HISTÓRIA - 6º ANO AZUL
Sejam bem-vindos, queridos alunos! Mais um ano letivo ira começar e temos muito para aprender. Mas também muitas aventuras para viver e sorrisos para compartilhar.
Que cada dia seja uma nova descoberta e aproxime a todos de um futuro de sucesso. E que o respeito, a amizade e a alegria estejam presentes em cada novo dia. Bom ano letivo para todos!
- Módulo 19 - Pág. 148 a 164
- Módulo 20 - Pág. 165 a 183
- 1º TESTINHO: Módulo 15 - Pág. 192 a 209 (Apostila 03) - 20/10.
- 2º TESTINHO: Módulo 17 - Pág. 113 a 119 (Apostila 04) - 26/10.
- 3º TESTINHO: Módulo 18 - Pág. 132 a 139 (Apostila 04) - 09/11
- 4º TESTINHO: Módulo 18 - Pág. 141 a 147 (Apostila 04) - 23/11
- 5º TESTINHO: Módulo 18 - Pág. 154 a 159 (Apostila 04) - 01/12
- Atividade 01 (Feito Em sala) - Pág. 136
- Atividade 02 (Feito Em sala) - Pág. 140
- Atividade 03 (Feito Em sala) - Pág. 144
- Em Casa - Pág. 146 e 147.
- Atividade 01 (Feito Em sala) - Pág. 120
- Atividade 02 (Feito Em sala) - Pág. 123
- Atividade 03 (Feito Em sala) - Pág. 128
- Em Casa - Pág. 130 e 132
- Módulos:
- Módulos 14, 15 e 16 (Livro 03)
- Módulos 17, 18 (Livro 04)
- As Cruzadas foram expedições religiosas e militares que saíram da Europa em direção ao Oriente para resgatar Jerusalém, que estava sob domínio dos islâmicos.
- Entre os séculos XI e XIII, houve, ao todo, nove cruzadas.
- Além dos caráteres religioso e militar, as expedições também influenciaram na retomada do comércio, ao levarem para a Europa produtos como as especiarias orientais.
- Os cruzados que participassem das expedições ganhavam a indulgência, ou seja, o perdão de seus pecados."
No século XI, a Europa vivia um período de paz, depois de longos séculos de guerras bárbaras. Essa paz e a prosperidade reinante provocaram um aumento na população, a retomada das atividades comerciais e o ressurgimento das cidades.
A agricultura também se desenvolveu para suprir as demandas do aumento demográfico. Apesar de todos os esforços e de novas técnicas agrícolas, não foi possível atender a todos: eram muitas pessoas para pouca terra.
No Oriente, os islâmicos abrangiam seus domínios e já conquistavam a Palestina, colocando em perigo o Império Bizantino. A terra sagrada para os cristãos estava sob o poder de estrangeiros que professavam outra fé. O acesso aos locais por onde Cristo passou foi proibido pelos islâmicos.
O papa Urbano II, percebendo o aumento populacional e a proibição dos cristãos de adentrar Jerusalém, cidade santa para o cristianismo, decidiu organizar expedições religiosas e militares para lutar contra os islâmicos e reconquistar o acesso à Terra Santa. O cavaleiro que aceitasse participar dessas expedições ganharia a indulgência, ou seja, o perdão de seus pecados.
Por outro lado, comerciantes apoiaram essas expedições, pois pretendiam ampliar seus negócios e levar à Europa produtos orientais, como as especiarias (gengibre, pimenta, noz-moscada etc.).
Os cavaleiros usavam uma cruz em suas roupas enquanto seguiam até o Oriente. Por conta disso, essas expedições ganharam o nome de Cruzadas.
Objetivo das Cruzadas
Para os cristãos, ter de volta o acesso aos locais sagrados para o Cristianismo era uma prioridade. As Cruzadas ganharam aspecto de guerra santa, pois o combate se daria contra estrangeiros que professavam uma fé diferente do cristianismo.
Já para os comerciantes, as Cruzadas eram fundamentais para aproximar o Oriente do Ocidente e, assim, ampliar as atividades comerciais, principalmente as de Gênova e Veneza, na Península Itálica. Após séculos, o Mar Mediterrâneo voltou a ser utilizado como meio de transporte de pessoas e de mercadorias.
Ao longo das nove Cruzadas, seus objetivos se modificaram, deixando de ter um aspecto religioso e ganhando motivações comerciais. As conquistas cristãs no Oriente provocaram, além disso, disputas entre os cruzados pelos seus domínios.
Quais foram as Cruzadas?
Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096)
Por ser uma expedição religiosa, o misticismo esteve presente nas primeiras Cruzadas. Em 1096, um monge ermita conhecido como Pedro fez pregações defendendo a ida dos cavaleiros até a Palestina. Com seu discurso, ele conseguiu angariar uma multidão de indivíduos que decidiram participar das jornadas.
Para arrecadar fundos que financiassem a primeira expedição, os primeiros cruzados buscaram dinheiro de não cristãos ricos. Os judeus foram os primeiros a serem atacados pelos cruzados e perseguidos em vários reinos europeus.
A Cruzada Popular ou dos Mendigos foi a primeira jornada que saiu da Europa Ocidental em direção ao Oriente. Por onde passavam, os cruzados promoviam saques e violentavam aldeias locais.
Em agosto de 1096, a expedição chegou em Constantinopla. Mesmo com a fama advinda dos massacres e assaltos, os cruzados foram recebidos pelo imperador bizantino Aleixo I. Ele pediu para que o grupo aguardasse a chegada de tropas mais bem equipadas para seguirem viagem até a Palestina. Enquanto aguardavam, os cruzados realizaram saques pela cidade.
Um mês depois de sua chegada em Constantinopla, os cruzados foram até áreas próximas às fronteiras com os islâmicos e lançaram a primeira ofensiva, mas foram derrotados. Mesmo com esse revés, o grupo seguiu até Niceia e iniciou um novo ataque contra seu inimigo. Apesar da vitória na primeira batalha, o exército do sultão Quilije Arslã I conseguiu derrotá-los.
Primeira Cruzada (1096–1099)
Influenciado pela promessa do papa Urbano II de que o cavaleiro que participasse das Cruzadas teria o perdão de seus pecados, as primeiras expedições obtiveram inúmeros participantes, desde nobres até peregrinos.
Em 1097, a Primeira Cruzada saiu de Constantinopla em direção a Jerusalém. Os cruzados fizeram a promessa de devolver ao Império Bizantino as terras tomadas pelos turcos. Ao contrário da Cruzada Popular ou dos Mendigos, a Primeira Cruzada teve a participação de cavaleiros ricos. Logo surgiram desentendimentos entre bizantinos e cruzados. A participação de mercenários tinha o apoio dos bizantinos, mas era rejeitada pelos cruzados.
A Primeira Cruzada logo obteve suas primeiras vitórias. As cidades de Niceia e Antioquia foram tomadas. Em 1099, Jerusalém também foi conquistada. Os cruzados reprimiram os inimigos e usaram a força para impor seu domínio sobre a população local. As terras conquistadas foram divididas, e a promessa de devolução da parte bizantina não foi cumprida. O sistema feudal foi, então, implantado no Oriente.
A presença ocidental cristã durou um século. Em pouco, os turcos conseguiram se unir e impor uma derrota aos cruzados. As terras dominadas pelos cristãos foram retomadas pelos islâmicos. Para saber mais, leia: Primeira Cruzada e a Conquista de Jerusalém.
Segunda Cruzada (1147–1149)
Em 1145, o papa Eugênio III e São Bernardo convocaram mais uma cruzada. Os reis Luís VII, da França, e Conrado III, do Sacro Império, atenderam à convocação e organizaram a Segunda Cruzada. Porém, essa expedição demonstrou novamente rupturas dentro dos próprios cruzados. Alguns almejavam um ataque imediato, outros aguardavam o momento certo para fazê-lo. Até 1187, nenhuma expedição foi organizada, até que Jerusalém foi tomada pelo exército de Saladino.
Terceira Cruzada (1189–1192)
A Terceira Cruzada foi convocada pelo papa Gregório III, logo após o sultão Saladino conquistar Jerusalém. Os principais reis europeus fizeram parte dessa jornada até a Terra Santa, sendo eles Filipe Augusto (França), Frederico Barba Ruiva (Sacro Império Germânico) e Ricardo Coração de Leão (Inglaterra). Porém, Barba Ruiva morreu afogado na Cicília, e os reis Filipe Augusto e Ricardo Coração de Leão se desentenderam. Ao final, apenas o rei inglês persistiu na campanha.
Os cruzados obtiveram sucesso ao conquistar Chipre, Acre e Jafa. Ao se aproximarem de Jerusalém, os cruzados travaram uma grande batalha contra o exército de Saladino. Em 1192, um acordo foi feito entre cristãos e islâmicos. Jerusalém permaneceria sob o comando islâmico, mas com a abertura da cidade santa para peregrinações cristãs, desde que desarmadas.
Quarta Cruzada (1202–1204)
Apesar do acordo firmado com os islâmicos em 1192, uma nova expedição foi convocada pelo papa Inocêncio III, com o objetivo de conquistar Jerusalém. A convocação se deu em 1198, mas sua organização se concretizou apenas dois anos depois.
A Quarta Cruzada foi caracterizada por motivações comerciais. O duque Enrique Dandolo fez o transporte dos cruzados em troca de dinheiro. Esses interesses econômicos começaram a interferir nas campanhas.
Cruzada das Crianças (1212)
A Cruzada das Crianças, ocorrida em 1212, é envolta de fatos inusitados e lendas. Acreditava-se que apenas as almas puras poderiam libertar Jerusalém. Por causa disso, milhares de crianças foram colocadas em navios saindo de Marselha, na França, em direção ao Oriente. Essa ideia teria surgido em Constantinopla, uma cidade cristã que havia sido saqueada por cruzados.
Dessa forma, de acordo com a crença popular, os adultos não eram confiáveis, e apenas as crianças poderiam participar das expedições. Ao longo do caminho, várias crianças morreram de fome e frio e as que sobreviveram foram vendidas como escravas.
Quinta Cruzada (1217–1221)
A Quinta Cruzada também foi convocada pelo papa Inocêncio III, em 1217, e teve a participação do rei André II, da Hungria, e Leopoldo VI, duque da Áustria. Desta vez, a tática dos cristãos era conquistar primeiramente o Egito para depois atacar Jerusalém. Uma crise na liderança egípcia permitiu que os cristãos dominassem a região. O sultão ofereceu o reino de Jerusalém e dinheiro para os cristãos deixarem o Egito, mas a proposta foi recusada.
Os cristãos conquistaram a cidade de Damieta, mas conflitos entre os cruzados fizeram com que se perdesse tempo, possibilitando o restabelecimento do exército islâmico, que contra-atacou os cristãos e os derrotou em 1221.
Sexta Cruzada (1228–1229)
A Sexta Cruzada foi liderada pelo Sacro Império de Frederico II, que havia sido excomungado pelo papa. Sua excomunhão fez com que seus soldados desertassem a campanha ao longo do caminho até o Oriente.
Frederico II fez um acordo com o sultão Camil, que lhe garantiu a posse de Jerusalém, Belém e Nazaré por dez anos. Porém, a derrota dos cristãos para os islâmicos em Gaza, em 1224, fez com que sua conquista fosse perdida.
Sétima Cruzada (1248–1254)
Essa cruzada foi liderada pelo rei francês Luís IX, canonizado como São Luís. Em 1248, ele se dirigiu ao Egito e conquistou a cidade de Damieta. O exército cristão foi derrotado, e o rei, preso. Os franceses pagaram pela sua libertação.
Oitava Cruzada (1270)
As últimas Cruzadas foram marcadas pela derrota dos cristãos para os islâmicos. A Oitava Cruzada foi liderada pelo rei francês Luís IX, que, novamente, se dirigiu para o Egito. Os cruzados desembarcaram em Túnis e foram contaminados por uma peste que matou inúmeros cristãos.
Nona Cruzada (1271–1272)
Com a morte do rei Luís IX, o rei da Inglaterra, Eduardo, decidiu lutar no Oriente, mas a morte de seu pai, Henrique III, fez com que Eduardo retornasse para a Inglaterra e assumisse o trono. Para alguns estudiosos, a Nona Cruzada é considerada uma continuação da oitava. Problemas sucessórios na Monarquia inglesa se sobrepuseram à retomada de Jerusalém, que, à época, estava nas mãos dos islâmicos.
Consequências das Cruzadas
As Cruzadas aprofundaram a rivalidade entre cristãos e islâmicos. Porém, do ponto de vista econômico, as expedições possibilitaram o fortalecimento do comércio e o transporte de especiarias para o mercado europeu.
Além disso, as Cruzadas retomaram as relações entre Ocidente e Oriente. Os reis acabaram fortalecidos, pois demonstraram seu poder militar perante os senhores feudais, que já sinalizavam a perda de seu domínio, à medida que a Idade Média começava a entrar em crise."
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/cruzadas.htm
14/11 a 18/11 - Religiosidade na Idade Média
Naquela época, logo depois do Primeiro Século, diversas interpretações da doutrina cristã e outras religiões pagãs se faziam presentes no contexto europeu. Foi através do Concílio de Niceia, em 325, que se assentaram as bases religiosas e ideológicas da Igreja Católica Apostólica Romana. Através da centralização de seus princípios e da formulação de uma estrutura hierárquica, a Igreja teve condições suficientes para alargar o seu campo de influências durante a Idade Média.
Estabelecida em uma sociedade marcada pelo pensamento religioso, a Igreja esteve nos mais diferentes extratos da sociedade medieval. A própria organização da sociedade medieval (dividida em Clero, Nobreza e Servos) era um reflexo da Santíssima Trindade. Além disso, a vida terrena era desprezada em relação aos benefícios a serem alcançados pela vida nos céus. Dessa maneira, muitos dos costumes dessa época estavam influenciados pelo dilema da vida após a morte.
Além de se destacar pela sua presença no campo das ideias, a Igreja também alcançou grande poder material. Durante a Idade Média ela passou a controlar grande parte dos territórios feudais, se transformando em importante chave na manutenção e nas decisões do poder nobiliárquico. A própria exigência do celibato foi um importante mecanismo para que a Igreja conservasse o seu patrimônio. O crescimento do poder material da Igreja chegou a causar reações dentro da própria instituição.
Aqueles que viam na influência político-econômica da Igreja uma ameaça aos princípios religiosos começaram a se concentrar em ordens religiosas que se abstinham de qualquer tipo de regalia ou conforto material. Essa cisão nas práticas da Igreja veio subdividir o clero em duas vertentes: o clero secular, que administrava os bens da Igreja e a representava nas questões políticas; e o clero regular, composto pelas ordens religiosas mais voltadas às praticas espirituais e a pregação de valores cristãos.
Sob outro aspecto, a Igreja também teve grande monopólio sob o mundo letrado daquele período. Exceto os membros da Igreja, pouquíssimas pessoas eram alfabetizadas ou tinham acesso às obras escritas. Por isso, muitos mosteiros medievais preservavam bibliotecas inteiras onde grandes obras do Mundo Clássico e Oriental eram preservadas. São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, por exemplo, foram dois membros da Igreja que produziram tratados filosóficos que dialogavam com os pensadores da Antiguidade.
Mesmo contando com tamanho poder e influência, a Igreja também sofreu com manifestações dissidentes. Por um lado, as heresias, seitas e ritos pagãos interpretavam o texto bíblico de forma independente ou não reconheciam o papel sagrado da Igreja. Em 1054, a Cisma do Oriente marcou uma grande ruptura interna da Igreja, que deu origem à Igreja Bizantina.
Não cabe a nós querer criminalizar ou repudiar a Igreja dos dias de hoje, com base nas suas ações passadas. As questões e práticas dessa instituição não são exatamente iguais àquelas encontradas entre os séculos V e XV. Dessa maneira, ao darmos conta do papel desempenhado por essa instituição religiosa, durante a Idade Média, obtemos uma grande fonte de reflexão sob tal período histórico.
Nos nossos estudos sobre a Idade Média, falamos sobre o feudalismo, modo organizacional que predominou na Europa durante aquele período. Como este é um assunto essencial para quem está estudando história mundial para os vestibulares ou para o ENEM, hoje apresentaremos aqui as principais características do feudalismo.
Resumo do feudalismo
Resumindo, as principais características do feudalismo foram:
- Sociedade dividida em três grupos diferentes: clero, nobres e servos. Os primeiros uniam a sociedade, os segundos tinham terras e serviam aos reis ou a si mesmos, os terceiros trabalhavam manualmente nas terras em troca de proteção.
- Havia relações de suserania: O Suserano doava o feudo para um vassalo e recebia favores militares. O Rei era superior a todos na sua região.
- A economia era agrária. O comércio ainda não era forte.
- Divisão em feudos: O feudo era dividido em três, a parte do senhor feudal, o manso servil e o manso comunal.
- O feudalismo é a fusão de costumes germânicos e romanos.
- Concentração de poder. Os senhores feudais tinham o poder jurídico, econômico e político.
- A Igreja Católica era o principal vínculo de unidade da sociedade, alcançando com a moral caritativa cristã até o que a lei falhava em conseguir. Era responsável pelos doentes, pobres, condenados e já tinha hospitais, orfanatos, asilos e escolas.
- Havia muitas guerras por terras.
- A educação envolvia o Trivium (lógica, gramática e retórica) e o Quadrivium (Aritmética, música, geometria, astronomia).
- Houve um enorme florescimento da arte religiosa nas catedrais, artes plásticas, música e vitrais, muito desenvolvimento na arquitetura, e nas técnicas.
- A crise do feudalismo veio com a crise econômica, revoltas servis, guerras por disputa de terras, crescimento dos burgos, peste negra, etc.
O que foi o feudalismo?
O feudalismo foi um tipo de organização da vida da sociedade. Envolvia política, cultura, economia e tinha como base a posse de terras (os feudos). Esse modelo surgiu na parte ocidental da Europa no século V após a queda do Império Romano e se estendeu ao longo da Idade Média.
O que eram os feudos?
Os feudos eram terras (lotes) divididos em três partes. Uma era o manso senhorial, a parte específica e individual do senhor feudal (o dono) e além dela havia o manso servil e o manso comunal.
- Manso servil: terras que os servos usavam. Eles não eram proprietários delas, apenas as usavam para tirar o sustento da família e pagar as taxas e impostos ao senhor feudal, que sedia essas terras a eles. A condição de servo passava de pai para filho, assim como o direito de usar estas terras.
- Manso comunal: terras de uso coletivo. Eram os bosques, florestas e pastos. Em alguns feudos existiam regras para sua utilização. Não era incomum a proibição da caça realizada por servos em terras comunais. Mas eles podiam levar seus animais para pastarem lá, assim como pegar lenha.
Ei! Também fizemos um texto com várias questões sobre feudalismo para você treinar seus conhecimentos e fixar a matéria. Não esqueça de dar uma olhada!
Quando surgiu o feudalismo?
O feudalismo tem seu início no século V, depois da queda do Império Romano do ocidente, devido às invasões bárbaras e a outros fatores político-econômicos.
A sociedade feudal possuía genericamente três grupos de indivíduos.
Como era a sociedade estamental na Idade Média?
Dentre as principais características do feudalismo, abaixo detalhamos os três grupos sociais que tanto marcaram o período: o clero, a nobreza e os servos/camponeses.
O clero e a Igreja no feudalismo
Quando se pensa em Idade Média, certamente vem a Igreja Católica na cabeça. Afinal de contas, ela era a principal instituição da época, a qual não apenas ensinava a moral e os costumes, como também possuía terras e mosteiros com escolas e locais para atendimento aos pobres e doentes.
Neste tempo, não havia unidade social, nem política, tudo era descentralizado. O único vínculo de unidade existente era o da fé cristã.
A Igreja detinha praticamente todo o conhecimento da época em suas grandes bibliotecas e monastérios. Mesmo com as invasões bárbaras a Igreja conseguiu preservar livros de filosofia e literatura, entre outros.
Além disso, ela mantinha trabalho de cópia e tradução do grego para o latim. Incentivava o ensino da aritmética, geometria, astronomia e música (quadrivium); e da gramática, retórica e lógica (trivium).
Ressalte-se que a Igreja foi a criadora das universidades. Havia também incentivo ao trabalho, regra inclusive predominante na vida monástica, junto à vida de oração.
A mobilidade social não era entendida como hoje se pensa em mudança de classes. Era comum cada indivíduo permanecer no seu grupo e se desenvolver, porém era possível a mudança. Alguns camponeses tornavam-se religiosos ou capitães, assim como também nobres se tornavam membros do clero.
A nobreza – laços de suserania e vassalagem – características políticas do feudalismo
Apesar de existirem reis, eles não possuíam muito poder político. São as figuras dos senhores feudais que mais chamam atenção. Afinal, eles eram os maiores proprietários de terra, controlavam as atividades econômicas e tinham pequenos exércitos capazes de defender seus vassalos.
Os senhores tinham total poder sobre seus feudos. Podiam ter suas próprias leis e seu próprio sistema de justiça. Além disso, eram eles que começavam ou terminavam guerras, sendo responsáveis pela defesa militar e proteção das suas propriedades.
Logo, os poderes jurídico, político e econômico eram monopolizados pelo senhor feudal. Em seus feudos eles decidiam tudo. Criavam suas próprias leis, eram os juízes, formavam seu próprio exército e declaravam guerras.
A relação de suserania – o nobre podia também ser chamado de suserano e doava um feudo a algum outro nobre. Esse que recebia a doação era chamado vassalo. Por essa doação ele se comprometia com seu suserano, tornando-se fiel a ele e ajudando militarmente se necessário. O suserano maior era o rei.
A vida dos servos
Servos não eram escravos, eram tratados como pessoas. Nem o escravo romano tinha uma liberdade como a do servo nesse tempo, pois o senhor feudal não tinha direito sobre suas vidas, já que eles faziam um pacto com seus senhores espontaneamente. Ou seja, sem coerção.
Sua função era cultivar a terra e seu produto servia tanto para seu sustento e de sua família (sim, eles podiam se casar e constituir família) como para o do senhor que o protegia e sedia a terra. Caso o servo morresse, sua terra e seus bens ficavam para os seus filhos, afinal não era lícito ao senhor vender as terras de seu servo.
O pacto que unia um senhor e um vassalo era a palavra, nada era assinado. Tratava-se de um juramento sagrado e que era respeitado na maior parte das vezes.
Contudo, não eram só os servos que faziam trabalhos braçais. Existiam também os “vilões” (não, não eram pessoas que praticavam o mal), eles eram homens que viviam em vilas, fora dos feudos e muitas vezes prestavam serviços aos lordes.
Os camponeses tinham menos condições que seus senhores. Alguns sofriam abusos e viviam na miséria, outros viviam com tranquilidade tirando o que era necessário para viver bem, outros ainda até conseguiam certa ascensão quando alguma nobreza enfraquecia e eles se tornavam verdadeiros donos da terra.
Eles tinham de pagar alguns impostos:
- Capitação: imposto por cada pessoa da família
- Talha: parte da produção entregue ao senhor feudal
- Banalidade: pagamento para utilizar os bens presentes no feudo. Por exemplo, moinhos, fornos, estradas, etc.
O Reino franco se tornou o braço armado da Igreja na Idade Média, pois, desde Clóvis, os francos não apenas lutavam por seu reino, mas também em defesa do cristianismo e do papado romano.
Dinastia Merovíngia
Desde o século II os francos vinham invadindo as fronteiras romanas, acabando por ocupar uma pequena porção da Gália. A primeira dinastia dos francos, a merovíngia, deve seu nome a Meroveu, herói franco na batalha dos Campos Catalúnicos contra os hunos de Atila. Contudo foi Clóvis, neto de Meroveu, que, através de campanhas militares vitoriosas, conquistou, na Gália, regiões ocupadas por outros povos bárbaros, anexando-as ao seu vasto território. Em 496, Clóvis converteu-se ao cristianismo, ganhando, assim, o apoio do clero e da maior parte da população da Gália, constituída por cristãos.
A aliança entre Clóvis e a Igreja foi fundamental para a unificação da Gália, na medida em que fortaleceu a autoridade do rei e contribuiu para a fusão entre conquistadores e conquistados. Em contrapartida, o apoio do rei possibilitou à Igreja libertar-se da influência dos imperadores bizantinos e ganhar novos adeptos entre os bárbaros da Europa ocidental.
Durante a dinastia merovíngia, desenvolvia-se o processo de formação do feudalismo, intensificando-se a ruralização e o poder dos grandes proprietários de terras. Como não havia a noção de Estado, de bem público, as terras do reino eram constantemente distribuídas entre o clero e a nobreza, como recompensa por serviços prestados. Assim, a partir de meados do século VII, os reis da dinastia merovíngia foram perdendo autoridade, ficando sujeitos aos senhores feudais. Esses reis são conhecidos como Reis Indolentes, devido à incompetência com que governaram.
Nessa época, o poder foi passando para os prefeitos (ou mordomos) do palácio, verdadeiros primeiros-ministros. Entre eles, destacou-se Carlos Martel, que barrou a expansão dos árabes na Europa, vencendo-os em Poitiers, em 732.
Dinastia Carolíngia
Em 751, o filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, aproveitando-se do prestígio de seu cargo de prefeito e obtendo o apoio papal, depôs o último soberano merovíngio, iniciando a dinastia carolíngia, cujo nome se deve ao seu maior expoente: Carlos Magno. Em retribuição ao apoio do papa, Pepino o apoiou na luta contra os lombardos e cedeu ao papado o território de Ravena, reforçando o poder temporal da Igreja. Os territórios da Igreja, chamados de Patrimônio de São Pedro, deram origem aos Estados Pontifícios, que se mantiveram até o século XIX.
Em 768, Carlos Magno, filho de Pepino, assumiu o trono, governando até 814. Realizou inúmeras guerras de conquista, que expandiram consideravelmente as fronteiras do Reino Franco e garantiram os laços de dependência entre o poder central e a nobreza: parte das terras conquistadas eram doadas à aristocracia, que assumia em troca obrigações e compromissos de lealdade para com o rei-suserano. Assim, embora continuassem a existir as forças de descentralização, devidas à crescente formação dos feudos, foram temporariamente controladas pela forte centralização política de seu governo.
O êxito das campanhas militares de Carlos Magno se deve sobretudo ao apoio da Igreja. Paralelamente à expansão do Reino Franco, efetuou-se a propagação do cristianismo. Com a ampliação de seus domínios, o Reino Franco tornou-se o mais extenso da Europa ocidental, recuperando, em parte, os limites do antigo Império Romano do Ocidente, o que fazia renascer a concepção de império. O papa Leão III, movido por interesses como a difusão do cristianismo e o consequente fortalecimento da Igreja de Roma, coroou Carlos Magno imperador do Novo Império Romano do Ocidente.
O Império Carolíngio organizou-se em unidades político-administrativas chamadas condados e marcas. A maior parte das terras imperiais estava dividida em condados, cujos administradores — os condes — eram diretamente nomeados pelo imperador e a ele ligados pelo juramento de fidelidade. As marcas, unidades de fronteira encarregadas da defesa do império, eram governadas pelos marqueses, que detinham grande poder militar. Havia ainda os barões, que, de seus fortes localizados em pontos estratégicos, auxiliavam na defesa das fronteiras.
Tanto os condados quanto as marcas sujeitavam-se à fiscalização dos missi dominici — os “emissários do senhor” —, funcionários do imperador encarregados de conter os abusos de condes e marqueses e de zelar pela aplicação das leis Capitulares, decretos emitidos em capítulos por Carlos Magno.
O êxito político e administrativo do reinado de Carlos Magno foi acompanhado de grande desenvolvimento cultural, incentivado pelo próprio imperador e denominado Renascimento Carolíngio. Desde o final do Império Romano, a cultura vinha sucumbindo às guerras e aos bárbaros. Pepino, o Breve, não sabia escrever o próprio nome, e Carlos Magno só o aprendeu em idade adulta. A reversão desse quadro passou a ser uma de suas metas. Reuniu sábios, a fim de favorecer a instrução, e, em colaboração com a Igreja, deu novo impulso às letras a às artes, com a fundação de várias escolas, como a Escola Palatina, situada nas dependências do próprio palácio. Nessa escola, dirigida pelo teólogo e pedagogo inglês Alcuíno, ensinava-se gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria e música. A efervescência cultural da época possibilitou a preservação de diversas obras da Antiguidade greco-romana, pacientemente copiadas pelos alunos das escolas eclesiásticas.
O islamismo, surgido na Península Arábica no século VII, é uma das maiores religiões do mundo. A palavra que dá nome à religião, islã, tem origem no termo islam, do idioma árabe, que significa submissão. Essa palavra, por sua vez, tem relação com outra palavra do árabe, salam, que significa paz.
O adepto do islamismo é conhecido como muçulmano (ou muçulmana), e esse termo também tem origem no árabe, vem de muslim, que significa submisso. Assim, muçulmano é aquele que é submisso a Deus, que, no caso, é Allah. O islamismo, assim como o cristianismo e o judaísmo, é uma religião monoteísta, isto é, acreditam na existência de apenas um deus.
Origem do islamismo
Como mencionado, o islamismo surgiu no século VII, e, na tradição religiosa muçulmana, o surgimento da religião aconteceu por meio de Muhammad (mais conhecido em português como Maomé). O grande profeta do islamismo nasceu em 570 d.C., e durante grande parte de sua vida trabalhou como comerciante.
A vida de Muhammad mudou quando ele recebeu uma revelação do anjo Gabriel, no que ficou conhecido na tradição religiosa muçulmana como Noite do Destino. Os muçulmanos não adoram Muhammad, mas o consideram como o último de uma série de profetas que trouxeram a revelação da mensagem de Allah.
Muhammad nasceu e viveu grande parte de sua vida em Meca, onde, depois da revelação do anjo Gabriel, ele passou a pregar a mensagem de Allah. Na época, a Península Arábica era marcada pelo politeísmo, e a época pré-Islã na tradição muçulmana é conhecida como jahiliah, ou época da ignorância.
A pregação de Muhammad desagradou as autoridades locais por atacar o politeísmo, e o profeta muçulmano e seus seguidores passaram a ser perseguidos. Essa perseguição colocou em risco a vida de Muhammad e seus seguidores, e, então, o profeta do Islã recebeu um convite para estabelecer-se em Medina. Em 622, Maomé mudou-se para essa cidade, e esse evento ficou conhecido como Hégira.
A Hégira é o marco que iniciou o calendário islâmico. Uma vez em Medina, Muhammad começou a angariar forças o suficiente para formar um Estado na cidade, com uma comunidade muçulmana conhecida, em árabe, como Umma. Esse Estado muçulmano formado pelo profeta em Medina garantia a liberdade religiosa para judeus, cristãos e adeptos do politeísmo.
Após travar inúmeras batalhas, Muhammad conseguiu conquistar a cidade de Meca. Na tradição muçulmana, conta-se que a conquista da cidade foi realizada de forma pacífica. Ainda em vida, Muhammad foi responsável pela unificação da Península Arábica (até então a península não possuía unificação política).
Muhammad faleceu em 632 d.C., e depois disso seus seguidores, os califas, trataram de expandir a mensagem do islamismo por outras regiões da Ásia, África e até da Europa.
Princípios do islamismo
O islamismo é uma religião monoteísta, sendo assim, os muçulmanos proferem que só existe um Deus, e ele é Allah. Para os muçulmanos, Allah é onipotente, onisciente e o criador do Universo.
A crença em Allah é fundamental dentro dessa religião, e no Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos (que também é conhecido como Corão), é frequentemente encontrada a mensagem “em nome de Deus, o clemente, o misericordioso”. Os muçulmanos também acreditam em profetas, isto é, pessoas escolhidas para trazerem a mensagem de Allah.
Alguns dos profetas que os muçulmanos acreditam são:
Adão
Noé
Abraão
Moisés
Jesus
Muhammad
Os preceitos sagrados do islamismo estão compilados no Alcorão. Esse livro foi compendiado durante 22 anos, de 610 d.C. a 632 d.C., e foi escrito pelos seguidores de Muhammad. O profeta muçulmano recebia a revelação de Allah, repassava-a a seus seguidores, que então a compilavam.
Outros escritos que são importantes no islamismo são a Torá, os Salmos e o Evangelho (textos que fazem parte da Bíblia cristã). Os muçulmanos acreditam que Allah julgará a todos em um julgamento final, que condenará ou salvará as pessoas com base em suas ações em vida. Além disso, todos os acontecimentos passam pela permissão de Allah. Os muçulmanos também acreditam na existência de anjos.
Para os muçulmanos, existem três cidades sagradas: Medina, Meca e Jerusalém. Meca é o local mais sagrado do Islã e onde fica a Caaba, uma construção sagrada; Medina é onde fica o túmulo de Muhammad; e Jerusalém foi a cidade à qual o profeta foi transportado por um Buraq, um ser mítico. Lá, Muhammad encontrou Allah e outros profetas do islamismo.
Resumo sobre o império romano
No sistema político de império, o poder político estava concentrado na figura do imperador. O Império Romano começou com Otaviano Augusto e terminou com Constantino XI. O Senado servia para apoiar o poder político do imperador.
O império sucedeu à República Romana. Com o novo sistema, Roma, que era uma cidade-estado, passou a ser governada pelo imperador.
Foi em seu início que o império conquistou a maior parte do poder. Até 117 d.C., ao menos 6 milhões de quilômetros quadrados estavam sob o domínio do império romano.
Sob o domínio do Império Romano estavam 6 milhões de habitantes. Roma, nessa fase, foi habitada por 1 milhão de habitantes.
Entre os pontos fundamentais para o sucesso do império estava o exército, que era profissional e atuava como uma legião. Sob o comando de astutos generais, Roma expandiu o poderio ao Mediterrâneo.
Características do império romano
- Essencialmente comercial;
- Escravizava os povos conquistados;
- O controle das províncias era feito por Roma;
- Politeísta;
- O governante tinha cargo vitalício;
- A extensão territorial era obtida por conquistas ou golpes militares.
Surgimento do Império Romano
Uma das estórias sobre a fundação de Roma é a célebre lenda dos irmãos gêmeos, Rômulo e Remo, que viveram em 753 a.C.
Segundo historiadores, Roma surgiu a partir de um grupamento de pastores que viviam às margens do Rio Tigre. É essa a região geográfica que corresponde hoje à Itália.
No decorrer do século VI a.C., Roma ficou sob a direção dos etruscos, de origens gregas. A liberdade foi conquistada gradualmente, quando se transformou numa cidade-estado onde a forma de poder exercida era a monarquia.
Com as constantes desavenças entre os reis, os romanos experimentaram a república, entre 509 a.C. e 30 a.C. Nesta época, Roma passou a exercer forte poder colonial, político e militar.
Triunviratos
O governo de Roma ainda ficou fortalecido por uma estratégia de gestão que passou à história como triunviratos.
O triunvirato é a gestão formada por três integrantes. A formação do primeiro deles em Roma ocorreu em 59 a.C. e contava com Júlio César, Pompeu e Marco Crasso.
Em certo momento, os três entraram em guerra e César os venceu. Júlio César tornou-se o primeiro governante individual de Roma.
O segundo triunvirato foi formado por Octávio, Lépido e Marco Antônio, também terminou com uma guerra civil em 31 a.C. Otávio venceu e passou a governar Roma.
É nesse ponto que surge o Império Romano, em 27 a.C. e que vai até 476 d.C. Também é considerada a fase de maior prosperidade e expansão do império, na chamada dinastia Júlio-Claudiana.
Divisão do império romano
O Império Romano foi dividido em 284 d.C. como forma de melhor administrar o poder. A divisão consistiu em:
- Império Romano do Ocidente, tendo como capital Roma;
- Império Romano do Oriente, com Bizâncio como capital.
Módulo 14 - Páginas: 170 à 188
Durante a crise geral que se
abateu sobre a República Romana, alguns grupos se mobilizaram para realizar
reformas durante o século XII a.C., entre eles destacamos dois irmãos:
Tibério Graco – Tribuno da plebe,
propôs uma lei de reforma agrária, ou seja, desapropriação de parte das grandes
propriedades e doação para os mais pobres. O Senado se opôs a reforma e Tibério
e mais 300 de seus seguidores foram assassinados.
Caio Graco – Tribuno da plebe, dez
anos após a morte do irmão elaborou leis para melhorar as condições de vida da
plebe, determinou a distribuição de trigo a baixo preço para a plebe também
propôs uma Reforma Agrária. Os mais ricos se opuseram as medidas de Caio, e seu
destino foi o mesmo de seu irmão.
A República entrou em uma crise
ainda maior, os aristocratas querendo manter a ordem existente e os populares
ansiosos por reformas. Neste período destacam-se o general Mário defensor da
plebe e o general Sila que defendia os conservadores.
Mário foi eleito cônsul, tornou o
exército profissional, ou seja, passaram a receber salário e poderiam ter parte
dos espólios de guerra, após 25 anos de carreira tinham direito a terras,
muitos plebeus entraram no exército. Com a morte de Mário, Sila estabeleceu uma
ditadura militar. Após sua morte o poder em Roma foi dividido entre três
generais, o triunvirato.
1° e 2º Triunvirato
Em 60 a.C., o Senado acabou
elegendo três fortes líderes políticos ao Consulado: Júlio Cesar, Pompeu e
Crasso, governando juntos e dividindo entre si os domínios romanos. Em 54 a.C.,
Crasso morreu combatendo na Pérsia, e o poder em Roma foi disputado por Pompeu
e Júlio César, na luta que se seguiu Júlio César saiu vencedor. Foi proclamado
ditador vitalício em oposição ao Senado, em 44 a.C., César foi assassinado acusado
de querer implantar a monarquia em Roma. Sua morte causou uma revolta na
população, seus assassinos perseguidos e formou-se o 2°Triunvirato com Marco
Antônio general de Júlio César, Otávio sobrinho e herdeiro de Júlio César e
Lépido general de Roma. Após eliminarem os opositores de César, ocorre a
disputa entre os membros do triúnviro pelo poder. Lépido é afastado e Otávio declara
guerra a Marco Antônio que se encontrava no Egito. Derrotado em 31 a.C., por
Otávio, que recebe do Senado o título de princeps (primeiro cidadão) em uma
primeira etapa para se tornar Imperador (supremo) progressivamente Otávio se
torna senhor absoluto de Roma, recebendo mais um título o de Augustus (o
divino) inaugurando o período imperial.
A REPÚBLICA ROMANA
A República Romana foi um período da história da
civilização romana que durou 500 anos, de 509 a.C. a 27 a.C. quando foi
governada por senadores e magistrados.
Durante este tempo, Roma organizou suas instituições e realizou
importantes conquistas militares que lhe garantiram o domínio do Mar
Mediterrâneo.
ORIGEM DA
REPÚBLICA ROMANA
A República Romana tem sua origem no ano de 509 a.C, quando o último rei
etrusco é deposto e o Senado assume as funções de governo.
APÓS A
EXPERIÊNCIA MONÁRQUICA, OS ROMANOS OPTAM POR NÃO DEIXAR O PODER NAS MÃOS DE UM
SÓ INDIVÍDUO. POR ISSO, ELIMINARAM A FIGURA DO REI E TODOS OS CARGOS DEVERIAM
SER EXERCIDOS POR DUAS OU MAIS PESSOAS.
ASSIM, NÃO
HAVIA A FIGURA DE UM SÓ GOVERNANTE, MAS DOIS, CHAMADOS CÔNSULES. ESTES TINHAM
UM MANDATO DE UM ANO E DEVIAM CONTROLAR-SE MUTUAMENTE.
Instituições da República Romana
- Senado – ocupava-se da política internacional e da supervisão das magistraturas e era convocado pelos cônsules, pretores ou pelo tribuno da plebe. Chegou a ter 300 membros e cargo era vitalício. Os senadores eram patrícios que haviam desempenhado alguma magistratura ou tinham feito algo relevante para a República.
- Magistratura – para ser magistrado era preciso ser cidadão romano e dispor de uma renda de acordo com o cargo desempenhado. Os magistrados tinham lugares privilegiados em cerimônias públicas e espetáculos, bem como o uso de cores diferenciadas de acordo com seu cargo.
- Cônsul – exercia o comando militar. No caso de guerra ou do impedimento de um dos cônsules eram substituídos por um ditador. Este tinha um ano de mandato e poder absoluto sobre os cidadãos romanos.
- Pretor – tinha a função de administrar a Justiça.
- Edil - responsável por fiscalizar o comércio e conduzir a cidade.
- Censor – se encarregava de contar a população, fiscalizar os candidatos a edil e vigiar a conduta moral do povo romano.
- Questor – cobrava impostos e custodiava o patrimônio romano.
A sociedade romana estava organizada entre patrícios, plebeus, escravos
e clientes. As mulheres não eram consideradas como cidadãs e não participavam
da política.
Vejamos a origem e a função social que cada extrato possuía:
- Patrícios – pertenciam às famílias mais antigas de Roma, possuíam grandes propriedades de terras e eram os mais ricos.
- Plebeus – Inicialmente, todos aqueles que não eram patrícios e não eram escravos, denominavam-se plebeus. No princípio não possuíam direitos políticos, mas por conta dos escândalos de corrupção do Senado, pouco a pouco foram sendo cooptados para as instituições romanas. Como eram a classe mais poderosa havia grande diversidade entre eles. Basicamente, estavam compostos por homens que haviam se enriquecido através do comércio, cavaleiros que tinham feito fortuna com as guerras de conquista, médios e pequenos proprietários.
- Escravizados – a escravidão romana era a base da sociedade, e tanto patrícios como plebeus possuíam escravizados. Estes eram obtidos através das guerras de conquistas. Além disso, qualquer homem livre poderia ser escravizado, pois as dívidas podiam ser pagas com a escravidão temporária. Não necessariamente eles realizavam sempre os piores trabalhos, pois aqueles que sabiam ler e escrever eram empregados como escribas, contadores e administradores.
- Clientes – plebeus que para ascender socialmente serviam a uma família patrícia em troca de proteção e posição social.
PATRÍCIOS X
PLEBEUS
Conflitos permanentes entre patrícios e plebeus vão abalar a República
Romana. Afinal, o exército romano era composto em sua maioria por plebeus que
não tinham possibilidade de participar da vida política da cidade.
Com o intuito de pressionar os patrícios a cederem direitos políticos,
os plebeus saíram de Roma. Só voltaram quando foi negociada a criação do Tribunal
da Plebe, em 494 a.C. Este passou a controlar os patrícios e as magistraturas
e, com o tempo, os plebeus seriam tão poderosos quanto os patrícios.
Os plebeus conseguiram organizar assembleias e promulgar leis que
garantissem tantos direitos quanto tinham os patrícios. Vejamos algumas delas:
Assembleias |
Sistema
representativo popular. Existiam várias formas como os “comitia curiata”
(comícios curiais), onde se votavam a “Lex curiata”, que eram remetidas aos
altos magistrados. Mais tarde, foram criadas por Sérvio Túlio as “comitia
centuriata”, que estavam formadas por 100 indivíduos e eram essenciais para o
recrutamento militar. |
Leis das Doze
Tábuas – 450 a.C. |
Por pressão dos
plebeus, as leis de Roma passaram a ser escritas a fim de que fossem fixadas
e os plebeus pudessem consultá-las. |
Leis Licínias – 376
a.C. |
Determinam que um
dos cônsules deve ser plebeu. |
Leis Canuleias –
345 a.C. |
Permitem que os
plebeus se casem com os patrícios. |
Módulo 14 - Páginas: 170 à 188
Saiba mais: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/roma-periodo-monarquico.htm
- Atividade 01 – Pág. 158.
- Atividade 02 – Pág. 163.
- Em Casa – Pág. 166 e 167.
Democracia ateniense
Foi durante a gestão de Clístenes como legislador em Atenas que uma série de reformas foi realizada em 514 a.C. As reformas de Clístenes são consideradas como as responsáveis pelo nascimento da democracia enquanto sistema que amplia a participação popular dentro da política. No entanto, atenção, o conceito de cidadania em Atenas difere bastante do modelo democrático atual.
Entre as reformas de Clístenes está o reconhecimento da igualdade de todos os cidadãos atenienses perante a lei da cidade. A divisão da cidade foi reorganizada, e, em vez de quatro tribos, passaram a existir 10, organizadas por localidade e não por renda. A Bulé foi mantida, mas seria formada com 500 membros, sendo 50 de cada tribo. Era responsabilidade da Bulé, por exemplo, formular leis que seriam votadas na Eclésia.
A Eclésia (assembleia popular) foi mantida no sistema político de Atenas, e nela todos os cidadãos tinham direito de participar da tomada de decisões. Todas as decisões feitas em Atenas passavam pela aprovação dos que participavam da Eclésia. O local em que os membros da assembleia reuniam-se era a colina de Pnyx, capaz de reunir até nove mil pessoas.
Na Eclésia, algumas pessoas recebiam o direito de discursar para os presentes, e todos que discursavam tinham o direito de defender o que quisessem (dentro do assunto que estivesse sendo debatido). Uma vez realizados os discursos, os presentes votariam se aprovavam ou não determinada medida. O voto era realizado por meio do levantamento de mão.
Esse sistema visava, então, garantir uma ampliação na participação política e esteve vigente em Atenas e em toda Ática, a zona na Grécia que ficava no raio de influência ateniense. A democracia ateniense também se preocupava em criar formas de proteger-se de pessoas que tentassem usá-la em benefício próprio.
Desse temor nasceu o ostracismo, um mecanismo que determinava a expulsão de uma pessoa de Atenas e da Ática por um período de 10 anos, caso ela realizasse ações contra a democracia ateniense ou acumulasse um grande poder político que colocasse em risco seu funcionamento.
A democracia ateniense, no entanto, tinha suas limitações. Embora fosse algo sem precedentes na época — um sistema que garantisse voz para pessoas mais despossuídas —, esse sistema ainda tinha consideráveis limitações, pois o direito de participar da política ainda ficava recluso a homens maiores de idade, nascidos de pai e mãe atenienses.
A maioria absoluta de Atenas permanecia, então, fora do processo político da cidade. Entretanto, como percebemos, a democracia ateniense possibilitou um enfraquecimento da aristocracia local, permitindo que grupos em ascensão pudessem participar ativamente da política. Um exemplo significativo disso se deu pela indicação de que quaisquer homens filhos de pai e mãe atenienses teriam a cidadania.
Isso prejudicava a aristocracia ateniense, que buscava reforçar seu poder por meio de alianças com outras cidades, o que gerava herdeiros de pais nascidos em locais diferentes. No entanto, para ser cidadão em Atenas, era necessário ter pai e mãe atenienses, o que, portanto, excluía filhos de pais de outras cidades, impedindo os interesses dos eupátridas.
A pessoa nascida em outra cidade era entendida como estrangeira e não tinha direitos políticos. Com as reformas de Clístenes, a organização social em Atenas ficou da seguinte maneira:
Cidadãos: grupo de pessoas nascidas em Atenas e de pais atenienses. Tinham direitos políticos e direito à propriedade.
Metecos: nascidos em outras cidades e considerados estrangeiros por isso. Eram bem aceitos na sociedade ateniense, mas não tinham direito à cidadania. Eram obrigados a pagar um imposto anual para Atenas por residir nela.
Escravos: geralmente eram prisioneiros de guerra. Não tinham posses, nem direitos políticos.
Dentro da democracia ateniense, as mulheres nascidas na cidade eram consideradas cidadãs, mas não tinham direito de participar da política local e eram, então, outro grupo excluído.
Módulo 12 - Pág.131 a 151 (Apostila 03)
As cidades de Esparta e Atenas se formaram durante o período Arcaico, no contexto da formação das primeiras polis gregas. Esse processo se consolidou entre 700 a.C. a 500 a. C. quando os Genos (tribos) nômades se tornaram sedentários.
Mesmo que se denominassem Helenos e compartilharem de alguns costumes e tradições, como as divindades e os privilégios à aristocracia local, os gregos eram totalmente independentes entre si.
Eles possuíam diferenças marcantes, o que não permite afirmarmos a existência de uma nação grega. E, dentre todas as cidades, Esparta e Atenas constituíram as duas maiores antíteses da Grécia Antiga.
Observe que, a sociedade espartana já havia se tornado uma potência grega em torno de 520 a.C., quando dominava a Liga do Peloponeso.
Foi nessa época que começaram os atritos com Atenas. Em 510 a.C., Cleômenes de Esparta tenta vencer os atenienses, mas é derrotado.
Contudo, alguns anos mais tarde, em 480 a.C., estas duas cidades irão se unir contra o rei Xerxes, do Império Persa, com Atenas esmagando sua força naval e Esparta destroçando suas forças terrestres.
Apesar de saírem vitoriosas contra os persas, as rivalidades entre as potências gregas aumentam gradativamente.
Atenas começa a despontar como a maior potência marítima da Grécia, após a criação da Liga de Delos, o que deu início a Guerra do Peloponeso, em 432 a.C. Nela, Esparta se sagrou vitoriosa em 404 a.C., todavia, o desgaste provocado pelo confronto enfraqueceu as duas cidades.
Isso possibilitou a dominação de Tebas, em 370 a.C., a qual se torna a potência dominante até a conquista da Grécia pelo o rei Filipe, da Macedônia, em 338 a.C..
Principais Características de Esparta
Esparta (ou Lacedemônia) surgiu em torno de 1200 a.C., quando os Dórios, que dominavam técnicas de metalurgia para fabricar ferro, conquistaram o sul do Peloponeso.
Em 700 a.C., eles já haviam derrotados seus inimigos e conquistaram toda a península, transformando-os em vassalos e escravos.
Isso deu a Esparta uma grande quantidade de terras férteis, o que facilitou o seu isolamento e lhe garantiu a alcunha de xenófobos (aversão aos estrangeiros).
Sobre sua educação, esta começava aos 7 anos de idade para os homens e aos 12 para as mulheres.
Basicamente, seu treinamento se resumia na preparação física e psicológica, de cunho militarista, para transformar os homens em poderosos e obedientes guerreiros.
Por sua vez, as mulheres também eram treinadas para o combate, e sua educação as preparavam para conduzir todos os assuntos domésticos na ausência dos maridos. Além disso, elas eram bem vindas nas assembleias e nas competições desportivas.
Os únicos a terem direitos políticos na sociedade espartana eram os descendentes diretos dos dórios. Eles eram servidos pelos periecos, descendentes dos aqueus conquistados que praticavam o comércio e artesanato. Por fim, a base da sociedade era composta pelos hilotas, escravos capturados durante as guerras.
Politicamente, Esparta dividia o poder entre dois reis (Diarquia), um militar e outro religioso, que governavam respeitando as decisões da Gerúsia, (conselho composto por 28 anciãos com mais de 60 anos); e a Apela (conselho formado por espartanos acima de 30 anos).
A cidade de Atenas foi estabelecida pelos Jônios por volta de 1600 a.C, na região da península Ática. Outros povos creto-micênicos, como aqueus, jônios e eólios também compuseram o seu povo.
Como não possuíam terras férteis para agricultura, os atenienses se dedicaram à pesca e ao comércio marítimo. Aproveitaram de sua posição geográfica estratégica para desenvolver o comércio de trigo, uva e azeitona e cerâmica com as colônias gregas no Mar Mediterrâneo e na Ásia menor.
Mais equilibrados, os atenienses conciliavam o desenvolvimento físico e mental durante a educação de seus cidadãos, a qual era um privilégio das famílias mais abastadas.
Eles valorizavam grandemente a arte e a literatura, o que transformou Atenas no centro cultural da Grécia e berço da Filosofia Ocidental e da Democracia.
Contudo, as mulheres não desfrutavam muito dessa educação, uma vez que eram criadas para serem dóceis e submissas, prendadas apenas para as atividades domésticas cotidianas.
Atenas conheceu um sistema monárquico de governo até os séculos VIII-VII a.C., quando instaurou-se a Democracia.
Seu governo era essencialmente uma Oligarquia (Governo de poucos), na qual as famílias eram mais importantes conforme sua proximidade na linha de parentesco com os fundadores da cidade.
Assim, os grandes proprietários de terra (eupátridas) ficavam com as melhores propriedades, enquanto aqueles mais distantes na linha de parentesco (georgóis) ficavam com propriedades menores.
Por sua vez, os artesões especializados (demiurgos) não possuíam terras e status e os Thetas eram a base da sociedade, podendo, muitas vezes, serem sujeitados à escravidão.
O governo em Atenas emanava da Eclésia, uma assembleia popular, onde participavam apenas os cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos, com ao menos dois anos de serviço militar e filhos de um pai nascido na polis.
Saiba mais: https://www.todamateria.com.br/esparta-e-atenas/
Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século IV a.C.
Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado e sim num conjunto de cidades que compartilhavam a língua, costumes e algumas leis.
Muitas delas eram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.
O primeiro período de formação da Grécia é chamado de pré-homérico.
A Grécia antiga se formou da miscigenação dos povos Indo-Europeus ou arianos (aqueus, jônios, eólios, dórios). Eles migraram para a região situada no sul da península Balcânica, entre os mares Jônico, Mediterrâneo e Egeu.
Acredita-se que por volta de 2000 a.C. chegaram os aqueus, que viviam num regime de comunidade primitiva.
Depois de estabelecerem contato com os cretenses, de quem adotaram a escrita, se desenvolveram, construíram palácios e cidades fortificadas.
Organizaram-se em vários reinos liderados pela cidade de Micenas e daí o nome Civilização Aqueia de Micenas. Depois de aniquilarem a civilização cretense, dominaram várias ilhas do Mar Egeu e destruíram Troia, cidade rival.
Porém, no século XII a.C., a civilização micênica foi destruída pelos dórios, que impuseram um violento domínio sobre toda a região, arrasaram as cidades da Hélade e provocaram a dispersão da população, o que favoreceu a formação de várias colônias. Este fato é conhecido como a 1ª diáspora grega.
Egito Antigo: sociedade
A antiga religião egípcia foi a combinação de mitos, crenças e práticas religiosas no Egito Antigo. Essa combinação era extremamente importante na vida dos egípcios por influenciá-los em diversos aspectos. Religião politeísta, ou seja, esse conjunto de crenças era composto por vários deuses, entre os quais, destacavam-se Rá, Osíris, Ísis e Hórus.
Os egípcios acreditavam na continuidade da vida após a morte e que a vida na terra seria apenas uma das etapas da existência. A crença religiosa dos egípcios baseava-se em um princípio conhecido como “maat”, que representava uma ideia de harmonia. Nesse sentido, eles acreditavam que a ação de cada pessoa refletia não somente em si, mas em todos. Assim, para evitar que o caos fosse instalado no universo, cada pessoa deveria fazer sua parte para manter essa harmonia. Esse princípio era associado com a deusa de mesmo nome.
Outro importante conceito da religião egípcia era o que se chamava “heka”, que significa mágica. Esse conceito também representava um deus de mesmo nome (o deus da mágica) e era fundamental para a religião egípcia, pois somente a partir do heka que os deuses poderiam manifestar seu poder.
Os deuses egípcios estavam relacionados com situações cotidianas, assim, para esse povo antigo, os eventos da natureza aconteciam como uma manifestação divina. As cheias do Nilo, por exemplo, eram consideradas uma dádiva dos deuses. Além disso, os egípcios acreditavam que algumas práticas comuns haviam sido ensinadas pelos deuses, como crer que a agricultura foi ensinada aos humanos por Osíris e a mumificação por Anúbis.
Os deuses egípcios poderiam ser representados de diversas maneiras, assumindo as formas:
Antropomórfica: forma humana;
Zoomórfica: forma animal;
Antropozoomórfica: forma humana e animal.
Os egípcios ainda mandavam construir grandes templos dedicados à adoração de seus deuses, e esses locais eram de responsabilidade dos sacerdotes. Aos sacerdotes, atribuía-se também a obrigação de realizar os festivais religiosos. No Egito Antigo, existiam sacerdotes tanto homens quanto mulheres, e eles podiam casar, constituir família e possuir propriedades privadas.
Vida após a morte
Os egípcios, conforme o que foi dito anteriormente, acreditavam na continuidade da vida após a morte e, por isso, seu ritual funerário possuía grande importância. Para a continuidade da vida, acreditava-se que deveria haver um processo que garantiria a preservação do corpo humano. A crença na vida após a morte e nos ritos funerários eram tão fortes no Egito que, durante muito tempo, os egípcios evitaram campanhas militares muito longas no estrangeiro, pois temiam morrer fora de seus territórios e não receberem os ritos necessários para a continuidade da vida.
Baseado nessa crença, o processo de mumificação era fundamental, e os egípcios afirmavam que essa prática havi sido ensinada pelos deuses (existia um mito que contava a história da mumificação de Osíris por Anúbis). Esse processo de mumificação durava em torno de 70 dias e consistia em realizar a retirada dos órgãos, exceto o coração, banhar o corpo em óleos e resinas especiais e enfaixá-lo com linho. Por seu alto valor, somente a aristocracia egípcia podia utilizar dessa prática de conservação dos corpos. As classes mais baixas realizavam um processo funerário mais simples, enquanto os escravos não recebiam nenhum tipo de trato funerário.
A construção de grandes tumbas funerárias, como as mastabas e os hipogeus, também era baseada nessa preocupação com a continuidade da vida. As construções funerárias dos egípcios que ficaram mais conhecidas, contudo, foram as pirâmides, erguidas a mando dos faraós. Nesses locais, eram depositados todos os objetos que se acreditava serem úteis na vida após a morte.
Há mais de 4000 anos antes de Cristo, a dominação das técnicas agrícolas permitiu o surgimento de várias civilizações ao redor do mundo. No extremo nordeste da África, em uma região de características desérticas, a civilização egípcia floresceu graças aos abundantes recursos hídricos e terras férteis que se localizavam nas margens do rio Nilo.
O ciclo das águas nesta região promovia o regular transbordamento do rio que, durante a seca, deixava um rico material orgânico na superfície de suas terras. Percebendo tal alteração, os egípcios tiveram a capacidade de desenvolver uma civilização próspera que se ampliou graças às fartas colheitas realizadas. Dessa forma, temos definido o processo de desenvolvimento e expansão dos egípcios.
No campo político, os egípcios estiveram organizados através da formação dos nomos. Os nomos eram pequenas parcelas do território egípcio administradas por um nomarca. Tempos mais tarde, esses vários nomos estavam centralizados sob o poderio de um imperador. No ano de 3200 a.C., Menés, o governante do Alto Egito, promoveu a subordinação de 42 nomos, dando início ao Império Egípcio.
A sociedade egípcia era organizada por meio de critérios religiosos e econômicos. O faraó ocupava o topo desta hierarquia na condição de chefe de Estado e encarnação do deus Hórus. Logo abaixo, temos os sacerdotes como agentes organizadores dos cultos e festividades religiosas. Os nobres e escribas ocupavam uma posição intermediária realizando importantes tarefas que mantinham o funcionamento do Estado.
A base desta sociedade ainda contava com os soldados, que eram sustentados pelo governo e garantiam a hegemonia do poder faraônico através das armas. Logo abaixo, os camponeses e artesãos, que trabalhavam nas colheitas e na organização das obras públicas necessárias ao desenvolvimento agrícola e comercial. Por fim, havia uma pequena parcela de escravos que também estavam subordinados ao Faraó.
Além de conseguir prosperar economicamente pelo rígido controle da produção agrícola, podemos notar que os egípcios também produziram conhecimento e variados campos. A arquitetura, a medicina e a astronomia figuram como as mais interessantes facetas do legado científico egípcio. Vale à pena ressaltar também a escrita, que se organizava por complexos sistemas de símbolos e códigos.
Introdução
Apesar de falarmos em Descobrimento da América, quando os europeus chegaram neste continente já existiam sociedades complexas que habitavam a região.
Essas sociedades eram diversas e existiam no território americano antes da chegada de Cristóvão Colombo no século XVI.
Quais são as civilizações pré-colombianas?
As mais conhecidas, dentre esses grupos, são as sociedades Inca, Maia e Asteca, civilizações importantes e desenvolvidas que chocaram os conquistadores espanhóis com sua cultura, arquitetura e estrutura política e social.
As pirâmides com escadarias construídas pelos maias, as estradas dos incas e as cidades astecas são, até hoje, motivo de admiração. São as características principais desses povos que veremos aqui.
Os incas
Estima-se que os povos incas surgiram no ano 3.000 a.C, existindo até o ano 1.500 d.C.
Onde o Império Inca estava localizados?
O Império Inca estava localizado na Região dos Andes, que atualmente abriga o Equador, Peru, Chile, Bolívia e regiões próximas.
Organização política e social dos Incas
Os incas estavam organizados em quatro reinos que possuíam, cada um, seu próprio governante. Entretanto, o poder soberano era mesmo o do imperador, que comandava o Império a partir da cidade-capital Cuzco. Era em Cuzco que estava localizado o maior templo do Império, em homenagem ao deus Sol.
A pirâmide social dos incas estava organizada em:
- yanaconas, os escravos protetores, na base;
- nobres no meio;
- sacerdotes na ponta.
Eram uma sociedade estamental, marcada pela imobilidade entre os estratos sociais.
Os incas tinham como costume a utilização da chamada Mita, um imposto que o povo precisava pagar em forma de trabalho ao Estado. Quando os espanhóis chegaram na América, acabaram por incorporar a Mita no processo de colonização.
Existia escravidão entre o povo inca. Entretanto, era bem diferente daquela utilizada pelos colonizadores. Entre os incas, a escravidão acontecia como forma de punição para aqueles que não seguiam alguma regra imposta pelo Estado ou se rebelavam contra algo.
A Economia no Império Inca
A economia inca era baseada na agricultura. Além disso, ficaram conhecidos por terem o costume de criarem lhamas e porquinhos-da-índia.
Como eram a cultura, religião e conhecimentos dos Incas?
Assim como os maias e os astecas, os incas eram uma civilização complexa e repleta de conhecimentos importantes. Eles desenvolveram, por exemplo, um sistema de fertilização do solo a partir de excrementos que ajudou muito no desenvolvimento da agricultura.
Além disso, por conta de sua localização geográfica, cheia de relevos (como podemos ver em Machu Picchu), construíram incríveis adaptações, como diques e sistemas de canalização da água para irrigação e uso comum.
São conhecidos pela construção de estradas e fortalezas que causam maravilhamento até hoje. Também desenvolveram importantes teorias na área da matemática e da astronomia.
Os incas eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses - muitos deles relacionados a elementos da natureza, como o sol, a lua e o trovão. Era comum o sacrifício de humanos e animais em rituais religiosos.
Os maias
Acredita-se que os maias já existiam muitos séculos antes da colonização, desde o ano 1.800 a.C. Entretanto, foi a partir do século V que começaram a se desenvolver, chegando ao seu ápice durante o século IX.
Os espanhóis não chegaram a ter muito contato direto com esse povo, uma vez que seu Império já estava em declínio antes de sua chegada.
Os motivos para a derrocada dos maias ainda são obscuros. Os historiadores dizem que o clima, conflitos entre as cidades-estados ou até mesmo crises alimentares podem ter sido as razões.
Onde os Maias estavam localizados?
Os maias localizavam-se na Península de Yucatán (Mesoamérica), no sul do México. Eles chegaram a ocupar parte da atual América Central: Honduras, El Salvador, Guatemala e Belize.
Organização política e social dos maias
Os Maias estavam organizados nas chamadas cidades-estado, que possuíam muita autonomia e tinham, cada uma, seu próprio imperador. Duas das mais conhecidas cidades-estados são Tupan e Palenque.
Diferente dos Impérios Asteca e Inca, o regime político era teocrático. Ou seja, os líderes políticos eram considerados divindades e, por isso, o poder político e o poder religioso se confundiam e concentravam na figura do imperador.
A sociedade maia era estamental. Isso quer dizer que não havia mobilidade social entre as camadas da população. Organizavam-se em:
- o imperador e a nobreza (sacerdotes e chefes militares) no topo da pirâmide social;
- comerciantes e artesãos no meio da pirâmide;
- camponeses e escravos, responsáveis pelo trabalho braçal, na base.
A maior parte da população maia vivia no meio rural, e as cidades funcionavam como centros urbanos importantes ligados à política e religião.
A Economia no Império Maia
A principal atividade econômica maia era a agricultura, principalmente o cultivo de milho. Até hoje, o milho é um importante alimento para a base da alimentação no México.
Plantavam também cacau, batata, algodão e tabaco. Os maias acreditavam que queimar o terreno antes de plantar garantia melhor eficácia. Por isso, desenvolveram o chamado sistema coivara.
Como eram a cultura, religião e conhecimentos dos Maias?
Os maias, assim como incas e astecas, eram politeístas e suas divindades eram associadas a forças da natureza.
O Império Maia construiu pirâmides com escadarias, prova de que possuíam grande conhecimento em engenharia e arquitetura. Além disso, produziram esculturas em terracota e costumavam manusear cerâmica e cobre.
Os maias tinham também conhecimento em astronomia, desenvolvendo um calendário solar preciso, com ciclos de 52 anos. Quem não lembra da suposta previsão do calendário maia sobre o fim do mundo no ano de 2012?
Os astecas
Os astecas são considerados o império mais poderoso e desenvolvido dentre os povos ameríndios. O poder centralizado no imperador, apesar da existência de cidades-estados com reis, é exemplo do alto nível de organização.
Onde os Astecas estavam localizados?
Os astecas viveram em uma região próxima do que hoje é a Cidade do México. O Império tinha Tenochtitlán como capital.
Organização política e social dos astecas
O poder no Império Asteca estava concentrado nas mãos do imperador, que governava a partir da capital. Na chegada dos espanhóis ao continente americano, o imperador era Montezuma, que acreditou que os europeus eram, na verdade, divindades.
Mesmo organizados em uma estrutura hierárquica clara, com escravos e servos na base, famílias da casa grande no meio e sacerdotes no topo, a sociedade Asteca permitia a mobilidade social. Ou seja, um indivíduo de uma classe baixa poderia trabalhar até alcançar estratos mais elevados na pirâmide social.
A Economia no Império Asteca
Assim como maias e incas, os astecas tinham sua economia baseada na agricultura, com forte investimento na plantação de milho, algodão, feijão e pimenta.
Foram os astecas que inventaram o chocolate, que ao invés de um alimento doce, era uma bebida amarga oferecida aos deuses.
Como eram a cultura, religião e conhecimentos dos astecas
Os astecas tinham profundo conhecimento em metalurgia, produzindo ornamentos de ouro e prata com facilidade. Para eles, esses metais não tinham o mesmo valor que para os povos europeus. Além disso, desenvolveram-se na arquitetura, astronomia e matemática.
FONTES: https://querobolsa.com.br/enem/historia-geral/maias-incas-e-astecas
- Chinchasuyu (norte);
- Antisuyu (leste);
- Contisuyu (oeste);
- Collasuyu (sul).
Indígenas do Brasil
Os Indígenas do Brasil sempre sofreram com o contato estabelecido com europeus e brasileiros, tanto pela dizimação física (genocídio) quanto pela violência cultural (etnocídio).
Ao contrário do que sempre pensamos e do que os livros didáticos contavam, os portugueses não foram os primeiros povoadores do Brasil, pois havia habitantes nativos aqui antes da chegada dos europeus. Esses habitantes nativos e suas comunidades foram chamados pelos europeus de indígenas, fazendo referência às Índias, local ao qual os portugueses acreditavam ter chegado.
Os indígenas, habitantes das comunidades indígenas, até o ano de 1500, momento dos primeiros contatos com os europeus, possuíam mil e quatrocentos povos, aproximando-se de um quantitativo de 3 a 5 milhões de indígenas.
As comunidades indígenas possuíam e ainda possuem características diferentes, começando pela língua: existiam e ainda existem vários troncos linguísticos, como o Tupi ou Macro-Tupi, Macro-Jê e Aruak.
Essas comunidades também apresentavam e ainda apresentam diferentes práticas culturais, diferentes crenças e diversos ritos religiosos. Segue um breve levantamento de alguns povos indígenas que habitam ou já habitaram o território brasileiro: Araweté, Avá-Canoeiro, Bororo, Cinta larga, Guarani, Javaé, Kaingang, Karajá, Kayapó, Krahó, Munduruku, Pataxó, Tapirapé, Terena, Ticuna, Tupinambá, Xakriabá, Xavante, Xerente, Xingu, Yanomami, entre outros.
Os povos indígenas eram divididos em nômades e seminômades: eles se deslocavam constantemente de uma região para outra até o esgotamento dos recursos vegetais e animais disponíveis, ou seja, deslocavam-se à procura da pesca, da caça e do pequeno plantio para a sobrevivência.
Grande parte dos povos indígenas morava em aldeias, pequenas comunidades. Muitos pesquisadores das culturas indígenas defendiam a ideia de que esses povos possuíam uma organização política, mas não tão complexa como a dos não índios. Geralmente as lideranças de uma aldeia derivariam dos valores culturais e sociais que os guerreiros e chefes espirituais ostentariam dentro de suas comunidades.
Durante o contexto histórico brasileiro (desde 1500 até a atualidade), os povos indígenas sofreram um processo de conquista, dizimação física (genocídio) e violência cultural (etnocídio) iniciado pelos portugueses e perpetuado, posteriormente, pela população brasileira.
Atualmente, segundo pesquisas do órgão do governo, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 734.131 pessoas se declaram como indígenas, mas, segundo a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), se considerarmos como índios somente as pessoas que habitam as reservas indígenas, o número do IBGE reduziria para 358 mil indígenas, com a sua grande maioria concentrada nas regiões do Nordeste, Amazonas e Centro-Oeste.
Muitos dos hábitos, costumes, alimentação e crenças da sociedade brasileira são herança direta dos povos indígenas, como, por exemplo: o hábito de andar descalço, o costume de dormir em rede, o hábito da pesca e caça, alimentação à base de mandioca, farinha, polvilho, beiju, além das crenças na eficácia das plantas como alternativa para cura de doenças.
Mapa ilustra o caminho percorrido pelos primeiros humanos na América.
Bibliografia:
RINKE, Stefan. História da América Latina: das culturas pré-colombianas até o presente. EDIPUCRS, 2012.
PROUS, André. O Brasil Antes dos Brasileiros: A Pré-história do Nosso País. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
Períodos da História
Entre os povos cristãos ocidentais, há uma periodização histórica bastante utilizada. Conforme essa periodização, chamamos de Pré-História o período que vai desde o aparecimento do homem primitivo (hominídeos) até o surgimento da escrita.
A partir daí, inicia-se a História propriamente dita, que, no caso ocidental, divide-se em quatro partes. Confira:
- Idade Antiga: vai do fim da Pré-história (aparecimento da escrita) até o século V d.C. (queda do Império Romano do Ocidente, em 476).
- Idade Média: vai do fim da Antiguidade até o século XV (queda de Constantinopla, em 1453).
- Idade Moderna: vai do fim da Idade Média até o fim do século XVIII (Revolução Francesa, em 1789).
- Idade Contemporânea: vai do fim da Idade Moderna até os dias atuais.
O tempo
A Contagem do Tempo na História varia
de acordo com cada povo e época. Os primeiros povos fizeram seus calendários
tendo como referência os ciclos da natureza, suas crenças e seus costumes.
Por isso, nem todos os países seguem o mesmo calendário
Tempo Cronológico e Tempo Histórico
O tempo cronológico é definido como o tempo onde se desenrolam as
atividades humanas: nascimento, crescimento, ir para a escola, as festas, etc.
O tempo histórico são os acontecimentos que marcam um povo, uma nação, ou as
vezes a humanidade. Como exemplo poderíamos citar uma guerra, a construção de
uma grande obra, a descoberta da cura de uma doença, etc. Como nem sempre o
tempo cronológico e o histórico coincidem, existem povos que vivem diferentes
momentos históricos no mesmo tempo cronológico. Exemplo: apesar de vivermos
numa sociedade informatizada, várias pessoas ainda não têm acesso a essa
tecnologia. Mesmo dentro da sociedade informatizada existem vários níveis de
conexão também.
Religião
A religião de um indivíduo e de um
povo talvez seja o elemento que mais influencie na criação de um calendário.
Judaísmo
Calendário judaico com os nomes dos meses em hebraico e seus
correspondentes no calendário cristão
Islamismo
Calendário islâmico com os nomes dos meses em árabe e seus correspondentes ao calendário cristão
Os muçulmanos têm como referência o ano em que Maomé fugiu de Meca para
Medina, isso ocorreu 622 anos depois do nascimento de Cristo. Em países como a
Arábia Saudita este é o calendário observado.
Cristianismo
Calendário cristão e o tempo litúrgico observado pela Igreja Católica Romana
Para os cristãos os acontecimentos são registrados entre o que aconteceu antes de Cristo (a.C.) e depois do nascimento de Cristo (d.C.).
Para a história ocidental, as datas referenciadas antes de Cristo devem ser seguidas de a.C., já os fatos ocorridos depois não necessitam da sigla d.C.
É importante ressaltar que nem todas as igrejas cristãs seguem este calendário. A Igreja Católica Ortodoxa não aderiu à reforma gregoriana e manteve o calendário juliano
Fonte: https://www.coladaweb.com/geografia/surgimento-primeiras-cidades
As Eras da Pré-história.
Paleolítico é um dos períodos em que está dividida a Pré-história. Ele é o primeiro dos períodos, sendo comumente compreendido entre 2,7 milhões de anos até 10.000 anos atrás.
O Paleolítico é também conhecido como Idade da Pedra Lascada. Esse nome é decorrente de uma habilidade desenvolvida pelos primeiros seres humanos na produção de ferramentas e instrumentos de trabalho.
Para usar as pedras como objetos cortantes, utilizados para diversas atividades cotidianas, as pessoas desse período batiam uma pedra na outra (geralmente sílex, quartzo e quartzito) com o objetivo de lascar uma delas e assim conseguir criar uma lâmina rudimentar, utilizada para cortar ou raspar. Com essas pedras, podiam construir machados e outros instrumentos. Eram utilizados ainda ossos e dentes de animais como ferramentas.
Neolítico é uma divisão cronológica da chamada Pré-História da Humanidade, compreendida entre 10.000 a.C. e 4.000 a.C. Neolítico significa “pedra nova” ou ainda Idade da Pedra Polida.
Tais denominações indicam que as divisões nesse período da existência humana foram feitas a partir do desenvolvimento de artefatos produzidos pelos homens, bem como pelo desenvolvimento de algumas práticas referentes à sua ação sobre a natureza.
O fato de utilizarem artefatos construídos a partir de pedras polidas dava maior precisão ao corte dos instrumentos de caça, pesca e também de utilização cotidiana. A maior parte dos artefatos era feita de sílex ou quartzo, mas também de ossos de animais e marfim, chegando ao final do período ao desenvolvimento de artefatos de metal.
SER NÔMADE É:
O nomadismo é uma forma de vida que esteve presente nos grupos humanos, especialmente antes da Revolução Agrícola. É uma prática humana de grupos que, ao invés de viverem fixos em um só local, espalham-se pelo território à procura de alimento. Sua caminhada gira em torno dos recursos naturais disponíveis: quando estes se esgotavam, movia-se para outros locais. Entre 1 milhão de anos e 10 mil anos a humanidade viveu de forma nômade.
Os nômades viviam da caça de animais e da coleta de frutos da natureza. Porém, ao longo do tempo, homens e mulheres foram desenvolvendo diferentes técnicas para suas atividades. Desta forma, se inicialmente caçavam pequenos animais, com o desenvolvimento de novas técnicas e utensílios passaram a caçar animais maiores, que auxiliavam na manutenção e sobrevivência do grupo.
Ao passo que os grupos foram tornando-se sedentários foram também se tornando dependentes do trabalho coletivo. Seriam, portanto, os nômades mais livres que os sedentários? Embora os grupos nômades não tenham criado um sistema complexo de relações de trabalho, suas vidas eram pautadas pelas condições climáticas, pelo ritmo e necessidades do grupo, pela incidência de animais, dentre tantas outras questões. A liberdade, portanto, era também bastante limitada. Há 10 mil anos iniciou-se a atividade agrícola, que se espalhou pelo mundo. A agricultura possibilitou a vida sedentária, o aumento populacional e o cultivo de alimentos que sustentavam um grupo durante todo o ano. A necessidade de cultivo fez com que se tornasse necessário o domínio dos rios e a construção de obras públicas, o que ocasionou em uma Revolução Urbana.
Agricultura, experiências com novas sementes, medidas de alcance social, revolução verde, campo da química e da genética, as inúmeras inovações introduzidas no campo.
A posição de domínio da espécie humana na Terra seria inconcebível se não lhe tivesse ocorrido, desde seus primeiros ensaios de vida em grupo, metodizar e incrementar a extração de alimentos que a natureza espontaneamente lhe dava. O surgimento de técnicas de plantio e, a seguir, de criação de animais foi o pilar central da formação de sociedades estáveis em que o homem passou de coletor, ou predador, a construtor engenhoso da sobrevivência grupal.
O conjunto dessas técnicas deu forma à mais antiga das artes, que iria transformar-se, ao passar dos séculos, numa ciência de leis codificáveis e em renovação permanente: a agricultura, palavra que deriva do latim ager, agri (campo, do campo) e cultura (cultura, cultivo) -- o modo de cultivar o campo com finalidades práticas ou econômicas.
A palavra etnocentrismo contém os radicais “etno” (derivado de etnia, que significa, por sua vez, semelhança de hábitos, costumes e cultura) e “centrismo” (posição que coloca algo no centro, como referência central a tudo que está a sua volta). A visão etnocêntrica é aquela que vê o mundo com base em sua própria cultura, desconsiderando as outras culturas ou considerando a sua como superior às demais.
Relativismo Cultural
O Relativismo Cultural busca entender os valores culturais de uma sociedade a partir dos padrões vigentes neste grupo social.
Desde a Antiguidade, com o filósofo Protágoras de Abdera, havia uma escola filosófica que defendia essa visão.
No final do século XIX, a fim de rechaçar o etnocentrismo e o positivismo, a ideia de relativismo cultural ganhou força, através das obras de Franz Boas (1858-1942).
Definição de Relativismo Cultural
Antes de compreender o que é relativismo cultural é preciso definir relativismo e cultura.
Relativismo
O relativismo entende que não há nenhuma verdade absoluta, nem no âmbito moral e no campo cultural. Por isso, propõe uma abordagem cultural e moral sem julgamentos pré-concebidos.
Cultura
Por sua parte, a cultura pode ser entendida como o conjunto de elementos materiais ou imateriais que pertencem a uma mesma comunidade.
É importante lembrar que não estamos falando somente das artes e sim dos costumes e tradições de um povo.
Relativismo Cultural: o que é?
Assim sendo, o relativismo cultural propõe o entendimento de povos e culturas diferentes através de suas próprias crenças.
IMPÉRIOS AFRICANOS:
Cultura Imaterial
Associada aos hábitos, comportamentos e costumes de determinado grupo social está a cultura imaterial ou patrimônio cultural imaterial.
Este representa os elementos intangíveis de uma cultura. Sendo assim, ele é formado por elementos abstratos que estão intimamente relacionados com as tradições, práticas, comportamentos, técnicas e crenças de determinado grupo social. Diferente do patrimônio material, este tipo de cultura é transmitida de geração em geração.
Vale notar que a cultura imaterial está em constante transformação, uma vez que seus elementos são recriados coletivamente. Isso faz com que o patrimônio intangível seja muito vulnerável.
Por esse motivo, muitos programas e projetos vêm sendo desenvolvidos no Brasil e no mundo com o intuito de levantar e registrar essas práticas.
Em outubro de 2003, na cidade de Paris, França, ocorreu a “Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial”. Esse evento representou um grande avanço para o entendimento e importância desse conceito:
“Entende-se por “património cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e competências – bem como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, grupos e, eventualmente, indivíduos reconhecem como fazendo parte do seu património cultural. Este património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio envolvente, da sua interacção com a natureza e da sua história, e confere-lhes um sentido de identidade e de continuidade, contribuindo assim para promover o respeito da diversidade cultural e a criatividade humana.” (Artigo 2.º: Definições)
Exemplos de Bens Imateriais
- Danças
- Músicas
- Literatura
- Linguagem
- Culinária
- Rituais
- Festas
- Feiras
- Lendas
Documentos antigos /Jornais / Cartas
Uma fonte histórica pode receber mais de uma classificação, como vimos em sala de aula. Exemplo: Um mapa antigo é uma fonte material e iconográfica (ou imagética).
Detetive - é uma palavra de origem inglesa, que significa detectar um fato, pilhar, investigar, desmascarar suas circunstancias e pessoas neles envolvidas.
Como termo policial, detetive é aquele que investiga fatos, suas circunstâncias e as pessoas neles envolvidas. Um detetive é um investigador, e pode ser membro da polícia ou autônomo (particular). Detetives autônomos operam comercialmente e são licenciados. Na ficção, detetive é qualquer pessoa que resolve crimes.
Podemos citar alguns detetives da ficção como exemplo: Sherlock Holmes, Batman, Scooby Doo, entre outros.
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Historiador - é um indivíduo que estuda e escreve sobre a história e é considerado uma autoridade neste campo. Historiadores se preocupam com a narrativa contínua e ordenada, bem como a pesquisa dos eventos passados relacionados ao ser humano, e o estudo dos eventos ocorridos ao longo do tempo. Embora o termo historiador possa ser usado para descrever tanto os profissionais quanto os amadores da área, costuma ser reservado para aqueles que obtiveram uma graduação acadêmica na disciplina. Alguns historiadores, no entanto, são reconhecidos unicamente com mérito em seu treinamento e experiência no campo. Tornou-se uma ocupação profissional no fim do século XIX.
Além da construção dos fatos que aconteceram no passado, o historiador ainda pode desempenhar outras funções: