peloponeso.

Em 700 a.C., eles já haviam derrotados seus inimigos e conquistaram toda a península, transformando-os em vassalos e escravos.

Isso deu a Esparta uma grande quantidade de terras férteis, o que facilitou o seu isolamento e lhe garantiu a alcunha de xenófobos (aversão aos estrangeiros).

Sobre sua educação, esta começava aos 7 anos de idade para os homens e aos 12 para as mulheres.

Basicamente, seu treinamento se resumia na preparação física e psicológica, de cunho militarista, para transformar os homens em poderosos e obedientes guerreiros.

Por sua vez, as mulheres também eram treinadas para o combate, e sua educação as preparavam para conduzir todos os assuntos domésticos na ausência dos maridos. Além disso, elas eram bem vindas nas assembleias e nas competições desportivas.

Os únicos a terem direitos políticos na sociedade espartana eram os descendentes diretos dos dórios. Eles eram servidos pelos periecos, descendentes dos aqueus conquistados que praticavam o comércio e artesanato. Por fim, a base da sociedade era composta pelos hilotas, escravos capturados durante as guerras.

Politicamente, Esparta dividia o poder entre dois reis (Diarquia), um militar e outro religioso, que governavam respeitando as decisões da Gerúsia, (conselho composto por 28 anciãos com mais de 60 anos); e a Apela (conselho formado por espartanos acima de 30 anos).

A cidade de Atenas foi estabelecida pelos Jônios por volta de 1600 a.C, na região da península Ática. Outros povos creto-micênicos, como aqueus, jônios e eólios também compuseram o seu povo.

Como não possuíam terras férteis para agricultura, os atenienses se dedicaram à pesca e ao comércio marítimo. Aproveitaram de sua posição geográfica estratégica para desenvolver o comércio de trigo, uva e azeitona e cerâmica com as colônias gregas no Mar Mediterrâneo e na Ásia menor.

Mais equilibrados, os atenienses conciliavam o desenvolvimento físico e mental durante a educação de seus cidadãos, a qual era um privilégio das famílias mais abastadas.

Eles valorizavam grandemente a arte e a literatura, o que transformou Atenas no centro cultural da Grécia e berço da Filosofia Ocidental e da Democracia.

Contudo, as mulheres não desfrutavam muito dessa educação, uma vez que eram criadas para serem dóceis e submissas, prendadas apenas para as atividades domésticas cotidianas.

Atenas conheceu um sistema monárquico de governo até os séculos VIII-VII a.C., quando instaurou-se a Democracia.

Seu governo era essencialmente uma Oligarquia (Governo de poucos), na qual as famílias eram mais importantes conforme sua proximidade na linha de parentesco com os fundadores da cidade.

Assim, os grandes proprietários de terra (eupátridas) ficavam com as melhores propriedades, enquanto aqueles mais distantes na linha de parentesco (georgóis) ficavam com propriedades menores.

Por sua vez, os artesões especializados (demiurgos) não possuíam terras e status e os Thetas eram a base da sociedade, podendo, muitas vezes, serem sujeitados à escravidão.

O governo em Atenas emanava da Eclésia, uma assembleia popular, onde participavam apenas os cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos, com ao menos dois anos de serviço militar e filhos de um pai nascido na polis.

Saiba mais: https://www.todamateria.com.br/esparta-e-atenas/

Atenas

Esparta

03/08 - As origens do povo Grego.
Módulo 12 - Pág.131 a 151 (Apostila 03)

Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século IV a.C.

Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado e sim num conjunto de cidades que compartilhavam a língua, costumes e algumas leis.

Muitas delas eram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.

O primeiro período de formação da Grécia é chamado de pré-homérico.

A Grécia antiga se formou da miscigenação dos povos Indo-Europeus ou arianos (aqueusjônios, eólios, dórios). Eles migraram para a região situada no sul da península Balcânica, entre os mares Jônico, Mediterrâneo e Egeu.

Acredita-se que por volta de 2000 a.C. chegaram os aqueus, que viviam num regime de comunidade primitiva.

Depois de estabelecerem contato com os cretenses, de quem adotaram a escrita, se desenvolveram, construíram palácios e cidades fortificadas.

Organizaram-se em vários reinos liderados pela cidade de Micenas e daí o nome Civilização Aqueia de Micenas. Depois de aniquilarem a civilização cretense, dominaram várias ilhas do Mar Egeu e destruíram Troia, cidade rival.

Porém, no século XII a.C., a civilização micênica foi destruída pelos dórios, que impuseram um violento domínio sobre toda a região, arrasaram as cidades da Hélade e provocaram a dispersão da população, o que favoreceu a formação de várias colônias. Este fato é conhecido como a 1ª diáspora grega.


01/08 - Os povos Africanos (Reposição de Aula de História)
Módulo 10: Pág.166 a 176 (Apostila 02)

"Desvendar os mistérios que cercaram o passado humano através de pesquisas sobre a origem dos primeiros povos da Terra é um desafio que instiga diversos pesquisadores. Para a realização de pesquisas sobre o período pré-histórico da humanidade, os estudiosos desenvolveram dois tipos básicos de estudos. A Paleontologia e a Arqueologia. Os paleontólogos estudam geralmente os fósseis, que são as partes mais resistentes do corpo, como ossos e dentes. Os arqueólogos estudam as criações do homem pré-histórico, como instrumentos de pedra e metal ou peças de cerâmica, que ajudam a interpretar a maneira como eles viviam.

Essas duas técnicas são preponderantes no campo da pesquisa e foi através da arqueologia que um grupo de estudiosos encontrou no continente africano alguns sítios arqueológicos que ajudaram a compreender um pouco mais da Pré-História desse continente. Através da análise dos objetos encontrados, os arqueólogos chegaram à conclusão de que o local que hoje é a África do Sul foi habitado por grupos nômades que viviam da caça e da pesca há mais de 100 mil anos.

Os povos chamados de berberes, por exemplo, foram considerados um dos primeiros povos que habitaram o norte da África. Esse grupo também ficou conhecido pelo nome de caucasoide. O termo caucasoide foi criado pelo estudioso Cristoph Meiners que, através dos estudos do crânio, decifrava a região em que determinados grupos se desenvolveram. Assim, caucasoides foram aqueles que viveram em diferentes regiões do planeta, como Europa, Norte da África e Ásia Ocidental."

"No Norte da África, os berberes desenvolveram-se ao longo da costa mediterrânea, do Egito ao Atlântico. Ainda hoje existem povos descendentes desse grupo que, segundo especialistas, são uma mistura de diferentes etnias. Contudo, o termo berbere atualmente refere-se mais ao idioma do que propriamente a uma etnia específica, pois é uma língua falada por milhões de argelinos e marroquinos.

Os bantu também foram um dos primeiros povos que habitaram o continente africano. As atuais regiões da Nigéria e Camarões foram as localidades onde surgiram esse grupo que viveu no período da Idade do Ferro. Eles foram responsáveis pela introdução de novas técnicas que contribuíram para a formação das primeiras comunidades agrícolas. O desenvolvimento da metalurgia e da cerâmica foram exemplos específicos das invenções dos bantu, que ajudaram na escalada da evolução humana.

Por Fabrício Santos
Graduado em História"



11/07 - Semana de prova e correção do RAA

04/07 e 06/07 - SOCIEDADE NO EGITO ANTIGO:
Módulo 11 - Pág. 179 a 188

Egito Antigo: sociedade


sociedade do Egito Antigo tinha um formato de organização eficiente, no entanto injusto, que garantia seu funcionamento e expansão. A sociedade era hierarquicamente organizada, cada seguimento tinha suas obrigações e poderes determinados, onde o grupo que detinha menos poderes obedecia quem estava acima.

Veja quais foram os principais grupos sociais e a função exercida perante a sociedade.



Faraó

O Faraó era quem governava o Egito. Ele tinha todos os poderes sobre a sociedade egípcia. Além disso, era reconhecido como um deus. Não existia nenhum tipo de eleição ou processo para a escolha de um faraó, pois o poder era passado de pai para filho. O faraó ficava com a maior parte dos impostos recolhidos e a sua família era muito rica. Os membros da família real moravam em palácios de alto luxo. Era comum o faraó ordenar a construção de pirâmides para que seu corpo e riquezas fossem colocados após a morte.


Após sua morte o faraó tinha o corpo colocado em pirâmides. (Foto: Pixabay)

Sacerdotes

Na categoria poder, os sacerdotes só estavam abaixo do faraó. Eles organizavam os rituais, festas e atividades religiosas no Egito Antigo. Os sacerdotes tinham muito conhecimento sobre as características e as funções de cada deus egípcio. Organizavam os templos e os rituais depois da morte do faraó. Alguns sacerdotes, após a morte, chegaram a ser mumificados e tiveram seus corpos depositados em pirâmides.

Chefes Militares

Os chefes militares faziam a guarda do território egípcio. Em tempos de guerra ganhavam evidência na sociedade. Eles tinham que organizar o exército para que vencesse a guerra, pois uma derrota podia custar a vida do chefe militar.

Escribas 

A função dos escribas era escrever hieroglífica e demótica, a escrita egípcia. Eles registravam os principais fatos da sociedade e principalmente da vida do faraó. Os escribas escreviam em um papel confeccionado de fibras da planta papiro, nas paredes das pirâmides e em placas de pedra. Além disso, eles controlavam as taxas cobradas pelo faraó.

Povo Egípcio


A maior parte da sociedade era constituída por artesãos, lavradores, pastores e comerciantes. Essa classe tinha que trabalhar muito para ganhar o suficiente para sobreviver. Às vezes era chamado pelo faraó para trabalhar em obras públicas, sem receber nenhuma recompensa.

Escravos

Os escravos eram povos capturados em guerra. Trabalhavam sem receber salários. Recebiam apenas roupas velhas e comida para sobrevivência. Muitas vezes recebiam castigos em forma de punição.

29/06 - GINCANA /FESTA JUNINA

22/06 - Viagem para OP (7º e 8º ANOS) 

20/06 - RELIGIÃO E MORTE NO EGITO
Módulo 11 - Pág. 179 a 188


A antiga religião egípcia foi a combinação de mitos, crenças e práticas religiosas no Egito Antigo. Essa combinação era extremamente importante na vida dos egípcios por influenciá-los em diversos aspectos. Religião politeísta, ou seja, esse conjunto de crenças era composto por vários deuses, entre os quais, destacavam-se Rá, Osíris, Ísis e Hórus.

Os egípcios acreditavam na continuidade da vida após a morte e que a vida na terra seria apenas uma das etapas da existência. A crença religiosa dos egípcios baseava-se em um princípio conhecido como “maat”, que representava uma ideia de harmonia. Nesse sentido, eles acreditavam que a ação de cada pessoa refletia não somente em si, mas em todos. Assim, para evitar que o caos fosse instalado no universo, cada pessoa deveria fazer sua parte para manter essa harmonia. Esse princípio era associado com a deusa de mesmo nome.

Outro importante conceito da religião egípcia era o que se chamava “heka”, que significa mágica. Esse conceito também representava um deus de mesmo nome (o deus da mágica) e era fundamental para a religião egípcia, pois somente a partir do heka que os deuses poderiam manifestar seu poder.

Os deuses egípcios estavam relacionados com situações cotidianas, assim, para esse povo antigo, os eventos da natureza aconteciam como uma manifestação divina. As cheias do Nilo, por exemplo, eram consideradas uma dádiva dos deuses. Além disso, os egípcios acreditavam que algumas práticas comuns haviam sido ensinadas pelos deuses, como crer que a agricultura foi ensinada aos humanos por Osíris e a mumificação por Anúbis.

Os deuses egípcios poderiam ser representados de diversas maneiras, assumindo as formas:

  • Antropomórfica: forma humana;

  • Zoomórfica: forma animal;

  • Antropozoomórfica: forma humana e animal.

Os egípcios ainda mandavam construir grandes templos dedicados à adoração de seus deuses, e esses locais eram de responsabilidade dos sacerdotes. Aos sacerdotes, atribuía-se também a obrigação de realizar os festivais religiosos. No Egito Antigo, existiam sacerdotes tanto homens quanto mulheres, e eles podiam casar, constituir família e possuir propriedades privadas.

Vida após a morte

Os egípcios, conforme o que foi dito anteriormente, acreditavam na continuidade da vida após a morte e, por isso, seu ritual funerário possuía grande importância. Para a continuidade da vida, acreditava-se que deveria haver um processo que garantiria a preservação do corpo humano. A crença na vida após a morte e nos ritos funerários eram tão fortes no Egito que, durante muito tempo, os egípcios evitaram campanhas militares muito longas no estrangeiro, pois temiam morrer fora de seus territórios e não receberem os ritos necessários para a continuidade da vida.

Baseado nessa crença, o processo de mumificação era fundamental, e os egípcios afirmavam que essa prática havi sido ensinada pelos deuses (existia um mito que contava a história da mumificação de Osíris por Anúbis). Esse processo de mumificação durava em torno de 70 dias e consistia em realizar a retirada dos órgãos, exceto o coração, banhar o corpo em óleos e resinas especiais e enfaixá-lo com linho. Por seu alto valor, somente a aristocracia egípcia podia utilizar dessa prática de conservação dos corpos. As classes mais baixas realizavam um processo funerário mais simples, enquanto os escravos não recebiam nenhum tipo de trato funerário.

A construção de grandes tumbas funerárias, como as mastabas e os hipogeus, também era baseada nessa preocupação com a continuidade da vida. As construções funerárias dos egípcios que ficaram mais conhecidas, contudo, foram as pirâmides, erguidas a mando dos faraós. Nesses locais, eram depositados todos os objetos que se acreditava serem úteis na vida após a morte.


15/06 - Os Egípcios (REPOSIÇÃO)
Módulo 11 - Pág. 179 a 188


Há mais de 4000 anos antes de Cristo, a dominação das técnicas agrícolas permitiu o surgimento de várias civilizações ao redor do mundo. No extremo nordeste da África, em uma região de características desérticas, a civilização egípcia floresceu graças aos abundantes recursos hídricos e terras férteis que se localizavam nas margens do rio Nilo.

O ciclo das águas nesta região promovia o regular transbordamento do rio que, durante a seca, deixava um rico material orgânico na superfície de suas terras. Percebendo tal alteração, os egípcios tiveram a capacidade de desenvolver uma civilização próspera que se ampliou graças às fartas colheitas realizadas. Dessa forma, temos definido o processo de desenvolvimento e expansão dos egípcios.

No campo político, os egípcios estiveram organizados através da formação dos nomos. Os nomos eram pequenas parcelas do território egípcio administradas por um nomarca. Tempos mais tarde, esses vários nomos estavam centralizados sob o poderio de um imperador. No ano de 3200 a.C., Menés, o governante do Alto Egito, promoveu a subordinação de 42 nomos, dando início ao Império Egípcio.

A sociedade egípcia era organizada por meio de critérios religiosos e econômicos. O faraó ocupava o topo desta hierarquia na condição de chefe de Estado e encarnação do deus Hórus. Logo abaixo, temos os sacerdotes como agentes organizadores dos cultos e festividades religiosas. Os nobres e escribas ocupavam uma posição intermediária realizando importantes tarefas que mantinham o funcionamento do Estado.

A base desta sociedade ainda contava com os soldados, que eram sustentados pelo governo e garantiam a hegemonia do poder faraônico através das armas. Logo abaixo, os camponeses e artesãos, que trabalhavam nas colheitas e na organização das obras públicas necessárias ao desenvolvimento agrícola e comercial. Por fim, havia uma pequena parcela de escravos que também estavam subordinados ao Faraó.

Além de conseguir prosperar economicamente pelo rígido controle da produção agrícola, podemos notar que os egípcios também produziram conhecimento e variados campos. A arquitetura, a medicina e a astronomia figuram como as mais interessantes facetas do legado científico egípcio. Vale à pena ressaltar também a escrita, que se organizava por complexos sistemas de símbolos e códigos.


13/06 - Maias, Astecas e Incas (REPOSIÇÃO)
Módulo 9 - Pág. 143 a 165

Os Incas

"Os incas foram uma importante civilização pré-colombiana que desenvolveu um vasto império na região andina. O Império Inca estendia-se por territórios que atualmente correspondem à parte da Colômbia até o norte do Chile e Argentina. Os incas, assim como os astecas, constituíram uma civilização complexa notabilizada pela construção de um enorme sistema de estradas. Essa civilização desapareceu a partir da conquista realizada pelos espanhóis no século XVI.

Origens

A região andina, local onde se desenvolveu a Civilização Inca, era habitada por grupos humanos desde aproximadamente 4.500 a.C. e, antes dos incas, havia abrigado uma outra grande civilização conhecida como chavín, em torno de 900 a.C. e 200 a.C. Os incas (chamados de quéchua) dominavam a região de Cuzco desde, pelo menos, o ano 1000, porém, a partir do século XV, iniciaram um processo de centralização e conquista territorial.

O surgimento oficial do Império Inca aconteceu, segundo os historiadores, com o reinado do Sapa Inca (termo em quéchua para imperador) Pachacuti. Durante seu reinado, os incas iniciaram a conquista territorial da região andina, processo que foi continuado por outros imperadores incas.

Os incas conseguiram construir um império territorialmente muito vasto, que se estendia por mais de 4 mil quilômetros, desde parte da Colômbia até o norte do Chile e da Argentina. Os povos conquistados por eles eram obrigados a pagar impostos, e as regiões dominadas eram integradas ao império por meio da construção de estradas (os incas possuíram mais de 40 mil quilômetros de estradas), por ordem do Sapa Inca, e culturalmente absorvidas com o deslocamento de população quéchua para essas regiões.

O grandioso império dos incas era denominado por eles próprios de Tawantisuyu (o Império das quatro direções, em quéchua) e era dividido em quatro grandes províncias chamadas de:
  • Chinchasuyu (norte);
  • Antisuyu (leste);
  • Contisuyu (oeste);
  • Collasuyu (sul).

Características dos incas

Os incas construíram um império que era baseado em um sistema de governo conhecido como teocracia. Nesse sistema político, o governo sofre forte influência das crenças religiosas. No caso dos incas, o Sapa Inca era visto como um descendente do sol e, por isso, possuía poderes irrestritos. Os poderes do Sapa Inca chegavam, inclusive, a interferir na vida das pessoas e a determinar quando poderiam casar, viajar e mudar para outras áreas do império etc.

Além da grandiosidade territorial, o Império Inca era caracterizado pela grande diversidade de povos e de culturas dominadas pelos incas/quéchuas. Estima-se que o Império Inca possuísse em torno de seis a dez milhões de habitantes. Nessa vasta população, existiam, pelo menos, 30 idiomas diferentes.

A base da economia era a agricultura que produzia tudo o que os incas possuíam. A alimentação baseava-se no milho e na batata, no entanto, os incas também produziam grandes quantidades de itens como algodão e pimenta. A fertilidade da agricultura dos incas era resultado do uso de uma técnica conhecida como curvas de nível.

A produção agrícola era realizada nos ayllus, que consistiam uma unidade social na qual um grupo de pessoas cultivava um determinado pedaço de terra. Era dever do ayllu produzir tudo o que fosse necessário para sua própria sobrevivência, além de pagar os impostos que eram devidos ao Sapa Inca. Cabia ao chefe do ayllu, conhecido como kuraka, fazer uma divisão igualitária dos alimentos produzidos e também auxiliar os membros de seu ayllu que enfrentassem dificuldades.

Além disso, os incas desenvolveram uma forma de trabalho compulsório que se chamava mita. A mita determinava que todo trabalhador inca deveria trabalhar para o estado por um determinado período no ano. Assim, quando o imperador convocasse, os trabalhadores eram levados para trabalhar nas obras públicas de construção de estradas, por exemplo.

Decadência dos incas

Os incas, assim como havia acontecido com os astecas, tiveram sua decadência precipitada com a chegada dos espanhóis. Quando os espanhóis chegaram às terras dos incas, encontraram o império dividido entre os dois filhos de Huayna Capac, o último Sapa Inca, que havia morrido por volta de 1525 ou 1527.

Seus filhos, Huáscar e Atahualpa, disputavam entre si a sucessão do poder e, por isso, travaram uma guerra que enfraqueceu o império. Os historiadores registraram, por exemplo, o acontecimento de uma grande batalha em Quito que levou ao aprisionamento de Huáscar. O conquistador espanhol Francisco Pizarro aproveitou-se dessa divisão dos incas e realizou a conquista do império.

O domínio dos espanhóis na região prosseguiu de maneira frágil por algumas décadas e enfrentou diversas rebeliões. A ocupação dos territórios incas pelos espanhóis levou à colonização daquela região correspondente ao atual Peru e ao surgimento do Vice-Reino do Peru.

Por Daniel Neves
Graduado em História"


08/06 - Maias, Astecas e Incas
Módulo 9 - Pág. 143 a 165

Introdução

Apesar de falarmos em Descobrimento da América, quando os europeus chegaram neste continente já existiam sociedades complexas que habitavam a região.

Essas sociedades eram diversas e existiam no território americano antes da chegada de Cristóvão Colombo no século XVI.

Quais são as civilizações pré-colombianas?

As mais conhecidas, dentre esses grupos, são as sociedades Inca, Maia e Asteca, civilizações importantes e desenvolvidas que chocaram os conquistadores espanhóis com sua cultura, arquitetura e estrutura política e social.

As pirâmides com escadarias construídas pelos maias, as estradas dos incas e as cidades astecas são, até hoje, motivo de admiração. São as características principais desses povos que veremos aqui.

Os incas

Estima-se que os povos incas surgiram no ano 3.000 a.C, existindo até o ano 1.500 d.C.

Onde o Império Inca estava localizados?

Império Inca estava localizado na Região dos Andes, que atualmente abriga o Equador, Peru, Chile, Bolívia e regiões próximas.

Organização política e social dos Incas

Os incas estavam organizados em quatro reinos que possuíam, cada um, seu próprio governante. Entretanto, o poder soberano era mesmo o do imperador, que comandava o Império a partir da cidade-capital Cuzco. Era em Cuzco que estava localizado o maior templo do Império, em homenagem ao deus Sol.

pirâmide social dos incas estava organizada em:

  • yanaconas, os escravos protetores, na base;
  • nobres no meio;
  • sacerdotes na ponta.

Eram uma sociedade estamental, marcada pela imobilidade entre os estratos sociais.

Os incas tinham como costume a utilização da chamada Mita, um imposto que o povo precisava pagar em forma de trabalho ao Estado. Quando os espanhóis chegaram na América, acabaram por incorporar a Mita no processo de colonização.

Existia escravidão entre o povo inca. Entretanto, era bem diferente daquela utilizada pelos colonizadores. Entre os incas, a escravidão acontecia como forma de punição para aqueles que não seguiam alguma regra imposta pelo Estado ou se rebelavam contra algo.

A Economia no Império Inca

A economia inca era baseada na agricultura. Além disso, ficaram conhecidos por terem o costume de criarem lhamas e porquinhos-da-índia.

Como eram a cultura, religião e conhecimentos dos Incas?

Assim como os maias e os astecas, os incas eram uma civilização complexa e repleta de conhecimentos importantes. Eles desenvolveram, por exemplo, um sistema de fertilização do solo a partir de excrementos que ajudou muito no desenvolvimento da agricultura.

Além disso, por conta de sua localização geográfica, cheia de relevos (como podemos ver em Machu Picchu), construíram incríveis adaptações, como diques e sistemas de canalização da água para irrigação e uso comum.

São conhecidos pela construção de estradas e fortalezas que causam maravilhamento até hoje. Também desenvolveram importantes teorias na área da matemática e da astronomia.

Os incas eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses - muitos deles relacionados a elementos da natureza, como o sol, a lua e o trovão. Era comum o sacrifício de humanos e animais em rituais religiosos.

Os maias

Acredita-se que os maias já existiam muitos séculos antes da colonização, desde o ano 1.800 a.C. Entretanto, foi a partir do século V que começaram a se desenvolver, chegando ao seu ápice durante o século IX.

Os espanhóis não chegaram a ter muito contato direto com esse povo, uma vez que seu Império já estava em declínio antes de sua chegada.

Os motivos para a derrocada dos maias ainda são obscuros. Os historiadores dizem que o clima, conflitos entre as cidades-estados ou até mesmo crises alimentares podem ter sido as razões.

Onde os Maias estavam localizados?

Os maias localizavam-se na Península de Yucatán (Mesoamérica), no sul do México. Eles chegaram a ocupar parte da atual América Central: Honduras, El Salvador, Guatemala e Belize.

Organização política e social dos maias

Os Maias estavam organizados nas chamadas cidades-estado, que possuíam muita autonomia e tinham, cada uma, seu próprio imperador. Duas das mais conhecidas cidades-estados são Tupan e Palenque.

Diferente dos Impérios Asteca e Inca, o regime político era teocrático. Ou seja, os líderes políticos eram considerados divindades e, por isso, o poder político e o poder religioso se confundiam e concentravam na figura do imperador.

A sociedade maia era estamental. Isso quer dizer que não havia mobilidade social entre as camadas da população. Organizavam-se em:

  • o imperador e a nobreza (sacerdotes e chefes militares) no topo da pirâmide social;
  • comerciantes e artesãos no meio da pirâmide;
  • camponeses e escravos, responsáveis pelo trabalho braçal, na base.

A maior parte da população maia vivia no meio rural, e as cidades funcionavam como centros urbanos importantes ligados à política e religião.

A Economia no Império Maia

A principal atividade econômica maia era a agricultura, principalmente o cultivo de milho. Até hoje, o milho é um importante alimento para a base da alimentação no México.

Plantavam também cacau, batata, algodão e tabaco. Os maias acreditavam que queimar o terreno antes de plantar garantia melhor eficácia. Por isso, desenvolveram o chamado sistema coivara.

Como eram a cultura, religião e conhecimentos dos Maias?

Os maias, assim como incas e astecas, eram politeístas e suas divindades eram associadas a forças da natureza.

O Império Maia construiu pirâmides com escadarias, prova de que possuíam grande conhecimento em engenharia e arquitetura. Além disso, produziram esculturas em terracota e costumavam manusear cerâmica e cobre.

Os maias tinham também conhecimento em astronomia, desenvolvendo um calendário solar preciso, com ciclos de 52 anos. Quem não lembra da suposta previsão do calendário maia sobre o fim do mundo no ano de 2012?

Os astecas

Os astecas são considerados o império mais poderoso e desenvolvido dentre os povos ameríndios. O poder centralizado no imperador, apesar da existência de cidades-estados com reis, é exemplo do alto nível de organização.

Onde os Astecas estavam localizados?

Os astecas viveram em uma região próxima do que hoje é a Cidade do México. O Império tinha Tenochtitlán como capital.

Ruínas de TenochtitlánRuínas de Tenochtitlán

Organização política e social dos astecas

O poder no Império Asteca estava concentrado nas mãos do imperador, que governava a partir da capital. Na chegada dos espanhóis ao continente americano, o imperador era Montezuma, que acreditou que os europeus eram, na verdade, divindades.

Mesmo organizados em uma estrutura hierárquica clara, com escravos e servos na base, famílias da casa grande no meio e sacerdotes no topo, a sociedade Asteca permitia a mobilidade social. Ou seja, um indivíduo de uma classe baixa poderia trabalhar até alcançar estratos mais elevados na pirâmide social.

A Economia no Império Asteca

Assim como maias e incas, os astecas tinham sua economia baseada na agricultura, com forte investimento na plantação de milho, algodão, feijão e pimenta.

Foram os astecas que inventaram o chocolate, que ao invés de um alimento doce, era uma bebida amarga oferecida aos deuses.

Como eram a cultura, religião e conhecimentos dos astecas

Os astecas tinham profundo conhecimento em metalurgia, produzindo ornamentos de ouro e prata com facilidade. Para eles, esses metais não tinham o mesmo valor que para os povos europeus. Além disso, desenvolveram-se na arquitetura, astronomia e matemática.

FONTES: https://querobolsa.com.br/enem/historia-geral/maias-incas-e-astecas



02/06 - O Brasil antes dos portugueses
Módulo 8 - Pág. 131 à 141

Indígenas do Brasil

Os Indígenas do Brasil sempre sofreram com o contato estabelecido com europeus e brasileiros, tanto pela dizimação física (genocídio) quanto pela violência cultural (etnocídio).

Ao contrário do que sempre pensamos e do que os livros didáticos contavam, os portugueses não foram os primeiros povoadores do Brasil, pois havia habitantes nativos aqui antes da chegada dos europeus. Esses habitantes nativos e suas comunidades foram chamados pelos europeus de indígenas, fazendo referência às Índias, local ao qual os portugueses acreditavam ter chegado.

Os índios, habitantes das comunidades indígenas, até o ano de 1500, momento dos primeiros contatos com os europeus, possuíam mil e quatrocentos povos, aproximando-se de um quantitativo de 3 a 5 milhões de indígenas.

As comunidades indígenas possuíam e ainda possuem características diferentes, começando pela língua: existiam e ainda existem vários troncos linguísticos, como o Tupi ou Macro-Tupi, Macro-Jê e Aruak.

Essas comunidades também apresentavam e ainda apresentam diferentes práticas culturais, diferentes crenças e diversos ritos religiosos. Segue um breve levantamento de alguns povos indígenas que habitam ou já habitaram o território brasileiro: Araweté, Avá-Canoeiro, Bororo, Cinta larga, Guarani, Javaé, Kaingang, Karajá, Kayapó, Krahó, Munduruku, Pataxó, Tapirapé, Terena, Ticuna, Tupinambá, Xakriabá, Xavante, Xerente, Xingu, Yanomami, entre outros.

Os povos indígenas eram divididos em nômades e seminômades: eles se deslocavam constantemente de uma região para outra até o esgotamento dos recursos vegetais e animais disponíveis, ou seja, deslocavam-se à procura da pesca, da caça e do pequeno plantio para a sobrevivência.

Grande parte dos povos indígenas morava em aldeias, pequenas comunidades. Muitos pesquisadores das culturas indígenas defendiam a ideia de que esses povos possuíam uma organização política, mas não tão complexa como a dos não índios. Geralmente as lideranças de uma aldeia derivariam dos valores culturais e sociais que os guerreiros e chefes espirituais ostentariam dentro de suas comunidades.

Durante o contexto histórico brasileiro (desde 1500 até a atualidade), os povos indígenas sofreram um processo de conquista, dizimação física (genocídio) e violência cultural (etnocídio) iniciado pelos portugueses e perpetuado, posteriormente, pela população brasileira.

Atualmente, segundo pesquisas do órgão do governo, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 734.131 pessoas se declaram como indígenas, mas, segundo a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), se considerarmos como índios somente as pessoas que habitam as reservas indígenas, o número do IBGE reduziria para 358 mil indígenas, com a sua grande maioria concentrada nas regiões do Nordeste, Amazonas e Centro-Oeste.

Muitos dos hábitos, costumes, alimentação e crenças da sociedade brasileira são herança direta dos povos indígenas, como, por exemplo: o hábito de andar descalço, o costume de dormir em rede, o hábito da pesca e caça, alimentação à base de mandioca, farinha, polvilho, beiju, além das crenças na eficácia das plantas como alternativa para cura de doenças.


25/05 - Primeiros povos da América
Módulo 7 - Pág. 124 à 130

Stefan Rinke destaca que os achados arqueológicos, como pontas de lanças, flechas e facas, feitas de pedra ou ossos, da cultura de Clovis, no atual Novo México (EUA), foram por muito tempo considerados a mais velha prova de existência humana e datavam de 11.500 a.C. Nesta tese acreditava-se que parte dos imigrantes deslocaram-se rapidamente ao sul da América. Os achados arqueológicos em Monte Verde, no Chile, que são do ano de 12500 a.C., promoveram o questionamento das imigrações que aconteceram milhares de anos antes da cultura de Clovis. Assim, pesquisadores elencaram uma nova possibilidade de povoamento da América com a tese de haver migração via marítima do Sudeste Asiático e da Oceania para a América. Conforme Rinke, outra questão foi levantada com a possibilidade de haver mais de um tipo de ocupação humana no território, o que pode ter se dado devido ao fato de que ou os primeiros americanos tinham origens diversas, ou eram pertencentes a um mesmo grupo de imigrantes. Esta pergunta ainda não foi respondida definitivamente.

Segundo Prous, os arqueólogos acreditavam, até década de 1990, que os chamados paleoíndios haviam sido os primeiros habitantes do continente, e que teriam penetrado na América pela Beríngia (Estreito de Bering). Desta forma, Prous aponta que algumas pesquisas mostram que já havia presença humana entre 11.500 e 13.000 anos atrás na América do Sul, principalmente no Monte Verde (Chile), Lapa do Boquête (Minas Gerais), Santa Elina (Mato Grosso), no Nordeste e no Monte Alegre (Amazônia). Entretanto, pesquisadores tomaram como consenso que os primeiros povoadores da América chegaram pela Beríngia, o que foi reforçado com descoberta de sítios arqueológicos, como Cactus Hill (Estados Unidos), que datam entre 12.000 e 25.000 anos, com vestígios que comprovam a existência de ocupações neste período.


Mapa ilustra o caminho percorrido pelos primeiros humanos na América.

Rinke indica que os primeiros habitantes da América eram caçadores e coletores que vivam da caça de animais selvagens e, com extinção e diminuição dos animais ao fim da Idade do Gelo (a partir de aproximadamente 10.000 a.C), os grupos passaram a se deslocarem em busca de alimentos. De acordo com Rinke, as pesquisas atuais apontam que as causas das extinções dos animais foram, principalmente, as mudanças climáticas e alterações da vegetação. Entretanto, algumas regiões apresentavam resquícios de povoamentos sedentarizados antes mesmo da Idade do Gelo, como é o caso de Monte Verde (Chile). O que permite entender que existiam povos que já estavam em andamento de forma pontual anteriormente. Estes povos possuíam a tecnologia para fabricarem machados e objetos de moer. Rinke cita que há indícios de que alguns povos desenvolviam meios de transporte por água para a caça de mamíferos aquáticos, o que contribuiu para o povoamento das ilhas do Caribe, como aconteceu em Trinidad (aproximadamente 5000 a.C.), Cuba e ilhas dos atuais Estados do Haiti e da República Dominicana (aproximadamente 3000 a.C.). A importância do cultivo de plantas para reserva e abastecimento permitiu que não se necessitasse do deslocamento para se alimentarem. Assim, torna-se importante a construção de alojamentos fixos, e um exemplo disto foi achado na costa peruana e no Equador, que data cerca de 3500 a.C. Além deste caso, Rinke cita a presença de cemitérios que indicariam povos fixos, como foi encontrado em mumificações da cultura dos Chinchorros (Chile), de aproximadamente 5000 a.C.

Conforme Rinke, recentemente arqueólogos descobriram na região costeira do Maranhão fragmentos de cerâmica que datam de 5.500 a 7.000 anos. Estes exemplares de cerâmica são os mais antigos do continente americano. Outra coisa verificada pelos pesquisadores é que a mandioca seja, na verdade, originária da região amazônica e que passou a ser cultivada no Peru há cerca de 4 mil anos. A propagação de processos tecnológicos e agrícolas, segundo Rinke, implicou no aumento das relações de troca.

Bibliografia:

RINKE, Stefan. História da América Latina: das culturas pré-colombianas até o presente. EDIPUCRS, 2012.

PROUS, André. O Brasil Antes dos Brasileiros: A Pré-história do Nosso País. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.





19/05 - O TEMPO E A HISTÓRIA:
Caderno 2: Módulo 06 - Pág. 117 a 123.

Períodos da História

Entre os povos cristãos ocidentais, há uma periodização histórica bastante utilizada. Conforme essa periodização, chamamos de Pré-História o período que vai desde o aparecimento do homem primitivo (hominídeos) até o surgimento da escrita.

A partir daí, inicia-se a História propriamente dita, que, no caso ocidental, divide-se em quatro partes. Confira:

  • Idade Antiga: vai do fim da Pré-história (aparecimento da escrita) até o século V d.C. (queda do Império Romano do Ocidente, em 476).
  • Idade Média: vai do fim da Antiguidade até o século XV (queda de Constantinopla, em 1453).
  • Idade Moderna: vai do fim da Idade Média até o fim do século XVIII (Revolução Francesa, em 1789).
  • Idade Contemporânea: vai do fim da Idade Moderna até os dias atuais.



Um exemplo de Tempo Histórico está na imagem a seguir, onde são exemplificados em uma linha de tempo os “Períodos da História do Brasil” que são períodos de longa ou pequena duração. É o tempo que exemplifica a ação humana, as transformações produzidas por esta ação, bem como o impacto nas sociedades.

11/05 - O TEMPO E A HISTÓRIA:
Caderno 2: Módulo 06 - Pág. 117 a 123.

O tempo

A Contagem do Tempo na História varia de acordo com cada povo e época. Os primeiros povos fizeram seus calendários tendo como referência os ciclos da natureza, suas crenças e seus costumes.

Por isso, nem todos os países seguem o mesmo calendário



Tempo Cronológico e Tempo Histórico

O tempo cronológico é definido como o tempo onde se desenrolam as atividades humanas: nascimento, crescimento, ir para a escola, as festas, etc. O tempo histórico são os acontecimentos que marcam um povo, uma nação, ou as vezes a humanidade. Como exemplo poderíamos citar uma guerra, a construção de uma grande obra, a descoberta da cura de uma doença, etc. Como nem sempre o tempo cronológico e o histórico coincidem, existem povos que vivem diferentes momentos históricos no mesmo tempo cronológico. Exemplo: apesar de vivermos numa sociedade informatizada, várias pessoas ainda não têm acesso a essa tecnologia. Mesmo dentro da sociedade informatizada existem vários níveis de conexão também.


Religião

A religião de um indivíduo e de um povo talvez seja o elemento que mais influencie na criação de um calendário.

Judaísmo

Calendário judaico com os nomes dos meses em hebraico e seus correspondentes no calendário cristão


Os judeus contam o tempo a partir da criação do universo, que para eles teria ocorrido há cerca de seis mil anos.

Islamismo

Calendário islâmico com os nomes dos meses em árabe e seus correspondentes ao calendário cristão


Os muçulmanos têm como referência o ano em que Maomé fugiu de Meca para Medina, isso ocorreu 622 anos depois do nascimento de Cristo. Em países como a Arábia Saudita este é o calendário observado.

Cristianismo


Calendário cristão e o tempo litúrgico observado pela Igreja Católica Romana

Para os cristãos os acontecimentos são registrados entre o que aconteceu antes de Cristo (a.C.) e depois do nascimento de Cristo (d.C.).

Para a história ocidental, as datas referenciadas antes de Cristo devem ser seguidas de a.C., já os fatos ocorridos depois não necessitam da sigla d.C.

É importante ressaltar que nem todas as igrejas cristãs seguem este calendário. A Igreja Católica Ortodoxa não aderiu à reforma gregoriana e manteve o calendário juliano.


04/05 - Múltiplas Experiências: As Primeiras Cidades
Módulo 05 - Pág. 190 a 208

As primeiras cidades:

É muito difícil precisar a origem das cidades na história da humanidade, mas é fato que existiram desde a Antiguidade. Filósofos gregos, como Platão e Aristóteles, já apresentavam em suas reflexões algumas preocupações com as cidades e o modo de vida de seus habitantes.

Para a geografia, o surgimento das cidades está vinculado às possibilidades de sobrevivência do homem fora do meio rural por meio da produção de excedentes alimentares (revolução neolítica).

Enquanto as sociedades humanas não aumentaram sua capacidade produtiva a ponto de conseguir produzir alimentos em quantidade suficiente para abastecer a população que vivia no campo e sustentar outra parcela fora dele, as cidades também pouco se desenvolveram.

Assim, surgiram, nas primeiras cidades, novas formas de organização social, visto que as atividades desenvolvidas eram completamente diferentes daquelas que predominavam no campo. Os excedentes eram transportados para as cidades e lá eram comercializados ou transformados em novos produtos, fazendo surgir novos grupos e relações sociais entre os seus habitantes e o meio rural.

As cidades mais antigas, segundo os arqueólogos, surgiram na Mesopotâmia, região do Crescente Fértil, na planície dos rios Tigre e Eufrates, atual Oriente Médio, por volta de 3500 a.C. e, pouco mais tarde, no vale do Nilo (Egito), vale do Indo (atual Paquistão), vale do Hoang Ho (China), na Grécia e, em Roma, entre 3000 e 1500 a.C.

Pesquisas arqueológicas feitas em Ur, na Mesopotâmia, confirmaram que, por volta de 2000 a.C, havia na cidade uma população de aproximadamente 34 mil habitantes.

Região da Mesopotâmia e vale do Nilo – as primeiras cidades da história

Estas primeiras cidades, tinham uma organização bastante peculiar, pois estavam montadas em torno de grandes lideres político-espirituais (teocracias), apresentavam um espaço bastante dividido entre as elites e o restante da população como artesãos e pequenos comerciantes e se sustentavam com a riqueza proveniente do campo.



Fonte: https://www.coladaweb.com/geografia/surgimento-primeiras-cidades

25/04 - Correção do RAA

20/04 - Múltiplas Experiências
Módulo 05 - Pág. 190 a 208

O que é religião?

A palavra “religião” tem origem da expressão latina “religio”. Existem debates a respeito do real significado desse termo. A interpretação mais aceita afirma que a palavra significa “religar”. Essa ideia faz menção ao fato de que, por meio da religião, o homem religa-se aos deuses e ao sagrado. Existem estudiosos, porém, que sugerem que o termo significa “reeleger”.

Trazendo o conceito de religião para uma visão mais moderna, a palavra faz referência ao conjunto de crenças e visões do mundo que forma as noções de espiritualidade e de sagrado do ser humano. Sendo assim, corresponde ao conjunto de crenças que faz o ser humano acreditar na existência de uma entidade ou ser superior.

A religião é praticada pelo ser humano desde tempos antigos e era utilizada, muitas vezes, para explicar os fenômenos da natureza. Cada religião possui suas particularidades: suas histórias sagradas, seus símbolos, contos e seu próprio código de conduta. Apesar disso, os estudiosos da área conseguem identificar aproximações em diferentes religiões, como acontece no caso das maiores religiões monoteístas do mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo.

Tipos de religião

Atualmente, existem diversas religiões no mundo, as quais podem ser classificadas em três diferentes grupos:
Politeístas: sistema religioso que possibilita a crença em mais de um deus.
Monoteístas: sistema religioso que possibilita a crença em apenas um deus
Panteístas: sistema religioso que afirma que a força da natureza é a manifestação de uma divindade em si. Baseia-se, portanto, na crença em espíritos da natureza.

Além desses três tipos citados, é importante mencionar os ateístas, ou seja, pessoas que não acreditam em nenhum tipo de religião e não acreditam na existência de uma entidade ou ser superior aos humanos. O princípio básico do ateísmo é o ceticismo, isto é, o questionamento do princípio básico de toda religião: a crença no divino.

FONTE: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/religiao


13/04 - ERAS DA PRÉ-HISTÓRIA
Módulo 04 - PÁG. 178 a 189


As Eras da Pré-história.

Paleolítico é um dos períodos em que está dividida a Pré-história. Ele é o primeiro dos períodos, sendo comumente compreendido entre 2,7 milhões de anos até 10.000 anos atrás.

O Paleolítico é também conhecido como Idade da Pedra Lascada. Esse nome é decorrente de uma habilidade desenvolvida pelos primeiros seres humanos na produção de ferramentas e instrumentos de trabalho.

Para usar as pedras como objetos cortantes, utilizados para diversas atividades cotidianas, as pessoas desse período batiam uma pedra na outra (geralmente sílex, quartzo e quartzito) com o objetivo de lascar uma delas e assim conseguir criar uma lâmina rudimentar, utilizada para cortar ou raspar. Com essas pedras, podiam construir machados e outros instrumentos. Eram utilizados ainda ossos e dentes de animais como ferramentas.

Neolítico é uma divisão cronológica da chamada Pré-História da Humanidade, compreendida entre 10.000 a.C. e 4.000 a.C. Neolítico significa “pedra nova” ou ainda Idade da Pedra Polida.

Tais denominações indicam que as divisões nesse período da existência humana foram feitas a partir do desenvolvimento de artefatos produzidos pelos homens, bem como pelo desenvolvimento de algumas práticas referentes à sua ação sobre a natureza.

O fato de utilizarem artefatos construídos a partir de pedras polidas dava maior precisão ao corte dos instrumentos de caça, pesca e também de utilização cotidiana. A maior parte dos artefatos era feita de sílex ou quartzo, mas também de ossos de animais e marfim, chegando ao final do período ao desenvolvimento de artefatos de metal.


06/04 - As Descobertas da Pré-História
Módulo 04 - PÁG. 178 a 189

SER NÔMADE É:

O nomadismo é uma forma de vida que esteve presente nos grupos humanos, especialmente antes da Revolução Agrícola. É uma prática humana de grupos que, ao invés de viverem fixos em um só local, espalham-se pelo território à procura de alimento. Sua caminhada gira em torno dos recursos naturais disponíveis: quando estes se esgotavam, movia-se para outros locais. Entre 1 milhão de anos e 10 mil anos a humanidade viveu de forma nômade.

Os nômades viviam da caça de animais e da coleta de frutos da natureza. Porém, ao longo do tempo, homens e mulheres foram desenvolvendo diferentes técnicas para suas atividades. Desta forma, se inicialmente caçavam pequenos animais, com o desenvolvimento de novas técnicas e utensílios passaram a caçar animais maiores, que auxiliavam na manutenção e sobrevivência do grupo.

Ao passo que os grupos foram tornando-se sedentários foram também se tornando dependentes do trabalho coletivo. Seriam, portanto, os nômades mais livres que os sedentários? Embora os grupos nômades não tenham criado um sistema complexo de relações de trabalho, suas vidas eram pautadas pelas condições climáticas, pelo ritmo e necessidades do grupo, pela incidência de animais, dentre tantas outras questões. A liberdade, portanto, era também bastante limitada. Há 10 mil anos iniciou-se a atividade agrícola, que se espalhou pelo mundo. A agricultura possibilitou a vida sedentária, o aumento populacional e o cultivo de alimentos que sustentavam um grupo durante todo o ano. A necessidade de cultivo fez com que se tornasse necessário o domínio dos rios e a construção de obras públicas, o que ocasionou em uma Revolução Urbana.


INVEÇÃO DA AGRICULTURA

Agricultura, experiências com novas sementes, medidas de alcance social, revolução verde, campo da química e da genética, as inúmeras inovações introduzidas no campo.

A posição de domínio da espécie humana na Terra seria inconcebível se não lhe tivesse ocorrido, desde seus primeiros ensaios de vida em grupo, metodizar e incrementar a extração de alimentos que a natureza espontaneamente lhe dava. O surgimento de técnicas de plantio e, a seguir, de criação de animais foi o pilar central da formação de sociedades estáveis em que o homem passou de coletor, ou predador, a construtor engenhoso da sobrevivência grupal.

O conjunto dessas técnicas deu forma à mais antiga das artes, que iria transformar-se, ao passar dos séculos, numa ciência de leis codificáveis e em renovação permanente: a agricultura, palavra que deriva do latim ager, agri (campo, do campo) e cultura (cultura, cultivo) -- o modo de cultivar o campo com finalidades práticas ou econômicas.


30/03 - O Processo de Hominização
Módulo 04 - PÁG. 178 a 189

Hominização - Conceito, e o que é

Aproximadamente há 10 milhões de anos alguns primatas começaram a andar. Este avanço da anatomia foi um primeiro passo para o surgimento do homo sapiens como espécie.

O processo de hominização é o relato através da qual podemos compreender como o ser humano se tornou um primata mais avançado.
O homem que existe atualmente, independentemente de sua aparência, é resultado de um longo processo de evolução. Este processo é conhecido como hominização.

Quando começou a caminhar com as duas pernas e desistiu de usar os braços como apoio, passou a deixar as mãos livres.

Graças a isso, os seres humanos começaram a utilizar as mãos para todo tipo de atividade: para pegar os alimentos, manipular pedras ou transportar objetos. Isto fez com que a mandíbula ficasse enfraquecida, pois já não precisava mais dos dentes afiados para quebrar os alimentos e mastigá-los. A mudança na mandíbula fez com que o crânio se desenvolvesse mais.

Com um crânio maior, nosso cérebro aumentou de tamanho e devido a isso somos mais inteligentes que o resto dos primatas.

Enfim, com a mudança do bipedismo, as mãos ficaram mais livres e pôde desencadear um aumento da massa cerebral e da inteligência.

O conceito hominização também deve ser entendido em relação a todas as características fisiológicas do homo sapiens. Assim, o homem tem uma coluna vertebral forte e uma linha reta das pernas, sendo estas mais compridas que os braços e com pés que suportam o peso de todo o corpo. Todas estas características morfológicas não se encontram como o resto dos antropoides e por este motivo o homo sapiens é uma espécie única.

O processo de hominização se refere às transformações fisiológicas do homo sapiens, mas a transformação absoluta aconteceu com o surgimento da linguagem

Com um cérebro mais potente já tínhamos as condições necessárias para criar algo totalmente novo em relação aos nossos parentes primatas. E este algo foi a linguagem humana. A invenção da linguagem humanizou definitivamente o homem. É por este motivo que os antropólogos falam do processo de humanização, a fase evolutiva que complementa o processo de hominização.

A partir da invenção da linguagem o homem foi articulando uma nova dimensão da existência. Já podia dizer o que estava pensando sem a necessidade de usar as mãos ou os gestos faciais. Com a comunicação humana teve início a civilização.


Do nomadismo ao sedentarismo

Nomadismo - É a forma de vida dos povos nômades, isto é, povos que não têm habitação fixa. Eles não permanecem em um único local. Os nômades são do tipo caçador-coletores, ou seja, vivem da caça, pesca e da coleta de alimentos. Quando há necessidade, deslocam-se para procurar melhores condições de vida. Os homens desse período ainda não eram capazes de transformar a natureza em que viviam, eram apenas parte integrante dessa natureza. O nomadismo foi abandonado por volta de 10 mil anos atrás (Era Neolítica) quando o ser humano aprendeu a plantar. Com a agricultura, os povos não precisavam mais de ir à busca de outros lugares quando os recursos de uma área acabavam, o que levou os homens a estocarem alimentos. Consequentemente, a população começou a aumentar, pois agora havia alimentos para todos. Começaram a surgir as primeiras vilas e, depois, as cidades. A vida do homem começava a deixar de ser simples para tornar-se complexa. Sendo necessária a organização da sociedade que surgia.

Para contabilizar a produção de alimentos, o homem habilmente desenvolveu a escrita. No início a escrita tinha função contábil, ou seja, servia para contar e controlar a produção dos alimentos. Além disso, no Neolítico houve um amplo desenvolvimento cultural aumento da riqueza e finalmente da qualidade de vida.

O Início da Organização Social (grupos sedentários)

O ser humano não se sedentarizou imediatamente. Antes disso um fator de suma importância foi a divisão de trabalho entre os membros do grupo. Na maioria desses grupos a divisão foi feita de acordo com o sexo: os homens caçavam e as mulheres faziam a coleta de alimentos e cuidavam das crianças. Posteriormente, o produto do trabalho era dividido entre os membros do grupo.

23/03 - Etnocentrismo e a Relativismo Cultural
Módulo 03 - Pág. 163 a 177

O que é etnocentrismo?

A palavra etnocentrismo contém os radicais “etno” (derivado de etnia, que significa, por sua vez, semelhança de hábitos, costumes e cultura) e “centrismo” (posição que coloca algo no centro, como referência central a tudo que está a sua volta). A visão etnocêntrica é aquela que vê o mundo com base em sua própria cultura, desconsiderando as outras culturas ou considerando a sua como superior às demais.


Relativismo Cultural

O Relativismo Cultural busca entender os valores culturais de uma sociedade a partir dos padrões vigentes neste grupo social.

Desde a Antiguidade, com o filósofo Protágoras de Abdera, havia uma escola filosófica que defendia essa visão.

No final do século XIX, a fim de rechaçar o etnocentrismo e o positivismo, a ideia de relativismo cultural ganhou força, através das obras de Franz Boas (1858-1942).
Definição de Relativismo Cultural

Para certos povos, a pele branca e o cabelo loiro causam estranheza


Antes de compreender o que é relativismo cultural é preciso definir relativismo e cultura.

Relativismo

O relativismo entende que não há nenhuma verdade absoluta, nem no âmbito moral e no campo cultural. Por isso, propõe uma abordagem cultural e moral sem julgamentos pré-concebidos.

Cultura

Por sua parte, a cultura pode ser entendida como o conjunto de elementos materiais ou imateriais que pertencem a uma mesma comunidade.

É importante lembrar que não estamos falando somente das artes e sim dos costumes e tradições de um povo.

Relativismo Cultural: o que é?

Assim sendo, o relativismo cultural propõe o entendimento de povos e culturas diferentes através de suas próprias crenças.


16/03 - OS REINOS AFRICANOS
Módulo 03 - Pág. 163 a 177

IMPÉRIOS AFRICANOS:

Império Gana (Séc. X)

Império Gana foi o mais antigo Estado negro que se conhece, fundado no século IV, e conquistou uma grande área onde exerceu dominação política e econômica, ao sul do que hoje conhecemos por Mauritânia, Senegal e Mali. Foi um núcleo formado pelos povos conhecidos como soninkê

Império Mali (Séc. XIV)

Com o declínio de Gana diversas disputas por influência ocorreram entre estados menores, paralelos e independentes, no século XII. Um desses estados era formado pelo povo conhecido por sosso, de etnia Soninke. Foi por meio das armas que estes se impuseram e alcançaram hegemonia no século XIII.




O Império Mali era formado por povos presentes na região situada entre o Rio Senegal e o Rio Níger. Dentre esses povos o mais importante eram os mandingas, conhecedores do Islã desde o século XI. Mas, além deles, outros povos formavam este império, como os soninkês, os fulas, os sossos e os bozos.

Império Songai (Séc. XVI)

O Império Songai está relacionado com a cidade de Gao, localizada na curva do Níger. Esta cidade foi um importante centro comercial, político e econômico, com poder militar de arqueiros que se lançavam ao Rio Niger.

Até o século XIV Gao estava sob o poder do Império Mali, mas no século XV conquistaram Tombuctu, um importante centro do Islã e ponto fundamental do comércio pelo Saara. É neste momento que ocorreu a formação do Império, num processo de expansão militar, liderados por Sonni Ali, que além de tomarem Tombuctu, conquistam também Djenné. Tinham práticas religiosas politeístas e aprimoraram as experiências do império que os sucedeu – o Mali, incorporando elementos dos impérios anteriores.

09/03 - AS PRIMEIRAS SOCIEDADES:

Crescente Fértil:


Além da agricultura, atividade que fixou a raça humana em detrimento do nomadismo, o Crescente Fértil destacou-se pelo desenvolvimento social, político, econômico e cultural das civilizações.
Isso desde o surgimento de cidades, do comércio, do alfabeto (escrita) e de diversas ferramentas criadas pelo homem.

Foi nesse contexto que as civilizações antigas se “sedentarizaram”, ou seja, passaram a fixar-se nos locais e a produzir seus próprios alimentos.

Essa “sedentarização” foi o fulcro necessário para o crescimento das cidades e, sobretudo, para o desenvolvimento das antigas civilizações. Destacam-se o desenvolvimento científico, o progresso tecnológico e outros modos de subsistência.

Muitos métodos de agricultura foram utilizados, como os sistemas de irrigação e drenagem de pântanos, que foram se ampliando e propiciando o maior desenvolvimento das civilizações.

Muitos historiadores indicam a região do Crescente Fértil como a precursora da formação das grandes civilizações, denominadas Impérios.


03/03 - CULTURA IMATERIAL
Módulo 2 - Páginas: 151 a 162

Associada aos hábitos, comportamentos e costumes de determinado grupo social está a cultura imaterial ou patrimônio cultural imaterial.

Este representa os elementos intangíveis de uma cultura. Sendo assim, ele é formado por elementos abstratos que estão intimamente relacionados com as tradições, práticas, comportamentos, técnicas e crenças de determinado grupo social. Diferente do patrimônio material, este tipo de cultura é transmitida de geração em geração.

Vale notar que a cultura imaterial está em constante transformação, uma vez que seus elementos são recriados coletivamente. Isso faz com que o patrimônio intangível seja muito vulnerável.

Por esse motivo, muitos programas e projetos vêm sendo desenvolvidos no Brasil e no mundo com o intuito de levantar e registrar essas práticas.

Em outubro de 2003, na cidade de Paris, França, ocorreu a “Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial”. Esse evento representou um grande avanço para o entendimento e importância desse conceito:

Entende-se por “património cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e competências – bem como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, grupos e, eventualmente, indivíduos reconhecem como fazendo parte do seu património cultural. Este património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio envolvente, da sua interacção com a natureza e da sua história, e confere-lhes um sentido de identidade e de continuidade, contribuindo assim para promover o respeito da diversidade cultural e a criatividade humana.” (Artigo 2.º: Definições)

Exemplos de Bens Imateriais

  • Danças
  • Músicas
  • Literatura
  • Linguagem
  • Culinária
  • Rituais
  • Festas
  • Feiras
  • Lendas
16/02 - FONTES HISTÓRICAS
Módulo 2 - Páginas: 151 a 162

Os tipos de Fontes Históricas:

Fontes Escritas: Classificamos como fonte escrita tudo que é escrito, independente da linguagem que foi utilizada. Essas fontes surgiram com a escrita, à cerca de 5000 a.C.. Elas podem ser documentos antigos ou novos, diários, jornais, processos criminais, etc.







Documentos antigos /Jornais / Cartas

Fontes Visuais: Podemos classificar como fontes visuais pinturas, fotografias, grafites, histórias em quadrinhos, anúncios publicitários, filmes e tudo que há vínculo com imagens.








Pinturas / Pinturas rupestres / Fotografias

Fontes Materiais: Os historiadores classificam fontes materiais como fontes que podem ser tocadas. Por exemplo, podemos chamar um manuscrito antigo (uma fonte escrita) de Fonte Material. Exemplos desse tipo de fonte: Podemos citar: Vasos antigos, documentos antigos, templos, vestimentas, ferramentas, móveis, entre outros exemplos.







Móveis / Objetos / Vasos

Fontes Sonoras: Classificamos como fontes tudo que foi gravado por um gravador. Podemos citar como exemplos entrevistas, programas de rádio e tv, músicas, entre outros exemplos.










Fontes sonoras: Toca disco, toca fita, gravador e CD / Música.

Fontes Orais: As fontes orais se diferenciam das fontes sonoras por estarem no presente. Por exemplo: O historiador faz uma entrevista com uma pessoa idosa. Os acontecimentos que historiador busca são contemporâneos ao momento ou possuem pouco distanciamento histórico. Uma conversa, uma entrevista são exemplos de Fontes Orais.








Fontes Orais: Conversa / Entrevistas

Fontes Imateriais: São fontes históricas que o historiador não pode tocar, como mitos, costumes, festas, crenças, tradições, entre outras.










Danças típicas / Costumes (Reinado)

💥💣ATENÇÃO💣💥

Uma fonte histórica pode receber mais de uma classificação, como vimos em sala de aula. Exemplo: Um mapa antigo é uma fonte material e iconográfica (ou imagética).


09/02 - HISTORIADOR OU DETETIVE?
Módulo 1 - Pág. 139 a 150

Detetive - é uma palavra de origem inglesa, que significa detectar um fato, pilhar, investigar, desmascarar suas circunstancias e pessoas neles envolvidas.
Como termo policial, detetive é aquele que investiga fatos, suas circunstâncias e as pessoas neles envolvidas. Um detetive é um investigador, e pode ser membro da polícia ou autônomo (particular). Detetives autônomos operam comercialmente e são licenciados. Na ficção, detetive é qualquer pessoa que resolve crimes.
Podemos citar alguns detetives da ficção como exemplo: Sherlock Holmes, Batman, Scooby Doo, entre outros.
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Historiador - é um indivíduo que estuda e escreve sobre a história e é considerado uma autoridade neste campo. Historiadores se preocupam com a narrativa contínua e ordenada, bem como a pesquisa dos eventos passados relacionados ao ser humano, e o estudo dos eventos ocorridos ao longo do tempo. Embora o termo historiador possa ser usado para descrever tanto os profissionais quanto os amadores da área, costuma ser reservado para aqueles que obtiveram uma graduação acadêmica na disciplina. Alguns historiadores, no entanto, são reconhecidos unicamente com mérito em seu treinamento e experiência no campo. Tornou-se uma ocupação profissional no fim do século XIX.








Além da construção dos fatos que aconteceram no passado, o historiador ainda pode desempenhar outras funções:


02/02/2022 - Apresentação