ATUALIDADES - 6º ANO AZUL

ATUALIDADES - 6º ANO AZUL

Sejam bem-vindos, queridos alunos! Mais um ano letivo ira começar e temos muito para aprender. Mas também muitas aventuras para viver e sorrisos para compartilhar.

Que cada dia seja uma nova descoberta e aproxime a todos de um futuro de sucesso. E que o respeito, a amizade e a alegria estejam presentes em cada novo dia. Bom ano letivo para todos!

"Tenho fé de que chegará um tempo quando as pessoas entenderão umas as outras" - Jiraiya

28/11 a 02/12 - Atividade em Sala

21/11 a 25/11 - 5 razões pelas quais o Dia da Consciência Negra é tão necessário

A data escolhida, 20 de novembro, marca a morte de Zumbi dos Palmares, que lutou pela liberdade da população negra

Dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra. A escolha da data — que celebra a luta da população negra no país por liberdade, garantia de direitos e contra uma estrutura social racista — remete aos anos 1970, período em que o Brasil ainda enfrentava a ditadura militar.

Em 1971, o Grupo Palmares, que reunia militantes e pesquisadores da cultura negra brasileira em Porto Alegre, defendeu a necessidade de ser criada uma referência mais legítima para os negros do que o institucional 13 de maio, dia em que a Lei Áurea foi assinada. Optaram então pelo 20 de novembro, que marca a morte de Zumbi dos Palmares, importante liderança que lutou pela contra a tirania escravagista e pela liberdade da população negra.

Em 2011, a Lei nº 12.519 instituiu a efeméride em âmbito nacional. Cerca de mil cidades, além dos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro, decretaram feriado na data, que é também uma oportunidade para que as pessoas, principalmente as brancas, reflitam sobre o papel que desempenham na manutenção de uma sociedade que permanece racista e o que é possível fazer para reverter isso. Veja 5 razões pelas quais o Dia da Consciência Negra é tão necessário:

1. Disparidade no mercado de trabalho
No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mesmo que o nível de escolaridade seja semelhante, pessoas negras recebem um salário menor que pessoas brancas. Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio mensal das pessoas brancas ocupadas (R$2.796) foi 73,9% superior ao da população preta ou parda (R$1.608). Além disso, as pessoas negras estão menos presentes em altos cargos ou de chefia, que oferecem melhores salários.

2. Violência
De acordo com Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os altos números de violência letal contra a população negra são uma das principais expressões da desigualdade racial no Brasil. Em 2018, a população negra representou 75,7% das vítimas de homicídios no Brasil, com uma taxa de 37,8 mortes por 100 mil habitantes. Entre não-negros (somatório de brancos, amarelos e indígenas) a taxa foi de 13,9.

Na noite do de quinta-feira (19), a mesma Porto Alegre na qual militantes defenderam a criação do Dia da Consciência Negra foi palco de mais um episódio de violência contra negros: João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, foi espancado até a morte por dois seguranças do supermercado Carrefour no bairro Passo d'Areia, na zona norte da cidade.

3. Violência Policial
Em 2019 o Brasil bateu o recorde de mortes causadas por intervenções policiais e 79,1% das vítimas foram pessoas pretas e pardas. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que monitora o indicador desde 2013.

4. Dificuldade em continuar estudando
Embora a escolaridade no Brasil tenha avançado, ainda hoje existem 10,1 milhões de jovens que não completaram alguma das etapas da educação básica. Do total, 71,7% são pretos ou pardos. A principal justificativa para o abandono escolar é a necessidade de trabalhar.

5. Intolerância religiosa
As religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, são as que mais sofrem por intolerância no Brasil. Segundo dados do Disque 100, que monitora violações de direitos humanos no país, das 503 denúncias recebidas por discriminação religiosa, o maior número, 72, foi contra a umbanda, seguido pelo candomblé, com 47 casos.



14/11 a 18/11 - Feriado


07/11 a 11/11 - Racismo no trailer do Filme: A Pequena Sereia


Análise: como responder a argumentos racistas contra “A Pequena Sereia”

Comentários sobre a escolha de Halle Bailey como Ariel inundaram a internet nos últimos dias; aqui, um roteiro definitivo para acabar com qualquer discussão


Halle Bailey: a próxima Ariel da Disney, no filme "A Pequena Sereia"
Halle Bailey: a próxima Ariel da Disney, no filme "A Pequena Sereia"Disney/Reprodução

Desde que a Disney lançou o primeiro teaser de seu remake live-action de “A Pequena Sereia”, a internet foi inundada com uma onda de críticos reclamando que Ariel, a mulher peixe subaquática completamente fictícia, não deveria ser negra.

Hashtags como #notmyariel (#nãoéminhaariel) estão circulando nas mídias sociais, e o YouTube escondeu o contador de desgostos no vídeo oficial depois que foi bombardeado com comentários racistas e mais de 1,5 milhão de “não curtidas”.

Um grupo de críticos chegou a compartilhar uma versão digitalmente alterada do teaser que apresentava uma mulher branca no lugar da estrela do filme, Halle Bailey.

Até agora, sabemos que não é incomum ver respostas racistas sempre que uma pessoa de cor é escalada para um papel considerado “tradicionalmente” branco.

Embora existam muitas razões legítimas para não gostar de um filme, esses críticos geralmente escondem seu desconforto por trás de outros argumentos fracos, alegando precisão histórica ou cultural, ou até mesmo ciência.

Aqui estão alguns argumentos que as pessoas levantaram para protestar contra a escolha do elenco:

“A Pequena Sereia” é uma história dinamarquesa, portanto Ariel deveria ser branca

A história original da “Pequena Sereia” foi escrita por Hans Christian Andersen e publicada pela primeira vez em 1837. Se considerarmos esse argumento, de acordo com o texto, Ariel e o resto de seus parentes sereia são criaturas das profundezas do oceano e de um período muito antigo no tempo. Então, não é Dinamarca ou qualquer lugar perto dela.

Se os críticos estão realmente preocupados em permanecer fiéis à história original, não devemos encobrir o final original em que a sereia é instruída a matar seu príncipe, mas joga a faca fora em desespero e se dissolve em espuma do mar.

Sem mencionar que, enquanto a versão da Disney de 1989 tem um príncipe Eric com olhos azuis brilhantes, Anderson descreveu especificamente o príncipe como tendo “olhos pretos como carvão” e “cabelos negros”.

As sereias vivem no fundo do mar e, portanto, não teriam pele escura

“Do ponto de vista científico, não faz muito sentido ter alguém com pele mais escura que vive no fundo do oceano.”

É o que diz o especialista de extrema-direita Matt Walsh, que opinou sobre o elenco de “A Pequena Sereia” no “The Matt Walsh Show”. Ele afirma que enquadrou o comentário como uma piada, já que ele continua dizendo que “não apenas a Pequena Sereia deve ser pálida, ela deve, na verdade, ser translúcida”.

No entanto, o contexto de seu comentário ainda é racialmente carregado, e ele ainda sugere que a pele pálida está mais próxima de uma sereia “científica” do que a pele escura.

Novamente, se vamos dar uma olhada acadêmica nesses pedaços desnecessários de discurso, nem todas as criaturas abissais são pálidas.

Nem todas as criaturas subaquáticas são pálidas. Além disso, como as sereias também se aproximam o suficiente da superfície para ver outros humanos, se você quiser olhar para isso cientificamente, as sereias provavelmente teriam um tipo específico de pigmentação que permitia tanto a existência de mar profundo quanto de águas rasas.

Também sabemos que, séculos atrás, os marinheiros muitas vezes confundiam um animal em particular com uma sereia: o peixe-boi, que não é pálido. (Vale lembrar, “A Pequena Sereia” não é real)

As sereias são uma figura mitológica europeia e, portanto, Ariel deveria ser branca

Inúmeras mensagens no Twitter surgiram com pessoas tentando argumentar sobre o folclore europeu, ou mesmo épicos de Homero como “A Odisseia”, que têm algum tipo de monopólio sobre a ideia de sereias.

Na realidade, é fascinante ver quantas culturas diferentes ao longo da história chegaram a temas folclóricos paralelos. Criaturas humanoides que habitam a água fazem parte de inúmeras mitologias ao redor do mundo.

O folclore do leste asiático e oceânico está repleto de histórias de reinos subaquáticos e seres bons e maus, desde o Magindara em algumas regiões das Filipinas até o conto da princesa indiana Suriratna ou Hwang-ok que chegou à Coreia do Sul.

Contos folclóricos do Oriente Médio compilados na coleção clássica “Arabian Nights”, que remonta a mais de mil anos, apresentam vários relatos de criaturas humanas que habitam o mar.

Em partes da África continental e entre a diáspora africana, o folclore descrevendo espíritos da água, muitas vezes na forma de belas mulheres, é comum. De acordo com a mitologia Shona no Zimbábue, os “njuzu” são sereias que ocupam lagos ou rios.

(Além disso, nem todos os europeus são brancos. E “A Pequena Sereia” não é real.)

Fazer Ariel Black está arruinando a infância e mudando o personagem

Em fóruns e seções de comentários em toda a internet, as pessoas estão debatendo se um novo Ariel de pele escura de alguma forma nega ou apaga a versão clássica de 1989.

“A Pequena Sereia” de 1989 da Disney ainda está disponível para assistir, possuir e compartilhar. A personagem animada de Ariel faz parte da lucrativa franquia “Disney Princess” da Disney e seu nome e imagem são propriedades valiosas e fortemente registradas da Disney. A Ariel ruiva e de pele clara está aqui para ficar.

Longe de arruinar a infância, muitos fãs pensam que fazer uma leitura diferente de Ariel só aumentará a magia da Disney. Basta olhar para as doces reações de crianças negras e os elogios de ícones da Disney como Jodi Benson, a voz da Ariel original.

Mais importante, o remake de um filme não apaga a existência dos filmes anteriores: Mr. Darcy de 1999 e Mr. Darcy de 2005 vivem em harmonia com todos os outros personagens dos cerca de 300 remakes de “Orgulho e Preconceito”.

A história de “Cinderela”, que antecede até a famosa versão dos Irmãos Grimm, parece ter um remake diferente a cada ano.

Uma versão notável, “Cinderella”, de 1997, apresentava um elenco racialmente diversificado que incluía a cantora Brandy como a primeira Cinderela Negra e Whitney Houston como a fada madrinha. Foi ao ar na TV como parte do “Mundo Maravilhoso da Disney”.

Embora a Disney tenha produzido uma releitura muito famosa de “A Pequena Sereia”, não é o primeiro, único ou universalmente definitivo trabalho. Ninguém possui o conceito de sereias ou como elas se parecem. Um adolescente branco e ruivo animado não é a única versão de “A Pequena Sereia” que existe.

Além disso – e isso é muito importante – “A Pequena Sereia” não é real.

Filme de 2022:


Filme Original:


27/10 - Atividade em Sala

20/10 - A meritocracia é uma armadilha?

Em suas origens, a meritocracia fez sentido: com ela se lançava por terra o sistema aristocrático que dominou a maior parte da história da humanidade, com privilégios herdados de geração em geração. Agora ela perpetua mitos e a desigualdade

 É possível que se você chegou a certa posição socioeconômica, conseguiu reconhecimento social, um bom salário e um patrimônio considerável, o que conhecemos como sucesso, pense que foi exclusivamente por seus próprios méritos. Más notícias: também é muito possível que não tenha sido assim. No percurso vital de cada um o esforço conta, como é natural, mas o esforço sozinho é mais um fator onde também é preciso considerar outros que escapam ao nosso controle e vontade: o berço, a sorte e o talento. A vida é uma loteria, já cantava Marisol, e também tem muito de herança e de contatos.

Um sistema em que cada um consiga aquilo que merece graças ao trabalho duro se chama meritocracia. Soa bem, e muitas vezes nos dizem que vivemos em uma, e que, pelo menos, isso seria desejável. Mas vários especialistas consultados para esta reportagem alertam: a meritocracia não existe em nossas sociedades e não está claro que sua existência nos trará virtude. Nas últimas décadas a brecha entre os vencedores e os perdedores aumentou, gerando sociedades mais polarizadas e desiguais em rendimentos e riqueza. A conceitualização do sucesso também mudou: “Os que chegaram no topo acreditam que seu sucesso é obra sua, evidência de seu mérito superior, e que os que ficam para trás merecem seu destino da mesma forma”, diz o filósofo da Universidade Harvard Michael Sandel, prêmio Princesa de Astúrias de Ciências Sociais 2018 e autor do livro A Tirania do Mérito (Editora Civilização Braisleira, 2020). A realidade é que as coisas não são tão simples e a igualdade de oportunidades não existe. “Desde o começo do século se detecta um funcionamento pior de nosso elevador social”, diz o relatório Espanha 2050 elaborado pelo Governo de Pedro Sánchez. “Na Espanha, nascer em famílias de baixa renda condiciona as oportunidades de educação e desenvolvimento profissional em maior medida do que em outros países europeus”.

Não é a mesma coisa nascer em um bairro pobre de Madri como Vallecas, por exemplo, e em um bairro rico como La Moraleja. Não é a mesma coisa nascer em um país desenvolvido onde é possível construir uma carreira bem-sucedida e em um país onde tudo é mais difícil. Os golpes de sorte muitas vezes são cruciais na trajetória das pessoas. O talento tem ótima fama, mas sequer é merecido, e sim inato. Não basta ter talento, e sim descobri-lo e encontrar o ambiente adequado ao seu desenvolvimento. Além disso, o talento deve ser apreciado pelo mercado: não é a mesma coisa ter talento para jogar futebol, como Lionel Messi, e ter talento para jogar badminton.

“O talento e o esforço produzem pouco na ausência de um entorno social bem desenvolvido”, diz o economista da Universidade Cornell Robert H. Frank, autor do livro Success and Luck: Good Fortune and the Myth of Meritocracy (Sucesso e sorte: Boa Fortuna e o Mito da Meritocracia), que também aponta um dos feitos perniciosos da meritocracia: “As pessoas que minimizam a contribuição ao seu sucesso de um entorno propício estão menos dispostas a apoiar os investimento públicos necessários para manter esse entorno”. Nesse sentido, a meritocracia pode corroer as políticas sociais, o Estado de bem-estar, idealizados, justamente, para equilibrar o terreno social e diminuir as desigualdades. O imposto de sucessão, outra forma de reequilibrar a sociedade limando as heranças, é frequentemente ridicularizado (às vezes, por defensores habituais da meritocracia). Se legitimamos uma sociedade onde os poucos que ganham levam tudo, se isso parece justo e natural, se deslegitima a redistribuição da riqueza e a justiça social. “A ideia de meritocracia é utilizada para que um sistema social profundamente desigual pareça justo quando não o é”, diz a socióloga da Universidade de Londres Jo Littler, autora de Against Meritocracy: Culture, Power and Myths of Mobility (Contra a meritocracia: cultura, poder e mitos da mobilidade).

A inexistente meritocracia frequentemente é lubrificada com as fecundas ideias do mito do empreendimento, do coaching e do pensamento positivo (a happycracia descrita por Eva Illouz e Edgar Cabanas): você pode conseguir o que você quiser, você deve empreender, você deve sair da sua zona de conforto e romper seus limites. É uma doutrina própria do capitalismo vigente que premia especialmente o individualismo e a competição, sob a ideia meritocrática de que quem mais trabalhar será o mais bem-sucedido: o caminho ao sucesso costuma ser uma luta solitária e contra os outros, que não tem muito a ver com o progresso coletivo. Os veículos de comunicação e as estantes da livrarias estão repletos de exemplos moralizantes de superação pessoal e manuais para a ascensão ao topo, muitas vezes lutando contra as condições mais adversas. Quem for mal ou regular só pode pensar que algo não funciona consigo mesmo, desconsiderando os problemas estruturais da sociedade, o que pode causar ansiedade, desânimo e rancor.

Curiosamente, a meritocracia foi louvada tanto por políticos liberais e conservadores como progressistas. A direita elogiou amplamente a “Espanha que madruga”. Nos discursos de Barack Obama é fácil encontrar elogios ao esforço pessoal como forma de prospeear na vida. “A ideia de que vivemos em uma meritocracia em que qualquer um pode fazê-lo foi expressa, por exemplo , por progressistas, antirracista e feministas, mas ao mesmo tempo por capitalistas”, diz a socióloga Jo Littler. Essa ideia é essencial, afirma, à postura neoliberal socialmente progressista de empresas partidárias da “igualdade de oportunidades” entre seus empregados e às políticas de Bill Clinton e Tony Blair. “Para os conservadores, o mérito mantém o status quo substancialmente intacto, enquanto se apresenta como fresco e aberto: isso é fundamental às versões direitistas da meritocracia”, opina Littler.

Em suas origens, a meritocracia fez sentido: com ela se lançava por terra o sistema aristocrático que dominou a maior parte da história da humanidade, esse em que os privilégios eram herdados de geração em geração, direcionados por parâmetros como a classe, a raça, a casta e o gênero. “Foi permitido que as pessoas avançassem não se baseando em sua criação, e sim em suas próprias conquistas”, diz o jurista da Universidade Yale Daniel Markovits, autor do livro The Meritocracy Trap (A Armadilha da Meritocracia). “Pelo fato de que nenhuma casta e classe têm o monopólio do esforço e do talento (e dado que os velhos aristocratas não eram especialmente trabalhadores e capazes), a meritocracia ajudou a desmantelar a hierarquia aristocrática”. Por um tempo pareceu uma boa ideia. Depois se transformou, na visão de Markovits, em uma armadilha que prende os ricos em uma corrida sem fim para que seus descendentes tenham a melhor formação acadêmica (como ficou evidenciado no recente escândalo dos milionários que pagavam fortunas para colocar seus filhos nas melhores universidades dos Estados Unidos, como mostra o documentário Operation Varsity Blues, na Netflix). Essa corrida exclui os pobres, que, para além do plano discursivo, dificilmente podem cumprir o ideal meritocrático, ou seja, o sonho americano.

Mas ainda que a meritocracia existisse, talvez não fosse desejável: “É corrosiva ao bem comum”, diz o filósofo Michael Sandel, “oferece a todos a oportunidade de subir pela escada do sucesso sem notar que os degraus da escadaria podem estar cada vez mais separados. E assume que a sociedade é uma corrida com vencedores e perdedores”. Segundo o filósofo, essa forma de pensar cria elites arrogantes e classes populares humilhadas e ressentidas, a quem disseram que não são suficientemente boas. Por isso, segundo Sandel, fenômenos de reação contra as elites como o populismo de Trump e o Brexit. Porque esse é o reverso tenebroso da meritocracia: se você não fez sucesso você não tem valor, é tudo culpa sua.

O que fazer? A desigualdade, que encontra justificativa na ideias meritocráticas é, junto com a mudança climática, uma das maiores ameaças à estabilidade do sistema, como dizem muitas vozes até mesmo do próprio coração do capitalismo: leva à polarização social, ao auge dos totalitarismos e ao descrédito popular das democracias liberais. Mas “o círculo vicioso que inflou a crescente desigualdade meritocrática pode ser substituído por um círculo virtuoso que assegure a igualdade democrática para todos”, diz Markovits. Para minimizar essa desigualdade é fundamental conseguir uma educação pública eficiente que chegue a todas as camadas da sociedade, assim como a diminuição do desemprego e o desaparecimento dos empregos precários, em uma época em que a aceleração tecnológica complica o mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que são propostas rendas básicas para manter a coesão social. Uma ideia que ganha cada vez mais força (por exemplo, nas ideias do presidente norte-americano Joe Biden): “A melhor resposta política à desigualdade produzida pela sorte é conseguir um maior investimento público, taxando mais os ricos”, conclui o economista Robert H. Frank.



03/09 - Atividade em Sala

25/09 - Financiamento de Campanha Eleitoral: como funciona?

Como funciona o financiamento de campanha eleitoral?

Antigamente, para ocupar um cargo público, as coisas eram bem “tranquilas”, bastava nascer herdeiro do trono e você já estava pronto para assumir – exceto, é claro, no caso de um assassinato premeditado pelo próximo parente na sua linha sucessória ou uma morte precoce (e não foram poucas), mas nem se pensava em financiamento de campanha. Com o surgimento dos direitos políticos, e a ampliação dos conceitos de cidadania e participação popular, as coisas mudaram bastante.

Com o estabelecimento de eleições para cargos públicos e com a expansão dos direitos políticos a um número maior de eleitores – em especial, com a conquista do voto feminino -, passamos a ver um bom número de pessoas dispostas a concorrer por um cargo político.

Mas para se candidatar hoje, se você não for um ex Big Brother ou não estiver num vídeo viral (aqueles que muita gente assiste), pode ter certeza de uma coisa: você vai precisar de dinheiro para impulsionar sua campanha de algum jeito. Logo, o candidato deve estar a par dos meios de financiamento de campanha, caso contrário, dificilmente será competitivo nas eleições.

A pergunta que vem agora é: quais as formas de você ou seu candidato angariar dinheiro para uma campanha eleitoral?

Abaixo você saberá tudo sobre os tipos de financiamento de campanha existentes, suas vantagens e desvantagens, qual deles se aplica no nosso país e o que é importante saber para financiar uma campanha eleitoral no Brasil.

Quais os tipos de financiamento de campanha eleitoral?

Antes de irmos para as normas brasileiras, vamos abordar os tipos de financiamento de campanha existentes. Basicamente são três (AGRA, 2019):
Modelo de Financiamento Privado;
Modelo de Financiamento Público;
Modelo de Financiamento Misto.

No modelo de Financiamento Privado, os recursos são obtidos por meio de doações de pessoas físicas ou jurídicas aos partidos políticos e/ou aos candidatos e por meio da contribuição dos filiados aos respectivos partidos.

Ou seja, o candidato ou o partido com os melhores doadores consegue mais valores para suas campanhas do que os demais.

No Financiamento Público, os recursos são obtidos da sociedade por meio de tributos ou fontes similares. Geralmente, o montante arrecadado é atribuído a um fundo controlado por um órgão governamental.

Sendo assim, os valores deste fundo são distribuídos para as campanhas de acordo com critérios capazes de permitir uma equidade na divisão dos valores, ou seja, uma igualdade entre os participantes.

Além disso, a repartição ocorre por meio de uma avaliação de quais agremiações obtiveram melhores resultados em outros pleitos eleitorais.

No modelo de Financiamento Misto, há distribuição de recursos de origem pública e privada. Por exemplo, pode haver um fundo público com um certo montante para as campanhas ao mesmo tempo que pode haver doação de pessoas físicas ou jurídicas. Busca-se ampliar as fontes com o objetivo de equilibrar o conjunto de vantagens e desvantagens de cada modelo.

Cada país regula por suas leis a forma que melhor se adeque a sua realidade, inclusive, quanto às limitações e proibições. De acordo com Falguera et al (2015), na República do Congo, por exemplo, um doador pode contribuir com, no máximo, o equivalente a 1.000 (um mil) salários mínimos por ano.

Já na Alemanha, os fundos partidários são divididos de acordo com uma ponderação de fatores que envolve a quantidade de representantes eleitos nas últimas eleições e a quantidade de doações privadas recebidas pelos partidos.

Vantagens e desvantagens do modelo de financiamento privado

A vantagem mais visível deste modelo, segundo os estudiosos (TONIAL; DE OLIVEIRA, 2014), consiste na maior participação do cidadão. Como os partidos e os candidatos precisariam angariar simpatizantes e filiados para obterem recursos, o financiamento de campanha por meio de uma doação poderia indicar um alinhamento ideológico do doador e um aumento na participação popular em outras etapas do processo eleitoral e não apenas na votação.

Todos temos ciência de que quem tem mais dinheiro possui mais condições de influenciar economicamente uma sociedade. Com o uso de financiamento privado, a principal desvantagem aparece quando um indivíduo ou entidade utiliza de seu poderio econômico para eleger determinados candidatos e, posteriormente, cobre benefícios pessoais pelo resultado obtido.

Além disso, há a distorção entre os candidatos, uns com mais verba para campanha do que outros.

Há casos no Brasil de entidades que financiaram candidatos de vários partidos diferentes, inclusive, que concorriam entre si, apenas por possuírem muitos recursos e com o objetivo único de garantirem que alguns de “seus” candidatos seriam eleitos e depois lhes trariam benefícios.

Vantagens e desvantagens do modelo de financiamento público

Os defensores do financiamento público alegam, conforme Bichara (2012), como vantagens, a redução da influência dos interesses particulares nas atividades dos partidos, a diminuição da corrupção, maior equilíbrio na divisão dos recursos entre os partidos e candidatos, e a possibilidade de elevar os controles e a transparência no uso dos recursos para as campanhas.

A desvantagem está no próprio uso do dinheiro público, quando ele poderia ser empregado em alguma política pública ou em áreas como educação, saúde ou segurança pública.

Em um país como o Brasil, de dimensões continentais e uma das maiores populações do mundo, os custos de sua aplicação são ainda mais elevados, o que torna ainda mais oneroso para o erário público.

Vantagens e desvantagens do modelo de financiamento misto

O equilíbrio entre o modelo público e o modelo privado é a maior vantagem do modelo misto. Ele busca reduzir a dependência dos interesses particulares e ao mesmo tempo permite a participação de simpatizantes e filiados, o que agrega mais valor ao processo eleitoral e à participação popular nas eleições.

Por outro lado, um modelo misto traz o conjunto de desvantagens dos modelos privado e público. Apesar de reduzir as influências, não é possível impedir que haja corrupção.

Por outro lado, o uso de recurso público sempre gerará debates, à medida que reduz a capacidade de um país realizar investimentos sociais. A fiscalização é essencial para evitar a aplicação irregular das verbas públicas aplicadas nas campanhas e amenizar os efeitos do poder aquisitivo das fontes de financiamento privado.

[...]

Você sabia?
  • Nas eleições de 2018, o valor destinado à distribuição pelo Fundo Eleitoral foi de aproximadamente R$ 1,7 bilhão. Posteriormente, nas eleições de 2020, o valor foi definido em aproximadamente R$ 2 bilhões;
  • Para as eleições de 2022, está reservado um valor de R$ 4,9 bilhões para formação do Fundo Eleitoral;
  • O valor do Fundo Eleitoral para 2022 foi alvo de ação junto ao Supremo Tribunal Federal, cuja decisão foi favorável à manutenção do montante aprovado;
  • Como comparativo, o orçamento destinado ao Auxílio Brasil (novo Bolsa Família) é de mais de R$ 89 bilhões, sendo assim, o Fundo eleitoral para 2022 representa mais de 5% (cinco por cento) deste valor;
  • Conforme apurado pela redação da CNN Brasil, o valor do Fundo Eleitoral para 2022 será 7 (sete) vezes superior ao montante destinado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 14 (quatorze) vezes superior ao valor destinado ao Programa de Saneamento Básico pelo governo federal em 2021 e mil vezes superiores ao valor pago pelo governo federal em 2021 para manutenção do sistema de proteção à Amazônia – SIPAM, que é voltado ao planejamento e coordenação de ações de governo na Amazônia Legal brasileira;
  • Para 2022, o orçamento da União prevê mais de R$ 900 milhões para o Fundo Partidário;
  • Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 10 (dez) siglas partidárias não receberão recursos do fundo partidário em 2022 por não terem obtido um desempenho satisfatório nas eleições de 2018. São elas: Rede, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e PTC;
  • Outro partido que não recebe recursos do Fundo Partidário é o UP (Unidade Popular), pois obteve seu registro apenas em 2020, logo após as eleições de âmbito federal;
  • Em 2018, foram gastos mais de R$ 5,62 bilhões nas eleições, sendo aproximadamente R$ 4,63 bilhões de origem pública e R$ 990 milhões de origem privada;
  • Em 2020, foram gastos mais de R$ 6,67 bilhões nas eleições, sendo aproximadamente R$ 5,26 bilhões de origem pública e R$ 1,41 bilhões de origem privada;
  • Já estão deferidos os cadastros de 12 (doze) instituições arrecadadoras de valores por meio de financiamento coletivo para as eleições de 2022, sendo que outros 12 (doze) estão em análise.

 FONTE: https://www.politize.com.br/financiamento-de-campanha-eleitoral-como-funciona/


19/09 - REPOSIÇÃO DE HISTÓRIA (CORREÇÃO DO RAA)

15/09 - ARGUMENTOS CONTRA E A FAVOR A PENA DE MORTE

A pena de morte ainda acontece em diversos países ao redor do mundo. Ela não ocorre no Brasil há muito tempo, mas os frequentes casos de violência fazem com que boa parte da população brasileira seja a favor da volta dessa forma de punição. Por isso, nesse post, listamos os principais argumentos dos defensores e opositores do assunto no Brasil. Confira a seguir.

MAS ANTES, O QUE É PENA DE MORTE?

A pena de morte, também chamada pena capital, é um processo pelo qual uma pessoa é morta como punição por um crime cometido. Mas não é qualquer tipo de morte. Ela precisa ser realizada pelo Estado após decisão judicial, que condena uma pessoa à sentença de morte. É diferente de uma execução, que consiste na morte de uma pessoa sem processo legal que a autorize.

A pena de morte não é um instrumento novo no mundo. A execução de criminosos e opositores políticos foi utilizada em diversos momentos da história, inclusive no Brasil. Vamos entender o contexto da pena de morte no Brasil?

Os constantes casos de violência colocam em questão se as punições aplicadas no país realmente são suficientes, principalmente para crimes considerados bastante graves. Ainda que o governo até então não tenha demonstrado interesse em recolocar a pena de morte no ordenamento jurídico, há quem defenda a volta dessa forma de punição.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em setembro de 2014, revelou que 43% dos brasileiros é a favor da pena de morte, enquanto 52% se posicionaram contra. Muitos dos que se posicionam a favor utilizam como principal argumento que a pena de morte reduziria a violência no Brasil e diminuiria os gastos com ressocialização dos presos, uma medida que poucas vezes funciona. Para os favoráveis à pena de morte, ela é a única forma de garantir que criminosos não retornem à sociedade ou cometam outros crimes dentro da prisão.

Os que discordam dessa posição argumentam que a defesa da pena de morte no Brasil é guiada puramente por sentimento de vingança, sem qualquer motivação racional, o que faz com que a sociedade não perceba as desvantagens que a punição pode trazer, como desperdício de recursos que poderiam ser melhor utilizados na recuperação do preso.

Um estudo realizado com 67 pesquisadores estadunidenses, especialistas na temática da pena de morte, e publicado pelo Jornal de Lei Criminal e Criminologia da Universidade de Northwestern, em Chicago, mostra que, para 88,2% deles, a pena de morte não tem qualquer impacto sobre os níveis de criminalidade. Para eles, não existem quaisquer dados ou estudos provando a relação entre a pena de morte e a diminuição da criminalidade.

Alguns destes especialistas defendem que a prisão perpétua seria uma melhor alternativa, por ser uma pena menos drástica, mas com igual capacidade de tirar da rua os criminosos mais perigosos.

Porém, um outro grupo de especialistas estadunidenses, formado principalmente por economistas, publicou uma série de trabalhos comparando o número de execuções em determinadas regiões dos Estados Unidos com seu histórico de homicídios. O resultado encontrado por um desses estudos, elaborado pelos economistas da Universidade de Houston Dale Cloninger e Roberto Marchesini, mostrou que cada execução realizada no estado do Texas evitou entre 11 e 18 homicídios durante o período analisado.

Para Joel Birman, psicanalista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), aprovar a volta da pena de morte no Brasil é ignorar os diversos problemas sociais enfrentados no país.

Para ele, aqueles que defendem a pena de morte são pessoas pertencentes sobretudo às elites brasileiras, que ignoram o fato de já existir uma espécie de pena de morte no país, que é a violência diária que ocasiona diversas mortes entre as camadas mais pobres da população.

Portanto, enquanto os defensores da pena de morte afirmam que ela é a única solução para impedir que criminosos voltem a cometer crimes na sociedade, os que são contra a pena capital acreditam que ela não teria qualquer efeito, já que nenhum criminoso deixa de cometer um crime acreditando na possibilidade de ser punido. Para eles, o papel das prisões é ressocializar o preso, dando a ele chances de retorno ao convívio em sociedade

PANORAMA DA PENA DE MORTE NO MUNDO

Ainda que a pena de morte seja repudiada por inúmeras organizações de direitos humanos do mundo todo, ela continua a ser uma prática em diversos países. Segundo relatório apresentado em 2016 ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 170 dos 193 países que integram a ONU já aboliram a pena de morte ou não a praticam mais há pelo menos 10 anos. Cerca de 102 deles já aboliram a pena capital em todos os tipos de crime.

Contudo, 23 países aplicaram a pena de morte em 2016. Os principais deles são Irã, Paquistão, Arábia Saudita e Iraque, que juntos foram responsáveis por 87% das práticas de pena de morte durante o ano. Acredita-se que a China seja a nação com maior número de aplicações da pena de morte, na casa de milhares, mas como o governo coloca os dados como secretos, a pena de morte do país não entra para as estatísticas.

Nos Estados Unidos a prática tem sido cada vez menos frequente. Entre os 31 estados onde a pena de morte ainda é legal, 10 renunciaram a esse tipo de punição. Dos 50 estados no país, 29 já não empregam mais a pena capital.

Os motivos que levam a uma pena de morte podem ser bem definidos ou abstratos, de acordo com a constituição de cada país. Segundo a Anistia Internacional, os motivos mais recorrentes em 2016 foram crimes relacionados às drogas, sequestro, estupro, blasfêmia ou “insulto ao profeta do islã”.

Houve ainda casos de pena capital para espionagem, traição, colaboração com entidades estrangeiras, questionar políticas do líder local ou participação em movimentos de insurreição ou terrorismo. As execuções podem ser feitas de diversas formas, como enforcamento, apedrejamento, fuzilamento ou injeção letal.

Ao todo, foram registradas 1.032 aplicações de pena de morte em 2016, 37% a menos que no ano anterior. Ainda assim, existem hoje 18.848 pessoas no corredor da morte ao redor do mundo. Ainda que a pena de morte seja um processo legal nos países que a aplicam, diversas etapas são desrespeitadas durante esse procedimento.

A Anistia Internacional aponta como alguns dos problemas as confissões obtidas por meio de tortura, imposição de pena de morte automática para alguns tipos de crime, sem qualquer julgamento e diversos outros desrespeitos às regras firmadas por acordos internacionais.

E você, é a favor ou contra a pena de morte no Brasil?

07/09 - FERIADO: 7º de Setembro

31/08 - Reposição de História

24/08 - Atividade em Sala

17/08 - Atividade em Sala

10/08 - Pequeno manual prático para identificar o extremismo político

Cientista político Rogério Schmitt lista característica para identificar radicais – de esquerda ou direita

A polarização ideológica nunca esteve tão na moda na política brasileira. Por outro lado, os testes de personalidade sempre foram muito populares por aqui. Resolvi então juntar as duas coisas! O que se segue é um manual prático para identificar o extremismo político. Que rufem os tambores!!!

Naturalmente, este artigo é apenas uma divertida provocação, sem nenhuma pretensão científica. Mas a vantagem é que este meu teste de radicalismo tem aplicação universal, e pode ser submetido a qualquer um, inclusive a nós mesmos.

Bolei uma lista incompleta (e sem uma hierarquia definida) dos elementos da personalidade política extremista. Ou, se preferirem, da personalidade política radical. Ou, ainda, da personalidade política autoritária. Dá tudo na mesma!

O primeiro item da personalidade política extremista é a veneração incondicional a uma determinada liderança política, normalmente uma figura carismática de forte apelo popular. É quase um culto religioso. O líder assume características mitológicas e messiânicas que não são encontradas nos meros mortais.

O desprezo pelos veículos de comunicação tradicionais é um segundo traço característico do discurso político radical. O jornalismo profissional é normalmente visto como uma ameaça. Os bons jornalistas são aqueles que fazem militância em favor da liderança política extremista e de suas realizações (reais ou imaginárias).

A simpatia ou tolerância para com regimes autoritários (do presente ou do passado, de dentro ou de fora do Brasil) é um terceiro componente do extremismo político. Os radicais de esquerda e de direita não têm a democracia como um valor universal, e admitem que regimes autoritários (ou semi-autoritários) são aceitáveis em circunstâncias determinadas.

A hipervalorização das prerrogativas do poder executivo também integra a lista de quesitos da personalidade política extremista. Quando estão participando do governo, os radicais tendem a desvalorizar o poder legislativo, o poder judiciário e os governos subnacionais. Os extremistas detestam a separação de poderes, o federalismo e a limitação do poder dos governos.

Uma quinta característica marcante das narrativas extremistas é a sua obsessão em reduzir o natural pluralismo da política a categorias identitárias bipolares, do tipo “nós” contra “eles”. O centro político é apresentado como se fosse idêntico ao extremo ideológico oposto. A esquerda e a direita radicais admitem como “centro” apenas as versões moderadas de si próprias. Os extremistas sempre julgam ter o monopólio das virtudes.

O uso irresponsável e temerário de um vocabulário político polarizado é o sexto item desta lista. Os extremistas, especialmente quando se referem ao polo ideológico oposto, adoram utilizar expressões como “fascismo”, “comunismo”, “chacina” e “genocídio”. Estes e outros termos similares têm definições conceituais rigorosas, mas são empregados de forma conceitualmente leviana pelos radicais, com o objetivo de intoxicar o ambiente político.

Finalmente, o sétimo e último item que descreve o extremismo é a enorme dificuldade deste tipo de personalidade política em fazer autocrítica. Os radicais são incapazes de reconhecer publicamente seus erros passados, e de pedir desculpas por eles. No máximo, conseguem atribuí-los a circunstâncias externas. Mas jamais às suas próprias imperfeições inatas.

O extremista (de direita ou de esquerda) não precisa necessariamente pontuar em todos os sete quesitos desta lista infame de radicalismos. Mas caso venha a pontuar em quatro ou mais deles, recomendo que já procure com urgência um tratamento de desintoxicação.

Saiba mais em: https://espacodemocratico.org.br/artigos/pequeno-manual-pratico-para-identificar-o-extremismo-politico/

 

11/07 - Semana de prova - FIM DO 2º BIM

04/07 - REPOSIÇÃO DE AULA DE HISTÓRIA

30/06 - GINCANA /FESTA JUNINA

20/06 - ATIVIDADE EM SALA

13/06 - REPOSIÇÃO DE AULA DE HISTÓRIA

06/06 - As Polícias no Brasil

O Brasil é uma República Federativa, que reúne vários Estados. O Brasil como um todo é chamado de União (governo federal). As divisões seguintes são os Estados (governo estadual). E os Estados se dividem em municípios (governo municipal). Existem órgãos policiais no âmbito da União e dos Estados. A União tem, dentre outras, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, enquanto os Estados têm a Polícia Civil e a Polícia Militar. Vamos observar um pouco de cada uma delas:Polícias militares: dão forças de segurança pública de cada uma das unidades federativas. Têm como principal função a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública nos Estados brasileiros e no Distrito Federal. Subordinam-se, juntamente com as polícias civis estaduais, aos governadores. São forças auxiliares e reserva do Exército Brasileiro e integram o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social brasileiro. Cada Polícia Militar é comandada, em cada Estado, por um oficial superior do posto de coronel, chamado de comandante-geral.
  • Polícias civis: presentes em todos os Estados da federação, são chefiadas por delegados-gerais, que comandam por sua vez os delegados de polícia locais, responsáveis por cada distrito policial. Cabe à Polícia Civil dos Estados atuar como polícia judiciária, ou seja, auxiliando o Poder Judiciário na aplicação da lei, nos crimes de competência da Justiça Estadual. É responsável pelas investigações desses delitos (excepcionalmente poderá apurar infrações penais de competência da Justiça Federal, caso não haja unidade da Polícia Federal no local) e pela instauração do inquérito policial e ações de inteligência policial.
  • Polícia Rodoviária Federal: responsável pela fiscalização de trânsito e combate à criminalidade nas rodovias federais, sendo de sua alçada os fatos gerados nessa circunscrição. Polícia Ferroviária Federal: órgão permanente, como as demais polícias federais, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira. Destina-se ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. Polícia Legislativa: órgão da Câmara dos Deputados, exerce as funções de polícia judiciária e apuração de infrações penais nas dependências da Câmara dos Deputados, além das atividades de polícia ostensiva e preservação da ordem e do patrimônio nos edifícios da Câmara dos Deputados. É encarregada também da segurança do presidente da Câmara e dos deputados federais.
  • Polícia do Exército: é a força que tem como missão zelar pelo cumprimento dos regulamentos militares.
Saiba mais: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cidadania/policia-instituicao-se-divide-em-diferentes-tipos-e-funcoes.htm


Debate: A Polícia brasileira é violenta? 


30/05 - Reposição de História

23/05 - ATIVIDADE EM SALA
  • LEITURA DOS TEXTOS ESCRITOS NA ÚLTIMA AULA SOBRE O CASO DO EX-MENDIGO GIVIALDO.

16/05 - ATIVIDADE AVALIATIVA EM SALA

09/05 - Ex-mendigo defende uso do caso para ganhar fama: 'Deixem as pessoas viverem suas vidas'

Givaldo se defendeu das críticas de que está se aproveitando de uma tragédia para lucrar: 'Por que não transformar em algo bom?'


O ex-morador de rua Givaldo Alves, 48 anos, publicou um novo vídeo nas redes sociais em que se defende da acusação de que está se aproveitando de uma tragédia para lucrar. Ele se tornou conhecido após ter sido agredido pelo personal trainer Eduardo Alves, que flagrou a mulher dentro de um carro com Givaldo em Planaltina, no Distrito Federal. Segundo laudo obtido pelo R7, ela estava em surto psicótico.

Após a repercussão do caso, Givaldo Alves, com apoio de uma equipe especializada em comunicação digital, passou a usar intensamente as redes sociais. Em fotos e vídeos, ele ostenta uma vida luxuosa. O caso segue em investigação sob sigilo. O personal acusa Givaldo de estupro.

"O outro lado também está aproveitando o hype como digital influencer para se promover. Acho certíssimo, muito bom, maravilhoso. Não critiquem. Deixem as pessoas viverem suas vidas", disse o ex-morador de rua. "Por que não fazer dessa tragédia toda, que já é passado, algo bom? Algo que possa ajudar as pessoas: a nós e a outros", questionou.

O personal trainer Eduardo Alves e a mulher dele, Sandra Mara, também passaram a fazer divulgação nas redes sociais com a repercussão do episódio. Sandra estava internada até a semana passada na ala psiquiátrica de um hospital do DF. Ao sair, ela criou um perfil no Instagram e se pronunciou pela primeira vez sobre o caso. A conta tinha, até o fim da manhã deste domingo (1º), 284 mil seguidores.

Na Justiça

O Instagram desativou a conta principal de Givaldo após denúncias contra o ex-morador de rua. A Justiça de São Paulo negou na quinta-feira (28) o pedido de liminar para que a conta fosse reativada. O perfil tem 477 mil seguidores. Ele entrou com ação em que pede a restituição do acesso e R$ 6.000 por danos morais à empresa por ter desativado sua conta na rede social. De acordo com a juíza Mônica Soares Machado, "o direito de acesso e uso das mídias sociais deve observar as normas de conduta da plataforma digital".

A conta era usada para postar fotos e vídeos da nova vida de Givaldo, que agora trabalha como influenciador digital e ganhou o apelido de "mendigo do amor" na internet. "Cabeças vão rolar. Aguardem. Já que derrubaram minha conta lá no vizinho [Instagram], vou tirar uma folga até voltar", postou Givaldo no TikTok, página que tinha mais de 727 mil seguidores e 3,7 milhões de curtidas quando sua conta foi desativada.

Primeira manifestação

A esposa do personal trainer que agrediu o ex-morador de rua Givaldo Souza, de 48 anos, se manifestou pela primeira vez depois de receber alta do Hospital Universitário de Brasília na quarta-feira (27). Sandra Mara, de 33 anos, usou as redes sociais para agradecer às pessoas pelo apoio que ela e a família receberam após o suposto caso de estupro.

"Fui vítima de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui tachada como uma mulher qualquer, uma mulher promíscua, uma mulher com fetiches, uma traidora", escreveu. "Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu não escolhi ter um surto, eu não escolhi ter sido humilhada, eu não escolhi ter minha vida exposta e devastada", arrematou.

Sandra diz ainda que levou o caso à Justiça e que vai "lutar pelos direitos das mulheres". "Nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ser tratada como uma qualquer, e, principalmente, ter sido usada como objeto de prazer durante delírios e alucinações que confundiram minha mente e me colocaram num contexto nojento e sórdido."

Em entrevista exclusiva à Record TV na quinta-feira (28), ela afirmou que sofreu diversos ataques pela internet e que, somente após deixar o hospital onde fez tratamento psiquiátrico, teve ideia da dimensão que o caso tomou no país.

Sandra revela que foi diagnosticada com transtorno bipolar afetivo e que se encontrou com Givaldo durante um surto psicótico. Ela, que tinha uma loja de roupas, afirmou que foi obrigada a fechar o estabelecimento após receber ataques pela internet.



02/05/2022 - REPOSIÇÃO DE HISTÓRIA


FIM DO 1º BIMESTRE


25/04/2022 - REPOSIÇÃO DE AULAS DE HISTÓRIA


18/04/2022 - REPOSIÇÃO DE AULAS DE HISTÓRIA


11/04/2022 - REPOSIÇÃO DE AULAS DE HISTÓRIA


04/04/2022 - REPOSIÇÃO DE AULAS DE HISTÓRIA

Senhores pais e alunos!
Como é de conhecimento de todos teremos 2 feriados prolongados no mês de abril, nos dia 14 e 15 (Semana Santa) e 21 e 22 (Tiradentes). Com os feriados perderemos 4 aulas de história até o dia da AVALIAÇÃO BIMESTRAL, sendo assim utilizaremos algumas aulas de Atualidades para repor os horários perdidos de história.
Agradeço a compreensão de todos!

28/03/2022 - ATIVIDADE SOBRE GUERRA DA UCRÂNIA RÚSSIA

21/03/2022 - DISCUSSÃO SOBRE A GUERRA

14/03/2022 - Rússia contra Ucrânia: entenda a crise que preocupa o mundo

Andreas Noll
22/02/2022

Perigo de uma invasão russa parece crescer, enquanto Putin ordena que suas tropas entrem em regiões separatistas da Ucrânia. Os laços entre Moscou e Kiev e a expansão da Otan para o leste estão nas origens do conflito.

Parceiros e rivais

A Ucrânia é o maior país do continente europeu em termos de área, com exceção da parte europeia da Rússia. Formou-se como Estado pela primeira vez após a Primeira Guerra Mundial e, a partir de 1922, passou a integrar a União Soviética, só se declarando independente em 24 de agosto de 1991.

As fronteiras da Ucrânia foram reconhecidas pela Rússia em vários acordos internacionais, incluindo o Memorando de Budapeste de 1994. Economicamente, a Ucrânia permaneceu dependente da Rússia mesmo após a independência, mas politicamente Kiev buscava cada vez mais a proximidade com a União Europeia e a Otan. Isso atingiu um primeiro auge com a Revolução Laranja em 2004, que resultou na eleição do candidato pró-ocidente Viktor Yushchenko como presidente, em janeiro de 2005. Ele permaneceu no cargo até 2010.

Em novembro de 2013, seu sucessor pró-Rússia, Viktor Yanukovych, bloqueou a assinatura do acordo de associação com a UE, que ele havia apoiado anteriormente. Os protestos na Praça da Independência (Maidan) contra essa decisão controversa levaram à queda de Yanukovych, algumas semanas depois. No primeiro semestre de 2014, a Rússia conquistou e anexou a península ucraniana da Crimeia.

Embora a anexação da Crimeia tenha ocorrido sem derramamento de sangue, desde 2014 uma guerra no leste da Ucrânia já causou vários mortos. Separatistas apoiados pela Rússia lutam pela independência de duas regiões ucranianas, Donetsk e Lugansk, autoproclamadas "repúblicas populares" em 2014. Segundo a ONU, mais de 13 mil já morreram nessa guerra. Mais de 1,4 milhão de ucranianos ainda são considerados deslocados internos.

Em fevereiro de 2015, foi fechado o Acordo de Minsk, um plano de paz entre a Rússia e a Ucrânia, sob mediação franco-alemã, que está atualmente suspenso. Desde o início da guerra no leste da Ucrânia foram quebrados mais de 20 cessar-fogos acordados.

Expansão controversa da Otan

Após o fim da Guerra Fria, a Otan seguiu uma "política de portas abertas" em relação a possíveis novos membros. Na cúpula de 2008 em Budapeste, a aliança militar apresentou à Ucrânia uma perspectiva de adesão – sem, contudo, mencionar uma data específica. Impedir a adesão da Ucrânia à Otan é um dos objetivos mais importantes de Moscou na atual crise, porque a Rússia diz se sentir ameaçada pela perspectiva de ter a Otan nas proximidades de suas fronteiras.
Escalada militar

Há alguns meses, a Rússia começou a concentrar equipamentos militares pesados (tanques, artilharia, helicópteros de ataque) nas fronteiras com a Ucrânia. Além disso, existem agora mais de 100 mil soldados na Rússia e em Belarus, aptos a cruzar rapidamente as fronteiras ucranianas por terra, mar ou ar. Na versão oficial de Moscou, contudo, esses soldados estariam apenas participando de exercícios militares.

O Exército da Rússia é um dos mais poderosos do mundo. Ele supera de longe o da Ucrânia em termos de número de pessoas, equipamentos e armas.

Tropas da Otan no Leste Europeu

Em resposta ao acúmulo de tropas russas nas fronteiras ucranianas, a Otan também enviou tropas adicionais a seu flanco leste. As Forças Armadas alemãs participam dessa operação com 350 soldados adicionais e cerca de 100 veículos militares enviados para a Lituânia, que é membro da Otan.

Assim, ao fim desse reforço quase mil soldados alemães estarão estacionados na ex-república soviética no Báltico. A Alemanha disse que não enviará equipamentos militares ofensivos para a Ucrânia, como fizeram outros parceiros da Otan, incluindo Estados Unidos, Polônia e Reino Unido.

Apesar das advertências de países ocidentais – incluindo a Alemanha – de que a Rússia não deveria reconhecer as regiões separatistas no leste da Ucrânia como soberanas, em 21 de fevereiro o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto reconhecendo a independência de Donetsk e Lugansk. Mais tarde na mesma noite, Moscou ordenou que suas tropas entrassem nas duas regiões autoproclamadas repúblicas.



07/03/2022 - Atividade: Liberdade de Expressão X Discurso de Ódio


21/02/2022 - Limites da liberdade de expressão

CASO MONARK x ADRILLES: Liberdade de Expressão ou discurso de ódio?

A redação do Âmbito Jurídico ouviu especialistas da área.

Por: Giulliane Viêgas.

A recente manifestação do ex-apresentador do podcast Flow, Bruno Auib, conhecido como Monark, sobre ser favorável à criação de um partido nazista no Brasil, levantou a discussão sobre quais são os limites da liberdade de expressão ou se há limites para essa liberdade.

A fala ocorreu durante a apresentação do programa da última segunda-feira (7), em entrevista com o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), sobre o tema liberdade de expressão. Na oportunidade, o então apresentador Monark, fez críticas à extrema esquerda e disse que, no Brasil, deveria ser criado – por lei – um partido nazista. Na mesma linha, um dia após a manifestação de Monark, o comentarista político da Jovem Pan News, jornalista e ex-BBB, Adrilles Jorge, fez uma suposta saudação nazista ao encerrar sua fala sobre o caso Monark, durante o programa da última terça-feira (8), em que também fez comparações entre o omunismo e o nazismo.

Neste cenário, no ano de 2022, questiona-se: até onde a liberdade de expressão é permitida e a partir de quando ela se torna abusiva? Esse direito previsto na Constituição Federal é ilimitado?

O professor de Direito Constitucional, pesquisador e Doutor em Direito do Estado pela UFRGS/ed.Ruprecht-Karls-Universität Heidelberg, Alemanha, Marcelo Schenk Duque, explica que toda liberdade, seja ela de ir e vir, de expressão, de imprensa, tem um limite. “Nenhum direito é absoluto. Apoiar a criação de um partido nazista é totalmente o oposto dos valores contidos em nossa Constituição. Apoiar o extermínio de pessoas, preconceitos e todo o absurdo, é uma liberdade abusiva” enfatizou.

Duque avalia ainda que até em países em que a liberdade de expressão é mais ampla, como é o caso dos Estados Unidos, há um limite para exercício de tal direito. O professor cita como exemplo o livro do liberal John Stuart Mill, intitulado “Liberdade”, de 1859, em que autor defende a liberdade de expressão mas limita quando esse direito fere algum grupo. “O livre mercado tem que ser de ideias e não de inconsequentes”, comentou ao se referir ao livro onde Mill fala sobre o Mercado de Ideias.

Em 2015, escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano, Umberto Eco (1932-2016), em seu discurso durante a cerimônia de outorga do Prêmio de Doutor honoris causa em Comunicação e Cultura na Universidade de Turim (Itália), disse que “as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis”. Para o professor Marcelo, o caso Monark assim como diversos outros faz parte desse movimento que, relembrando Eco, eram ditos em bares, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade. “Não há filtros nas redes sociais e na internet. Graças às tecnologias, manifestações estapafúrdias ganham holofotes e passam a dividir espaço com opiniões que contribuem para o debate público. No momento em que a informação não contribui para o debate público, ela não contribui em nada. As pessoas querem ser escutadas, querem aparecer, a partir do caso Monark se levanta outro questionamento: até que ponto a liberdade de expressão pode ser usada para defender a liberdade de expressão?”.

O advogado, consultor jurídico, mestre em Direito, professor de Direito Constitucional e de Direitos Humanos, Paulo Henrique Peixoto faz coro com Marcelo Duque e diz que, com o avanço das tecnologias, especialmente a amplitude das redes sociais, grupos favoráveis aos discursos de ódio e ofensas começaram a se manifestar e a se unir. “Eles não tinham voz. O discurso ficava restrito naquele meio, não tinha como pessoas de outros países saberem. A desinformação é inútil”, disse.

Conforme Peixoto, o Supremo Tribunal Federal (STF), acertadamente, já manifestou no sentido de que as liberdades não são incondicionadas. “Há uma liberdade desde que não se faça discurso de ódio contra grupos, apologia ao crime. No momento em que isso ocorre, deixa de ser liberdade de expressão e se torna ilícito penal”, explicou.

O professor considera o caso Monark como absurdo e reprovável, entretanto, acredita que o ex-apresentador tenha feito para “aparecer”. “Não vejo nitidamente crime mas quem dirá isso é o Ministério Público, Polícia Civil e PGR”. Quanto ao caso do ex-apresentador da Jovem Pan News, Adrilles Jorge, o tom muda. “Ali é claro que há um gesto que remete ao nazismo, uma saudação”, comentou.

Através das redes sociais, Monark disse que estava “extremamente bêbado” para justificar a fala de apoio à criação de um partido nazista no Brasil. Já Adrilles Jorge disse que, durante sua participação no programa, criticou a ideia de criação do partido e negou que tenha feito o gesto de saudação nazista no encerramento. Ambos os apresentadores foram demitidos.

14/02/2022 - Atividade sobre: Poder e responsabilidade


07/02/2022 - Grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

Filosofia e o Homem Aranha: